Expo 2020 – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Expo 2020 é uma exposição mundial organizada pelo Bureau International des Expositions realizada na cidade de Dubai,[1] nos Emirados Árabes Unidos, no período de seis meses, originalmente marcada para o período de 20 de outubro de 2020 até 10 de abril de 2021.[2] Porém, devido à Pandemia de COVID-19, o evento foi remarcado para o período de 01 de outubro de 2021 até 31 de março de 2022, mantendo o nome de "Expo 2020".

Evento[editar | editar código-fonte]

Um dos mais importantes eventos mundiais, é uma feira internacional que reúne diversos setores, como: empresas privadas, ONGs e instituições governamentais, todas destinadas a discutir temas como negócios, tecnologia, urbanismo, sustentabilidade, ciências, cultura, gastronomia e economia.[3][4] É a primeira edição realizada no Oriente Médio, África ou sul da Ásia. Cada país terá seu próprio pavilhão pela primeira vez.

Pavilhões[editar | editar código-fonte]

Pavilhão Brasil[editar | editar código-fonte]

O Pavilhão Brasil está na área Sustentabilidade. É coordenado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil[5]). O arquiteto José Paulo Gouvêa é autor do projeto da edificação que reverencia a água, tão abundante em seus rios e extenso litoral. Pode visitar o site oficial do Pavilhão Brasil.[6]

Pavilhão Portugal[editar | editar código-fonte]

Portugal participa com um pavilhão próprio, com um investimento total na ordem dos 21 milhões de euros.[7] Com o "Portugal, um mundo num país", o Pavilhão de Portugal conta com uma área de 1 800 metros quadrados, onde não falta a calçada portuguesa, cadeiras e candeeiros em cortiça, azulejos, um terraço com oliveiras e uma ‘concept store’, que pretende ser uma 'embaixada' transacional de promoção de marcas e produtos portugueses, com mais de 170 produtos distintivos.

O pavilhão, que tem como inspiração uma caravela, é um projeto resultante da parceria entre o Grupo Casais e o ateliê Saraiva + Associados, e está situado no distrito da sustentabilidade da Expo, uma das três áreas temáticas.[8]

Cidades candidatas e tema[editar | editar código-fonte]

As cidade que disputaram a Expo 2020 foram: İzmir, Ecaterimburgo, São Paulo e Dubai e a etapa final da eleição ocorreu no dia 27 de novembro de 2014, em Paris, França, em votações realizadas em 3 etapas (ou 3 rodadas de votos).[2]

São Paulo foi eliminada na primeira etapa, com apenas 13 votos. Na segunda etapa, as três cidades restantes receberam 36, 87 e 41, com uma abstenção, respectivamente para İzmir, Dubai e Ecaterimburgo, ficando de fora a menos votada. Na etapa final e concorrendo apenas Dubai e Ecaterimburgo, a cidade russa recebeu 47 contra 116 para Dubai.[2]

Com o tema "Conectando Mentes, Criando o Futuro",[2] Dubai se tornou a primeira cidade do Oriente Médio a sediar o evento, realizado desde meados do século XIX.

Resultado final[editar | editar código-fonte]

Valores[editar | editar código-fonte]

Com uma verba de US$ 7,5 bilhões destinada a realização da Expo, Dubai estima um retorno de US$ 20 bilhões e a criação de 270 mil empregos ligados ao comércio e serviços.[2]

Criticismo[editar | editar código-fonte]

Um mês antes da Expo 2020, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução contra o evento, instando seus estados membros e outras nações a não participarem. Citando os direitos humanos dos Emirados Árabes Unidos, a UE também pediu que as empresas internacionais, que estavam a patrocinar o evento, retirassem o seu patrocínio. A UE afirmou que as empresas e empresas de construção dos Emirados estavam a explorar os direitos dos trabalhadores migrantes, forçando-os a assinar acordos não traduzidos, confiscando seus passaportes e forçando-os a trabalhar por longas horas e viver em condições insalubres.[9] Os Emirados Árabes Unidos rejeitaram a resolução como "fatualmente incorreta". [10]

A Human Rights Watch disse que quaisquer partes ligadas à Expo deveriam utilizar o evento para denunciar as violações dos direitos humanos no país. Numa declaração, Michael Page, director adjunto da HRW para o Médio Oriente, afirmou: "Dezenas de críticos domésticos pacíficos dos EAU foram presos, levados a julgamento manifestamente injustos e condenados a muitos anos de prisão simplesmente por tentarem expressar as suas ideias sobre governação e direitos humanos". Page chamou o evento "mais uma oportunidade para os EAU se apresentarem falsamente na cena mundial como abertos, tolerantes e respeitadores dos direitos, ao mesmo tempo fechando o espaço à política, ao discurso público e ao activismo", e apelou aos países participantes para "assegurarem que não estão a ajudar os EAU a lavar a sua imagem e a esconder os seus abusos". [11]

Referências

  1. São Paulo é eliminada na escolha da sede da Expo 2020 Portal G1 - acessado em 1° de abril de 2015
  2. a b c d e f g h i Dubai será sede da Expo 2020, Site ÓPera Mundi 
  3. O QUE É A EXPO 2020 Site MPL (Movimento do Passe Livre - SP) - acessado em 1° de abril de 2015
  4. Prefeito apresenta candidatura de São Paulo para sediar Expo 2020 - o evento ocorre entre 15 de maio e 15 de novembro de 2020 Agência EBC - acessado em 1° de abril de 2015
  5. «EXPO DUBAI 2020». Apex-Brasil. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  6. «Brazil Pavilion | Expo 2020 Dubai». www.expo2020dubai.com (em inglês). Consultado em 3 de agosto de 2021 
  7. «Costa considera Expo Dubai 2020 uma grande oportunidade para projeção de Portugal» 
  8. «Portugal Pavilion | Expo 2020 Dubai». www.expo2020dubai.com (em inglês). Consultado em 3 de agosto de 2021 
  9. «JOINT MOTION FOR A RESOLUTION on the case of human rights defender Ahmed Mansoor in the United Arab Emirates». www.europarl.europa.eu (em inglês). 15 de setembro de 2021 
  10. «European Parliament votes to boycott UAE Expo due to human rights issues». The Jerusalem Post. 17 de Setembro de 2021 
  11. «UAE: Expo 2020 Dubai held to distract attention from rights abuses, says HRW. Human Rights Watch says narrative of tolerance at the first world fair to be held in the Middle East is a 'sham'». Middle East Eye (em inglês). 1 de Outubro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]