Garibaldi Alves Filho – Wikipédia, a enciclopédia livre

Garibaldi Alves Filho
Garibaldi Alves Filho
Foto oficial como Senador.
25.º Ministro da Previdência Social do Brasil
Período 1º de janeiro de 2011
a 1º de janeiro de 2015
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Carlos Eduardo Gabas
Sucessor(a) Carlos Eduardo Gabas
Senador pelo Rio Grande do Norte
Período 1º de fevereiro de 1991
a 1º de janeiro de 1995 [a]
1º de fevereiro de 2003
a 1º de fevereiro de 2019
(2 mandatos consecutivos)
62.º Presidente do Senado Federal do Brasil
Período 12 de dezembro de 2007
a 1º de fevereiro de 2009
Antecessor(a) Tião Viana (Interino)
Sucessor(a) José Sarney
50.º Governador do Rio Grande do Norte
Período 1º de janeiro de 1995
a 5 de abril de 2002
(2 mandatos consecutivos) [b]
Vice-governador Fernando Freire
Antecessor(a) Vivaldo Costa
Sucessor(a) Fernando Freire
38.º Prefeito de Natal
Período 1º de janeiro de 1986
a 1º de janeiro de 1989
Vice-prefeito Roberto Furtado
Antecessor(a) Marcos César Formiga Ramos
Sucessor(a) Wilma de Faria
Deputado Estadual do Rio Grande do Norte
Período 1º de fevereiro de 1971
a 1º de janeiro de 1986
(4 mandatos consecutivos) [c]
Secretário-chefe da Casa Civil de Natal
Período 8 de abril de 1966
a 28 de agosto de 1969
Prefeito Agnelo Alves
Dados pessoais
Nascimento 4 de fevereiro de 1947 (77 anos)
Natal, Rio Grande do Norte
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Cônjuge Denise Pereira Alves
Partido MDB (1966–1979)
MDB (1980–presente)
Profissão Advogado e político

Garibaldi Alves Filho GOMM (Natal, 4 de fevereiro de 1947) é um advogado e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi presidente do Senado Federal e ministro da Previdência Social durante o governo Dilma Rousseff. Pelo Rio Grande do Norte, foi o 50.º governador durante dois mandatos, senador por três e deputado estadual por quatro mandatos, além de prefeito da capital Natal e secretário-chefe da Casa Civil durante o mandato de seu tio Agnelo Alves.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Garibaldi Alves e Maria Vanice Chaves Alves. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte[2] é também jornalista.[3] Membro de uma das famílias mais influentes do Rio Grande do Norte, seu pai tornou-se senador após a eleição da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini para o governo em 2010. Sobrinho do Ex-ministro e governador Aluízio Alves, primo do ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves e do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, é casado com Denise Pereira Alves e pai de Bruno Alves e do vice-governador do Rio Grande do Norte Walter Alves.[4]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Em 1966, foi nomeado chefe da Casa Civil da prefeitura de Natal na gestão de seu tio, Agnelo Alves. Com a cassação deste pelos militares em 1969, Garibaldi Alves Filho foi eleito deputado estadual pelo MDB em 1970, 1974, 1978 e 1982, conquistando este último mandato pelo PMDB, onde ingressou com o fim do bipartidarismo no país em 1979.

Em 1985, foi eleito prefeito de Natal, ao derrotar Wilma de Faria,[5] candidata do PDS.

Cumprido o mandato de prefeito, elege-se senador em 1990, cumprindo o mandato, até 1994, quando seria eleito, já no primeiro turno, governador do Rio Grande do Norte, derrotando Lavoisier Maia. Em 1995, é admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Disputa a reeleição em 1998 e vence ainda em primeiro turno, desta vez derrotando José Agripino Maia.

Deixa o governo em abril de 2002, para poder disputar novamente o cargo de senador, sendo eleito. Nas eleições de 2006, disputa mais uma vez o governo do estado. É derrotado pela primeira vez na carreira, no segundo turno após acirrada disputa para a então governadora Wilma de Faria.[6]

Em 2007, com os desdobramentos do caso Renangate e a renúncia do então presidente do Senado Renan Calheiros, Garibaldi Filho tornou-se o candidato único a assumir presidência, sendo eleito em 12 de dezembro de 2007, com 68 votos a favor, 8 contra e 2 abstenções.[7] Sua eleição deveu-se ao bom trânsito que tem entre os seus pares, tanto os da situação, quanto os de oposição.

Ato que foi bastante discutido em sua gestão foi a devolução ao Poder Executivo, em novembro de 2008, da Medida Provisória da Filantropia, supostamente por não se enquadrar nos requisitos de urgência e relevância que a Constituição exige para as MPs.[8]

Deixou o cargo em 2 de fevereiro de 2009, sendo substituído pelo senador José Sarney. Presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no biênio 2009/2010.[9]

Foi reeleito senador pelo Rio Grande do Norte nas eleições de 2010, quando obteve 1.042.272 votos, cerca de 35% dos votos totais e 56% dos votos válidos.

