Estupro genocida – Wikipédia, a enciclopédia livre

Peter Paul Rubens - "O Estupro" (obra ilustrativa)

Um estupro genocida é quando um povo fragilizado é estuprado e potencialmente após o estupro é assassinado.[1][2]

Este tipo de genocídio tem os mesmos motivos que um genocídio cometido por ódio, como o Holocausto. Neste tipo de genocídio o genocida utiliza da importunação sexual para demonstrar seu valor e demonstrar como é superior ao povo pelo qual ele está abusando.[3]

Infelizmente este tipo de pratica é muito comum, e a maior parte das pessoas que sofrem com este tipo de abuso, são as crianças e mulheres, muitas vezes sendo violentadas diversas vezes por homens. Muitas vezes esta pratica acaba ferindo gravemente a vitima o que causa sua morte ou acaba por facilitar caso o violentador queira assassinar sua vitima.[4]

Houve relatos deste crime em campos de concentração na Alemanha nazista, onde até mesmo soldados mulheres estupravam e abusavam de outras mulheres e crianças, para simplesmente demonstrar sua suposta superioridade. E também houve um caso no Brasil, o caso conhecido como a Gravata Vermelha,[5] foi um genocídio cometido pelo exercito brasileiro contra civis conselharistas (seguidores de Antônio Conselheiro) durante o conflito da Guerra de Canudos, neste episodio, após a rendição da cidade de Canudos, os militares do exercito brasileiro para se vingar da morte de seu marechal Carlos Machado de Bittencourt na batalha, abusaram das mulheres da cidade em frente suas famílias e logo após decapitaram todos os prisioneiros já rendidos.[6]

Normalmente em genocídios existe o estupro, porem o estupro "comum" se assim pode-se dizer, de um estupro genocida tem uma grande diferença. O estupro comum durante um genocídio, acontece quando um ou mais violentadores estupram uma ou mais mulheres sem o consentimento dos seus superiores, casos esses que dependendo do pais pode ser passível de uma pena militar. Já o estupro genocida, ocorre quando o superior em operação reconhece que haverá estupros das vitimas e não se opõe a ideia, muitas vezes até participando juntamente do abuso.[7]

Referências

  1. «O ESTUPRO GENOCIDA» (PDF) 
  2. VILHENA, ZAMORA. Além do ato: os transbordamentos do estupro. [S.l.: s.n.] 
  3. Treis, Maria Eduarda Jark; Morais, Pâmela Samara Vicente (2018). «Estupro Genocida: como a tática de guerra marcou a sociedade ruandesa». Revista Perspectiva: reflexões sobre a temática internacional (21). ISSN 2525-5258. Consultado em 27 de abril de 2021 
  4. Gonçalves, Goncalves Cristina; Trindade, Patrick Juliano Casagrande (21 de outubro de 2019). «O ESTUPRO GENOCIDA: uma abordagem acerca da constituição do estupro como crime internacional de genocídio». Revista Brasileira de Direito Internacional (1): 57–74. ISSN 2526-0219. doi:10.26668/IndexLawJournals/2526-0219/2019.v5i1.5539. Consultado em 27 de abril de 2021 
  5. Bombinho, Manuel Pedro das Dores (2002). Canudos, história em versos. [S.l.]: Imprensa Oficial SP 
  6. «Corpo feminino, primeiro território violado: estupro como ferramenta de tortura e genocídio». www.analisepoliticaemsaude.org. Consultado em 27 de abril de 2021 
  7. «General Assembly Resolutions 95 (I) and 96 (I)». UNITED NATIONS 1946. UNITED NATIONS GENERAL ASSEMBLY