Flores (Pernambuco) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Flores
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Flores
Bandeira
Brasão de armas de Flores
Brasão de armas
Hino
Lema Do sertão tu és a preferida
Gentílico florense
Localização
Localização de Flores em Pernambuco
Localização de Flores em Pernambuco
Localização de Flores em Pernambuco
Flores está localizado em: Brasil
Flores
Localização de Flores no Brasil
Mapa
Mapa de Flores
Coordenadas 7° 51' 57" S 37° 58' 30" O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes ao norte, com o Estado da Paraíba e Quixaba; ao sul, com Betânia; a leste com Carnaíba e Custódia e, a oeste, com Triunfo e Calumbi.
Distância até a capital 394 km
História
Fundação 1858 (166 anos)
Administração
Prefeito(a) Marconi Martins Santana (PSB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 953,846 km²
População total (estimativa IBGE/2017[2]) 22 567 hab.
Densidade 23,7 hab./km²
Clima Semiárido (BSh)
Altitude 486 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,556 baixo
PIB (IBGE/2012[4]) R$ 103 305 mil
PIB per capita (IBGE/2012[4]) R$ 4 661,36
Sítio flores.pe.gov.br (Prefeitura)

Flores é um município brasileiro situado no estado de Pernambuco. Administrativamente, o município é composto pelos distritos sede, Fátima e Sítio dos Nunes e pelos povoados de São João dos Leites, Tenório, Santana de Almas, Saco do Romão; Seguido pelos Sítios, Serrinha, Angico, Riachão, Siriema, Oitis, Saquinho, Barragem do Mel, Auto de Pedra, Baixa da Torre, Lagoa do Saco, Cajá, Gabriel e Matolotagem (entre outros).

Município tem divisa com o estado da Paraíba.

DISTRITO MAIS CONHECIDO (SÍTIO DOS NUNES.)

POVOADO MAIS CONHECIDO (SÃO JOÃO DOS LEITES.)

SÍTIO MAIS CONHECIDO (BARRAGEM DO MEL. )

História[editar | editar código-fonte]

Logo após a fundação da Casa da Torre ( casa-forte da Bahia ) na segunda metade do século XVI, o português Garcia d'Ávila empenhava-se na colonização das terras às margens do Rio São Francisco, organizando diversas expedições, compostas de portugueses e índios capturados para servirem como escravos, que partiam em diversos rumos, a fim de explorarem fundando aldeias.

Nos meados do ano de 1589, uma daquelas expedições, seguindo as margens do Rio Pajeú chegava a uma aldeia de índios tapuias, localizada à margem esquerda daquele rio no lugar hoje denominado Alto das Flores.

Os Tapuias Rtama estavam em festa, em homenagem ao chefe de uma aldeia na serra da Baixa Verde em Triunfo. O guerreiro Aruan ordenou a prisão dos componentes da expedição, que mais tarde seriam trucidados pelos selvagens salvando-se apenas duas meninas que os índios começaram a adorar como divindades, tal suas belezas, que mais tarde deram-lhe os nomes de Aracê à mais velha e Moema à mais nova. Aquelas meninas ficaram sob a proteção dos guerreiros mais fortes que receavam que fossem capturadas por outros silvícolas.

Por volta de 1603, outra expedição chegava aquele local, mas encontravam os Tapuias Rtama “meio civilizados”, certamente ao contato das duas meninas, que lhe ministravam certos conhecimentos, não só do idioma português, como cultivo da terra, etc. eram uns vinte portugueses e mamelucos, que, entendendo-se com os aborígines, construíram melhores habitações para acomodamento para todos os integrantes da expedição da casa da torre, chefiadas pelo português Simeão Pereira Ganrrinho. Começou assim a fundação de um povoado, à margem direita do Rio Pajeú, mais tarde denominada Povoação de Flores, em alusão ao cultivo de flores a que se destinava Aracê e Moema.

Na data de 11 de setembro de 1783, foi criada a Freguesia de Flores do Pajeú. A vila foi criada, também por alvará, a 15 de janeiro de 1810 oficialmente considerada a data de criação do município. A 20 de maio de 1833, quando uma Resolução Presidencial criou várias comarcas no Estado, Flores tornou-se uma delas, sob a denominação de Comarca do Sertão de Pernambuco.

Em 6 de maio de 1851 a Lei Provincial 280 transferiu a sede do município de Flores para a povoação de Serra Talhada, então denominada Vila Bela, transferindo também a sede da comarca de Pajeú de Flores.[5]

Em 26 de maio de 1858 a Lei Provincial 437 transformou a freguesia de Flores em município.[5]

Depois que o Estado foi dividido em municípios (através da Constituição Estadual de 17 de Junho de 1891), Flores tornou-se município autônomo, através de lei datada de 3 de agosto de 1892. A antiga Comarca de Flores compreendia a vasta área onde estão, hoje, os municípios de Afogados da Ingazeira, São José do Egito, Triunfo, Serra Talhada, Floresta, Tacaratu e Tabira.

Geografia[editar | editar código-fonte]

O município de Flores está localizado no Sertão Pernambucano, estando inserido na microrregião do Pajeú. A cidade de Flores pode ser localizada pelas coordenadas 07º52'05" de latitude sul e 37º58'29" longitude oeste, estando a uma altitude de 466 metros. A área municipal ocupa 963,8 km² com uma população estimada em 2017 de 22.567 habitantes.[2]

Dados do Departamento de Ciências Atmosféricas, da Universidade Federal de Campina Grande, mostram que Flores apresenta um clima com média pluviométrica anual de 755.6 mm e temperatura média anual de 24,9 °C.