Em dezembro de 2010, o PMDB leva seu nome para a presidente eleita Dilma Rousseff como postulante ao Ministério da Previdência Social e a seguir é formalizado o convite nesse sentido em 8 de dezembro de 2010. Empossado no mês seguinte deixou sua vaga no Senado Federal para o suplente Paulo Davim, do Partido Verde.

Em janeiro de 2015, Garibaldi renunciou ao cargo de Ministro da Previdência Social e retorna ao cargo de Senador da Republica.

Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[10] Em julho de 2017 votou a favor da reforma trabalhista.[11]

Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[12][13]

Em agosto de 2017 foi denunciado pelo então procurador geral da república Rodrigo Janot no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, baseada em um inquérito a respeito de irregularidades na Transpetro, os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro foram cometidos entre 2008 e 2017.[14]

Em agosto de 2018, o senador oficializou sua candidatura a reeleição nas eleições estaduais do Rio Grande do Norte em 2018,[15] porém não obteve êxito. Ficou em 4º lugar com 12,93% (376.199 votos).[16] Garibaldi compôs a chapa com o então deputado federal Antônio Jácome como candidato ao senado e Carlos Eduardo Alves como candidato ao Governo do Rio Grande do Norte, ambos não obtiveram êxito.[17]

Em novembro de 2018, o senador votou a favor do aumento de salário dos integrantes do STF, que gerará o reajuste de milhares de salários no nível federal, estadual e municipal, com impacto negativo estimado de 6 bilhões de reais/ano no orçamento nacional.[18]

Nas eleições de 2022, foi candidato a deputado federal pelo MDB, porém não obteve êxito novamente. Recebeu mais de 90 mil votos, porém seu partido não atingiu o Quociente Eleitoral.[19]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1995.
  2. Página oficial do Senado Federal.
  3. «Donos da Mídia». Donosdamidia.com.br 
  4. «Biografia». Senado Federal. Senado.gov.br. Consultado em 8 de novembro de 2010 
  5. Que disputou a eleição sob o nome de "Wilma Maia".
  6. «Wilma de Faria garante mais 4 anos ao PSB no Rio Grande do Norte - 29/10/2006 - Eleições 2006». eleicoes.uol.com.br. Consultado em 10 de agosto de 2016 
  7. «Garibaldi Alves é eleito presidente do Senado - 12/12/2007 - UOL Últimas Notícias». noticias.uol.com.br. Consultado em 10 de agosto de 2016 
  8. «G1 > Política - NOTÍCIAS - Garibaldi devolve MP das filantrópicas». g1.globo.com. Consultado em 10 de agosto de 2016 
  9. «Direito2». Direito2.com.br 
  10. Bol (13 de dezembro de 2016). «Confira como votaram os senadores sobre a PEC do Teto de Gastos 155 Do UOL, em São Paulo». Consultado em 16 de outubro de 2017 
  11. Redação - Carta Capital (11 de julho de 2017). «Reforma trabalhista: saiba como votaram os senadores no plenário» 
  12. «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». Consultado em 17 de Outubro de 2017 
  13. «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Consultado em 17 de Outubro de 2017 
  14. «Janot denuncia Renan, Jucá, Sarney, Raupp e Garibaldi Alves na Lava Jato - Notícias - Política». Política 
  15. «Convenção do MDB oficializa candidatura de Garibaldi e apoio a Carlos Eduardo». Tribuna do Norte. 4 de agosto de 2018 
  16. Norton Rafael (7 de outubro de 2018). «Capitão Styvenson (Rede) e Dra. Zenaide (PHS) são eleitos senadores pelo RN». G1 
  17. «PDT confirma candidatura de Carlos Eduardo ao Governo do Estado». Agora RN. 4 de agosto de 2018 
  18. «Veja os senadores que votaram a favor e contra o reajuste para o STF | EXAME». exame.abril.com.br. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  19. «Apuração das Eleições 2022 para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais». noticias.uol.com.br. Consultado em 7 de outubro de 2022 

Notas

  1. Renuncia em 1º de janeiro de 1995 para assumir o Governo do Rio Grande do Norte.
  2. Renuncia em 5 de abril de 2002 para candidatar-se ao Senado Federal.
  3. Renuncia em 1º de janeiro de 1986 para assumir a Prefeitura de Natal.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Garibaldi Alves Filho

Precedido por
Marcos Formiga
Prefeito de Natal
1986 — 1989
Sucedido por
Wilma de Faria
Precedido por
Carlos Alberto
Senador pelo Rio Grande do Norte
1991 — 1994
Sucedido por
Fernando Bezerra
Precedido por
Geraldo Melo
Senador pelo Rio Grande do Norte
2003 — 2019
Sucedido por
Zenaide Maia
Precedido por
Vivaldo Costa
Governador do Rio Grande do Norte
1995 — 2002
Sucedido por
Fernando Freire
Precedido por
Tião Viana
Presidente do Senado Federal do Brasil
2007 — 2009
Sucedido por
José Sarney
Precedido por
Carlos Eduardo Gabas
Ministro da Previdência Social
2011 — 2014
Sucedido por
Carlos Eduardo Gabas