Astrofísica de partículas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Astrofísica de partículas é um campo interdisciplinar que contempla temas comuns à astrofísica e à física de partículas, sendo o estudo da radiação cósmica que atinge a Terra e outros corpos celestes, com o intuito de desvendar os mecanismos astrofísicos operando em objetos altamente energéticos no Universo.[1][2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Foto do físico e padre Theodor Wulff.

Até o final do século XIX, a única fonte de informação usada para o desenvolvimento da astrofísica era a luz proveniente das estrelas e de outros objetos celestes. No início do século XX, porém, esse panorama começou a mudar.

Em 1910, Theodor Wulf mediu a ionização da atmosfera na superfície da Terra, aos pés da Torre Eiffel, e a uma altitude de 324 m acima do solo, no topo da torre. Esses resultados mostraram que a ionização medida no topo da torre não poderia ser atribuída fontes radioativas no solo. Dois anos depois, Victor Franz Hess mediu a ionização atmosférica a bordo de um balão que subiu a uma altitude de 5 km. Em 1914 esse mesmo experimento foi realizado por Werner Kolhörster, que chegou a 9 km acima da superfície terrestre. Esses experimentos mostraram que a ionização ambiente decresce à medida em que a altitude aumenta até chegar a 1,5 km acima do nível do mar. Acima dessa altitude, no entanto, a ionização passa a crescer à medida em que a altitude aumenta, o que demonstra de modo inequívoco que essa ionização é devida a fontes localizadas no espaço. Essa radiação - mais tarde denominada radiação cósmica por Robert Andrews Millikan - foi interpretada como sendo constituída por raios gama de energia bem maior do que a energia da radiação proveniente do decaimento radioativo de minerais existentes na crosta terrestre.

A radiação gama é constituída por fótons, que são partículas elementares cuja carga elétrica e massa são iguais a zero. As primeiras evidências de que os raios cósmicos eram constituídos por partículas com massa e carga elétrica diferentes de zero vieram dos experimentos realizados em 1929 por Werner Kolhörster e Walther Bothe.[3]

Áreas de pesquisa[editar | editar código-fonte]

Área de interesse da astrofísica de partículas: [4]

Instalações experimentais[editar | editar código-fonte]

Instalações, experimentos e laboratórios envolvidos na Astrofísica de partículas incluem:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Astrofísica de Partículas». IFSC - USP. Consultado em 26 de maio de 2018 
  2. Alessandro De Angelis; Mario Pimenta (2018). Introduction to particle and astroparticle physics (multimessenger astronomy and its particle physics foundations) (em inglês) 2 ed. Heidelberg: Springer Nature. ISBN 978-3-319-78181-5 
  3. Longair, Malcom (1992). High Energy Astrophysics (em inglês). 1 2nd ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 7-13. ISBN 0-521-38773-6 
  4. Astroparticle Physics (em inglês)
  5. A New Astrophysics Facility Rises from the Pampa (em inglês)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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