Fronteira Espanha–Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fronteira Espanha–Portugal
Fronteira Espanha–Portugal
Ponte Internacional do Guadiana. Do lado esquerdo Portugal (Algarve) e do lado direito Espanha (Andaluzia)
Delimita: Portugal Portugal
Espanha
Comprimento: 1214 km
Posição: 62
Características: Uma das mais antigas fronteiras do mundo
Criação: 1143
Traçado atual: 1926
Tratados: Tratado de Alcanizes,
Tratado de Badajoz,
Tratado de Lisboa,
Convénio de Limites,
Congresso de Viena
Fronteira de Vilar Formoso, o principal ponto de passagem entre Portugal e Espanha.
Sinal de identificação de entrada em Portugal em Barrancos (Beja)
Fronteira entre Espanha e Portugal, nos municípios de Tui (Pontevedra) e Valença (Viana do Castelo).

A fronteira Portugal-Espanha, conhecida pelo epíteto de A Raia (em castelhano: La Raya; em galego: A Raia), é a linha que divide os territórios da República Portuguesa e do Reino de Espanha. É a fronteira mais antiga da Europa, com alguns limites estabelecidos desde o tempo do Condado Portucalense e do Reino de Leão. Encontra-se livre de controlos de passagem desde 26 de março de 1995 (entrada em vigor do Acordo de Schengen), com algumas exceções temporárias.

Limites entre o Reino de Portugal e o Reino de Leão até 1210, durante o domínio almóada no sul da Península.

De uma forma mais ampla, a raia é igualmente o espaço geográfico, de um e de outro lado da fronteira política, em que as populações partilham elementos históricos, linguísticos, culturais e económicos.

Localização[editar | editar código-fonte]

A fronteira luso-espanhola estende-se desde a foz do rio Minho, a norte, até à foz do rio Guadiana, a sul, ao longo de mais de 1200 km. Acompanha cursos de água (raia húmida), ou é assinalada em terra por pontos notáveis ou marcos fronteiriços (raia seca).

Distritos portugueses raianos, do noroeste para sul:

Estuário do rio Guadiana.

Províncias espanholas raianas, de norte para sul:

Rios da raia[editar | editar código-fonte]

História[editar | editar código-fonte]

Marco fronteiriço n.º 198, Soutelinho da Raia.
Marco fronteiriço 713B, em Marco

A história da raia está associada à história da Reconquista na parte ocidental da Península Ibérica. Os acontecimentos determinantes são o Tratado de Zamora, em 1143, que assinala o nascimento de Portugal como reino independente e o Tratado de Alcanizes, em 1297, que estabelece no essencial as fronteiras de Portugal.

As últimas alterações prenderam-se com a questão de Olivença, na sequência da Guerra das Laranjas (1801) —– alteração contestada por Portugal —–, com a extinção do Couto Misto, dos povos promíscuos na raia seca, das contendas de Arronches e de Ouguela (Tratado de Limites de 1864) e com a resolução da questão da Contenda de Moura (Convénio de Limites de 1926).

A questão de Olivença continua a ser um assunto pendente. Espanha não cumpriu o acordado no Congresso de Viena e o território de Olivença não foi restituído. Assim continuam por colocar os marcos delimitadores de fronteira entre a confluência do rio Caia com o rio Guadiana e a confluência da ribeira de Cuncos com o rio Guadiana com a numeração de 802 a 899 correspondentes ao território de Olivença.

Tratados importantes[editar | editar código-fonte]

A língua portuguesa na raia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Língua portuguesa na Espanha

Outras línguas e dialectos raianos[editar | editar código-fonte]

Povoações transraianas[editar | editar código-fonte]

Fortalezas e castelos raianos[editar | editar código-fonte]

Os castelos medievais foram os primeiros marcos fronteiriços. Somente a partir do século XVI passou a haver um registo centralizado dos limites efectivos do reino.

Pontes da raia[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]