Genocídio utilitário – Wikipédia, a enciclopédia livre

O genocídio utilitário é uma das cinco formas de genocídio descritas pelo autor Vahakn Dadrian.[1] O genocídio utilitário difere dos outros genocídios pois, neste caso, o genocídio cometido não está ligado a alguma ideologia, como o Holocausto,[2] mas sim ligado diretamente à vontade de um povo de receber posses de matérias-primas ou territórios através do extermínio de um outro povo. Este tipo de genocídio pode ser visto em eventos como o genocídio dos povos indígenas no Brasil.[3][4]

É importante diferenciar o genocídio utilitário da guerra. No genocídio utilitário que normalmente vem após um conflito, o genocida em questão extermina a sangue frio seu rival já fragilizado, assim para conquistar seu território ou efetuar o roubo dos seus bens. Já em guerras por território, se um povo é rendido, ele não deve ser exterminado e sim preso.[5]

Há controvérsias se utilizar do povo rendido como escravo pode ser considerado um genocídio utilitário, tendo em vista que você não apenas prende o povo rendido como utiliza deles para trabalho escravo, não os matando diretamente porém diminuindo sua expectativa de vida e tratando-os como animais.

Referências

  1. «Genocídio Utilitário em ingles» 
  2. Arthur., Grenke, (2005). God, greed, and genocide: the holocaust through the centuries. [S.l.]: New Academia Pub., LLC. OCLC 64433376 
  3. PAULO DE OLIVEIRA PEREIRA, JOAO. «ESTRUTURA DA DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA: UMA ABORDAGEM COMPARATIVA DOS TRÊS GOVERNOS PÓS-PLANO REAL». Consultado em 27 de abril de 2021 
  4. Pagliaro, Heloísa; Azevedo, Marta Maria; Santos, Ricardo Ventura (2005). «Demografia dos Povos Indígenas no Brasil: um panorama crítico». Editora FIOCRUZ: 11–32. ISBN 978-85-7541-254-1. Consultado em 27 de abril de 2021 
  5. Smeulers, Alette (2011). Crimes internacionais e outras violações graves dos direitos humanos: um livro didático multi e interdisciplinar. [S.l.: s.n.]