Frade – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados de Frade, veja Frade (desambiguação).
Um frade carmelita

Frade é a designação dada a um católico consagrado que pertence a uma ordem religiosa mendicante e que vive normalmente num convento. Ele tanto pode ser um clérigo como um leigo.

O termo frade é proveniente da palavra latina frater, irmão, pelo qual se dirigem uns aos outros. O título dado aos frades é frei, que deve ser usado somente anteposto ao prenome do frade e nunca como um substantivo independente (o correto é "o frade foi ordenado" e não "o frei foi ordenado"). Alguma vezes surge designado de freire, especialmente se pertencer a uma ordem militar.[1]

As primeiras ordens cristãs compunham-se de homens ou mulheres que se retiravam do mundo para melhor poderem adorar a Deus nos grandes mosteiros que se espalharam por toda a Europa na Idade Média. No entanto, o crescimento das cidades e das pobres comunidades de pessoas que nelas viviam, sem contacto com o catolicismo, trouxeram a necessidade de um novo tipo de ordem religiosa. Este novo tipo não deveria estar tão enclausurado como o estilo de vida monástica dos monges e deveria estar mais inserido junto aos novos grandes centros urbanos.

Por estas razões, no século XIII, surgem os franciscanos (os menoritas ou irmãos menores), criados por São Francisco de Assis, em 1210. Seis anos mais tarde São Domingos fundou a Ordem dos Pregadores. Os membros destas duas ordens realizavam, para além dos tradicionais votos de castidade e obediência, o voto de pobreza, pelo que renunciavam à posse de quaisquer bens. Daí serem conhecidos por mendicantes, pois que apenas conseguiam subsistir por intermédio de esmolas e dádivas dos fiéis.

Se o rigor destas disposições foi observado no início da fundação destas ordens, o seu inicial sucesso, com a adesão de milhares de jovens por toda a Europa, o crescente peso institucional e poder político, rapidamente levaram as autoridades eclesiásticas a "aliviar" tal rigor e austeridade, permitindo que os conventos pudessem de alguma forma subsistir sem ser apenas por obra e graça da caridade alheia.

Tanto é assim que, coincidindo com o período gótico, os conventos franciscanos e dominicanos, destacaram-se pela magnificência das respectivas obras de arte e arquitectura, cujo melhor exemplo em Portugal é o dominicano Mosteiro da Batalha.

Outras importantes ordens são a dos carmelitas, que surgiram no Monte Carmelo para a Europa em meados do século XIII, e a dos eremitas, que surgiram no século XII.

Personalidades notáveis[editar | editar código-fonte]

Alguns frades se destacaram além da dedicação religiosa, contribuindo para diversas áreas da sociedade através de realizações em áreas como a arte, medicina, ciência e tecnologia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Freire, Dicio (Dicionário Online de Português)
  2. «St. Thomas Aquinas | Biography, Philosophy, & Facts». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2019 
  3. «16 de junho de 2002, Canonização de Padre Pio de Pietrelcina | João Paulo II». w2.vatican.va. Consultado em 19 de maio de 2019 
  4. John of the Cross, Saint; Lewis, David; Zimmerman, Benedict (1922). The ascent of Mount Carmel. [S.l.]: London : Baker 
  5. «Profile: Saint Antonio Galvao» (em inglês). 11 de maio de 2007 
  6. «Pope names Brazil's first saint» (em inglês). 11 de maio de 2007 
Ícone de esboço Este artigo sobre catolicismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.