Seus limites são:

Clima[editar | editar código-fonte]

De acordo com o modelo de Köppen o clima de Flores é do tipo BSh . Em Flores a temperatura média anual é 24.9 °C.[6] A média anual de pluviosidade é de 755.6 mm.[7]

Dados climatológicos para Flores
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 33,8 32,9 32,3 31,8 30,7 29,9 29,8 31,4 32,9 34,4 34,8 34,7 32,5
Temperatura média (°C) 26,1 25,5 25,1 24,9 24,1 23,2 22,8 23,4 24,7 25,9 26,3 26,4 24,9
Temperatura mínima média (°C) 21,0 20,7 20,6 20,4 19,7 18,8 18,0 18,1 19,3 20,2 20,8 21,1 19,9
Chuva (mm) 79,0 132,8 175,9 129,8 68,3 35,1 23,7 9,1 7,1 14,4 30,0 42,6 755,6
Fonte: Departamento de Ciências Atmosféricas.[6][7][8][9]
Dados climatológicos para Flores (Precipitação média mensal acumulada)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Chuva (mm) 93,0 133,9 169,1 127,0 69,0 40,0 34,0 11,0 13,0 13,2 27,2 40,3 770,7
Fonte: ANA. Dados pluviométricos disponíveis no Portal HidroWeb. Médias de pelo menos 30 anos da série analisada, critério recomendado pela OMM. Dados reunidos e produzidos pelo órgão responsável ou operador da estação meteorológica e elaborado a partir de ajuste de distribuições de probabilidades aplicadas à série histórica.[10]

Geologia e Relevo[editar | editar código-fonte]

A Bacia de Fátima, está localizada na porção central do estado de Pernambuco, ocupa parte dos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Custódia e Iguaraci, possui uma área aproximada de 300 km² e se constitui em importante reservatório de água subterrânea nessa porção do semiárido pernambucano. O aquífero está representado pelos sedimentos da Formação Tacaratu, cuja espessura pode atingir até 500 m em sua porção oeste. Perfurações realizadas pela CPRM, em convênio com a COMPESA e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (SECTMA/PE), resultaram na construção de quatro poços, que hoje abastecem Fátima, Custódia, Sítio dos Nunes, Carnaíba e Flores, com água de boa qualidade.[11].

As melhores ocorrências de calcários calcíticos puros, catalogadas no estado de Pernambuco localizam-se nos setores Flores-Carnaíba há jazimentos de calcário calcítico representados por faixas descontínuas de minério aflorante, com aproximadamente 500 m de largura. De acordo com estudos desenvolvidos na região foram individualizados dois setores: Lagoa da Pedra e Pedra do Cal. Devido ao grau de pureza e amplitude de reservas, apresentam possibilidades de aproveitamento industrial. No ano de 2013 foi instalada uma unidade mineradora para a extração do cálcario e fabricação de cimento, a unidade industrial situa-se a 3 km da cidade de Carnaíba, já as jazidas de calcário são explorados nos municípios de Carnaíba, Flores e Solidão.

A Bacia de Fátima, está localizada na porção central do estado de Pernambuco, ocupa parte dos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Custódia e Iguaraci, possui uma área aproximada de 300 km² e se constitui em importante reservatório de água subterrânea nessa porção do semiárido pernambucano.

Demografia[editar | editar código-fonte]

População, total segundo o último censo e estimativa do IBGE

  • População censo 2010: 22.169 hab.
  • População estimada 2015: 22.588 hab.

População, total, urbana e rural segundo Censo 2010

Total

População total: 22.169 hab.

Urbana

A população urbana do município está distribuída na localidades denominadas (distritos)

Ao todo existem 3 distritos totalizando (9.364 hab.)

Distritos

  • Distrito Sede: 5.025 hab.
  • Distrito de Fátima: 2.629 hab.
  • Distrito de Sítio dos Nunes: 1.710 hab.

Rural

A população Rural do município está distribuída nas localidades denominadas (sítios e povoados)

Existem inúmeros sítios e 5 povoados totalizando (12.805 hab.)

povoados

  • Povoado de São João dos Leites
  • Povoado do Tenório
  • Povoado de Santana de Almas
  • Povoado do Saco do Romão
  • Povoado de Matolotagem

Sítios

Principais comunidades

  • Sítio Saquinho
  • Sítio Moça Branca
  • Sítio Gabriel
  • Sítio Riacho dos Barreiros
  • Sítio Cajá
  • Sítio Serra do Zuza
  • Sítio Caiçara
  • Sítio Barragem do Mel

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. a b «Estimativa populacional 2017 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 30 de agosto de 2017. Consultado em 1 de março de 2018 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 1 de outubro de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2012». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. de 2014 
  5. a b CEHM-FIAM. Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios de Pernambuco. Recife: Centro de Estudos de História Municipal, 1994.
  6. a b «TEMPERATURA MÍNIMA MENSAL E ANUAL DA PERNAMBUCO». Departamento de Ciências Atmosféricas. Consultado em 11 de junho de 2014. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  7. a b «TEMPERATURA MAXIMA MENSAL E ANUAL DA PERNAMBUCO». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1980. Consultado em 11 de junho de 2014. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  8. «TEMPERATURA COMPENSADA MENSAL E ANUAL DA PERNAMBUCO». Departamento de Ciências Atmosféricas. Consultado em 11 de junho de 2014. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  9. «PRECIPITACAO MENSAL». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1990. Consultado em 11 de junho de 2014. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  10. «HIDROWEB - Sistema de Informações Hidrológicas». www.snirh.gov.br. Consultado em 16 de abril de 2023 
  11. Geodiversidade de Pernambuco

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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