Forças Armadas de Cabo Verde – Wikipédia, a enciclopédia livre

Bandeira da República de Cabo Verde

As Forças Armadas Cabo Verdeanas ou FACV são as forças armadas de Cabo Verde. Incluem dois ramos, a Guarda Nacional e a Guarda Costeira.

A guarda Costeira é dividida em 2 ramos a esquadrilha aérea e a esquadrilha naval.

A Esquadrilha Aérea é unidade da Guarda Costeira, responsável pelo patrulhamento e a segurança aérea de todo o território cabo-verdiano.

Tem como missões principais:

– Patrulhar a Zona Econômica Exclusiva (ZEE), com o intuito de evitar a pesca ilegal, o narcotráfico e a imigração ilegal;

- Efetuar evacuações Médicas;

- Executar transporte VIP.

É de salientar, que a Esquadrilha Aérea é ainda responsável pela SAR (Search and Rescue – Busca e Salvamento)     

A Esquadrilha Aérea espera nos próximos tempos melhorar as suas atuações no aspeto operacional e ainda melhorar quer em termos de equipamentos, quer em termos de recursos humanos, para poder cumprir as suas obrigações da melhor forma possível.

História[editar | editar código-fonte]

Antes de 1975, Cabo Verde era uma província ultramarina de Portugal, com uma pequena guarnição militar portuguesa que incluía soldados portugueses e de Cabo Verde.

Ao mesmo tempo, alguns cabo-verdianos estavam servindo nas Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP), uma ala militar do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde que lutavam pela independência conjunta da Guiné e Cabo Verde na Guerra da Independência da Guiné-Bissau. A FARP tornou-se as forças armadas nacionais da Guiné-Bissau, quando sua independência foi reconhecida por Portugal em 1974.

As Forças Armadas de Cabo Verde foram criadas quando o país se tornou independente em 1975, sendo também oficialmente designado Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP). A FARP Cabo Verde foi composta por duas agências independentes, o Exército e a Guarda Costeira.

Policia Militar em Mindelo

No início da década de 1990, a designação "FARP" foi abandonada e os militares de Cabo Verde começaram a ser designados Forças Armadas Cabo-Verdianas.

As forcas armadas de cabo verde é formada pela guarda nacional e a guarda costeira e sendo este formado pela esquadrilha naval e a esquadrilha aérea.

HISTÓRIA DA GUARDA COSTEIRA

Após a independência, em 10/07/75 iniciou-se o primeiro recrutamento do pessoal para formar a guarnição de duas videtas oferecidas pela ex URSS. Uma das videtas foi colocada na Praia e a outra em Mindelo. Incialmente a Marinha de Guerra e Aviação era formada apenas por estas duas videtas. Mais tarde em 1976 foi criado a 1ª força de Fuzileiros Navais. Em meados 1977 foram para a URSS alguns elementos a fim de receber treinos para guarnecer mais 3 navios, 2 videtas (35m cada) e um navio para transporte de pessoal e material, oferecidas pela URSS. Em 1978 chegaram os referidos navios, A450 (denominada de 5 de Julho), e as outras duas videtas (P351 e P352). As duas primeiras videtas tiveram um tempo de vida de aproximadamente 10 anos, isto devido a falta de sobressalentes e também devido a tempo de vida dos próprios navios. É de se referir que quando foram oferecidos já se encontravam com alguns anos de vida.

No início da década de 80 a Marinha de Guerra e Aviação passou a ser denominado de Marinha Nacional Popular. A unidade de Fuzileiros que funcinou durante aproximadamente um ano e meio, os seus elementos passaram a fazer parte da guarnição dos navios. Entre 1987 e 88 foram afundadas as duas videtas devido a falta de sobressalentes e gastos elevados.

Entre 1986 e 88 extinguiu-se a Marinha Nacional Popular, funcionando apenas uma comissão técnica. Nesta altura apenas funcionava o 5 de Julho.

Pelo Decreto Lei nº192/91 de 30 de Dezembro e pelo Despacho do Governo (MD 18/92) de 06 de Março cria a Guarda Costeira.

Pelos Despachos Governamentais (MD 41/93 e MD 42/93) é instalado a GC na Praia e é nomeado o seu 1º Comandante, Tenente-coronel Eliseu Lopes.

Pelo Decreto lei nº 30/07 de 20 de Agosto é reformado as FA. Criou-se a Esquadrilha Naval da Guarda Costeira.


PATRONO DA GUARDA COSTEIRA

Pela Resolução nº6/2010 de 5 de Abril, artigo 2º é designado Patrono da Guarda Costeira o Comandante EDUARDO SILVA SANTOS,

Combatente da Liberdade da Pátria.

Pelo artigo 3º da mesma resolução é instituido o dia 11 de Outubro, data de nascimento do Comandate Eduardo Silva Santos, como o dia da Guarda Costeira.



Em 2007, a FACV iniciou uma grande reorganização que incluiu a transformação do Exército na Guarda Nacional.

Juntamente com a Polícia de Cabo Verde, a FACV realizou a Operação Lancha Voadora, uma operação bem-sucedida para pôr fim a um grupo de tráfico de drogas que contrabandeava cocaína da Colômbia para os Países Baixos e a Alemanha usando Cabo Verde como ponto de reabastecimento. A operação levou mais de três anos, sendo uma operação secreta durante os dois primeiros anos, e terminou em 2010.

Embora localizada na África, Cabo Verde sempre teve relações estreitas com a Europa. Por isso, várias opiniões defendem que Cabo Verde pode entrar na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e na OTAN[1].

O mais recente envolvimento da FACV foi o massacre de Monte Tchota que resultou em 11 mortes.[2]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Sprungbrett nach Westafrika | David X. Noack» (em alemão). Consultado em 17 de dezembro de 2018 
  2. «Eleven shot dead in Cape Verde, including two Spanish citizens». Reuters (em inglês). 27 de abril de 2016