Férias Latinas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Férias Latinas[1] (em latim: Feriae Latinae), na Roma Antiga, foi um festival religioso realizado em abril nos montes Albanos. A data variou, e foi determinada e anunciada pelos cônsules de cada ano quando assumiam o cargo.[nt 1] Foi um dos festivais mais antigos celebrados pelo Estado romano e postula-se que precedeu a fundação de Roma — em termos históricos, seria datada da época pastoril pré-urbana. Continuou a ser realizado até o século III, e talvez mais tarde.[2]

O rito foi uma reafirmação da aliança entre os membros da Liga Latina, e uma trégua foi homenageada durante todo o festival. Cada cidade latina enviou um representante e oferendas como ovelhas, queijo, ou outros produtos pastoris. O cônsul romano presidente ofereceu uma libação de leite, e conduziu o sacrifício de um novilho branco puro que nunca tinha sido parelhado. A carne foi consumida como parte de uma refeição comunal como um sacramento. Como parte das festividades, figurinhas chamadas oscilla foram penduradas em árvores.[3]

Os cônsules foram obrigados a participar, deixando um prefeito urbano encarregado com a cidade. Se os cônsules tinham de estar ausentes (se, por exemplo, eles estavam travando uma guerra), um ditador foi nomeado para supervisionar o festival. Cônsules não deviam partir de suas províncias até depois do festival.[2]

Notas

  1. Os cônsules originalmente assumiram o cargo nos idos de março, e após 153 a.C., 1 de janeiro; a mudança no mandato anual do ofício parece não ter afetado a data das férias latinas.

Referências

  1. Bernardo 2012, p. 71.
  2. a b Fowler 1908, p. 95.
  3. Fowler 1908, p. 96-97.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bernardo, Isadora Prévide (2012). O De re publica de Cícero: natureza, política e história. São Paulo: USP-FFLCH 
  • Fowler, William Warde (1908). The Roman Festivals of the Period of the Republic. Londres: [s.n.]