Fonte L – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hipótese das quatro fontes, formulada por Burnett Hillman Streeter.

Na análise da Alta crítica, a fonte L é uma tradição oral que Lucas utilizou para compor seu evangelho.[1] Inclui a história de Natal e muitas das melhores parábolas de Jesus[1] Craig Blomberg.. Como a fonte exclusiva de Mateus, conhecida como Fonte M, a fonte L tem importantes parábolas que, de acordo com os historiadores mais céticos, são ditos autênticos do Jesus histórico.[2] Duas parábolas que aparecem em L são a do Bom Samaritano e a do Filho Pródigo.[3]

De acordo com a hipótese das Quatro fontes, Lucas reuniu material do Evangelho de Marcos, da fonte Q e de L para a produção de seu evangelho. O material em L, bem como que em M, provavelmente vem da tradição oral. O material especial de Lucas compõe quase metade do seu evangelho.[4]

A questão de como explicar as semelhanças entre os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas é conhecido como o problema sinótico. A fonte hipotética L encaixa numa das soluções contemporâneas em que Marcos foi o primeiro evangelho e Q foi uma fonte escrita contendo ditos de Jesus e utilizado tanto por Mateus quanto por Lucas.

Referências

  1. a b Craig Blomberg. Jesus e os Evangelhos. São Paulo: Vida Nova, 2009;
  2. Funk, Robert; Roy Hoover; Jesus Seminar. The five gospels. Harper San Francisco: 1993. "Introduction," p. 1-30;
  3. Ben Withergton III. O fim do conflito. São Paulo: Landscape, 2006. p. 44;
  4. Theissen, Gerd; Annette Merz. The historical Jesus: a comprehensive guide. Fortress Press: 1998. Capítulo 2. Christian sources about Jesus;