Frente de Libertação Nacional (Burundi) – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Frente de Libertação Nacional (em francês: Front de Libération Nationale - Frolina) é um partido político etnicamente hutu no Burundi, que anteriormente actuava como grupo rebelde militante antes e durante a Guerra Civil do Burundi.

História[editar | editar código-fonte]

Originalmente conhecido como Umbumwé ("Solidariedade"), o FROLINA foi fundado em meados dos anos 80 por Joseph Karumba,[1] ex-professor[2] e ex-membro do PALIPEHUTU. Composto por militantes refugiados hutus do Burundi, o grupo lançou o seu primeiro ataque insurgente aos militares do Burundi em Mabandal, em 13 de agosto de 1990. Depois, Karumba foi repetidamente preso em seu país de exílio, na Tanzânia, e as autoridades locais tentaram reprimir o seu pequeno grupo militante. A partir de 1992, no entanto, o governo da Tanzânia decidiu tolerar as actividades da FROLINA e concedeu asilo à Karumba.[1]

De suas bases na Tanzânia, a ala militante da FROLINA (as chamadas "Forças Armadas Populares") travaram uma guerra de guerrilha de baixo nível contra o governo do Burundi.[1] As suas operações concentraram-se no sul do país, especialmente na área em torno de Nyanza Lac.[2] No geral, o grupo de Karumba permaneceu como uma força "menor" em comparação com outros movimentos rebeldes hutus, como o CNDD-FDD e o PALIPEHUTU-FNL, durante a Guerra Civil do Burundi.[3] Como a maioria dos outros grupos insurgentes hutus, o FROLINA era "militantemente racista" e desejava o extremismo ou pelo menos a marginalização de todos os tutsis do Burundi.[2] O FROLINA principalmente cessou os seus ataques em 1998.[1] Depois de conversas realizadas entre o Presidente do Burundi Pierre Buyoya e Karumba,[4] o partido assinou os Acordos de Arusha em agosto de 2000. Assim, concordou com um cessar-fogo e uma eventual integração dos militares no Exército do Burundi como parte de um acordo de partilha de poder.[1]

Embora parte de FROLINA se tenha recusado a concordar com os Acordos de Arusha, e tenha continuado com a sua insugência,[5] o resto do partido aderiu ao cessar-fogo. Quatro membros da FROLINA tornaram-se parte da Assembleia Nacional de Transição no final de 2001, e o partido desmobilizou as suas forças paramilitares em 2005. A sua importância diminuiu mais tarde, com o FROLINA ganhando menos de 1% dos votos nas eleições comunais do Burundi em 2010.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

Trabalhos citados[editar | editar código-fonte]