Estúdios Disney de 1922 a 1937 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Estúdios Disney de 1922 a 1937
Séries de curtas-metragens animadas
Estúdios Disney de 1922 a 1937
O curta-metragem Alice's Day at Sea (1924).
Períodos
  • 1922–1937: Séries de curtas-metragens animadas
  • 1937–1941: Primeiros longas-metragens de animação
  • 1941–1950: Primeira greve e a Segunda Guerra Mundial
  • 1950–1973: Produções televisivas e cinematográficas, e a morte de Walt Disney
  • 1973–1988: Estúdio adormecido
  • 1989–1995: Renascimento e a Segunda Idade de Ouro
  • 1995–2005: Animações e sequências
Estúdios Disney de 1937 a 1941

A história dos estúdios Disney de 1922 a 1937 é caracterizada por uma produção centrada exclusivamente em curtas-metragens de animação. O período começa em 1921, com a criação do primeiro estúdio de Walt Disney em Kansas City, o Laugh-O-Gram Studio, em atividade até 1923 e com a formação da Disney Brothers Studios em Hollywood. As primeiras produções do Laugh-O-Gram Studio foram Alice Comedies, seguido por Oswald the Lucky Rabbit (1927). Por causa de problemas com os direitos da produção de Oswald, a Disney criou um novo personagem em sua substituição, o Mickey Mouse. Com tal, a Disney revolucionou a indústria cinematográfica, inovando ao sincronizar imagem com o som. As inovações continuaram com a série de curtas-metragens Silly Symphonies, sendo a primeira produção em cores, devido ao processo Technicolor.

O período termina com o lançamento do primeiro longa-metragem de animação do estúdio, Snow White and the Seven Dwarfs (1937), seguido de outros longas-metragens, uma época denominada como a "primeira idade de ouro" da companhia.

História[editar | editar código-fonte]

1922–1923: Criação do Laugh-O-Gram Studio[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Laugh-O-Gram Studio
Cena do curta-metragem Alice Comedies.

A história dos estúdios Disney inicia-se com a série de curtas-metragens Alice Comedies, sendo produzido pelo primeiro estúdio fundado por Walt Disney em Kansas City no ano de 1922, o Laugh-O-Gram Studio. O estúdio teve um contrato no valor de 11 mil dólares estadunidenses para produzir seis animações baseadas em contos de fadas e histórias infantis.[1] Entre os funcionários do estúdio destacam-se: Ub Iwerks, Hugh Harman, Rudolf Ising, Carman Maxwell e Friz Freleng.[2]

Na primavera de 1923, Walt tinha uma ideia de associar animações com live-action, no intuito de popularizar o seu estúdio.[3] Anteriormente, ele e seus animadores produziram o piloto de Alice Comedies, o filme Alice's Wonderland.[2] No entanto, a empresa entrou em falência em julho de 1923.[2]

1923–1927: Introdução da Disney em Hollywood e Oswald the Lucky Rabbit[editar | editar código-fonte]

Edifício na Kingswell Avenue em Los Feliz, Los Angeles, Califórnia, onde a Walt Disney Company foi fundada como Disney Brothers Studios.

Em 1923, Walt e seu irmão Roy Oliver fundaram a Disney Brothers Studios, um estúdio de animação.[4] Walt desfrutou de um contrato com a companhia Winkler Pictures, dirigida por Margaret Winkler e seu marido Charles B.  Mintz. Neste acordo foram incluídas seis produções de curtas-metragens,[5] com adição de mais seis, e um filme a ser lançado no dia 15 de dezembro de 1923.[6] A empresa conseguiu renovar o seu contrato por três vezes e produziu cerca de cinquenta episódios de Alice Comedies. Em 1925, a sede dos estúdios Disney foi transferida para Hyperion Avenue, no distrito de Silver Lake, em Los Angeles.[7]

No mês de janeiro de 1927, Charles Mintz que produziu os últimos curtas-metragens de Alice Comedies, pediu à Walt, que criassem um coelho como novo personagem do estúdio. Ao decorrer do mês, foram enviados-lhes uma série de esboços com diferentes tipos de coelhos.[8] Em 4 de março de 1927, Mintz assinou um contrato com a Universal Pictures para produzir 26 curtas-metragens.[9][10] Oswald the Lucky Rabbit estreou em 1927, e tornou-se um grande sucesso.[11] Confiante, graças ao sucesso da série e com o fim do contrato com Mintz, Walt foi para Nova Iorque em meados de fevereiro em 1928, para se encontrar com o Mintz e pedir-lhe para renovar seu acordo com os estúdios Disney.[12] A Universal detinha os direitos da série, sendo Winkler uma mera intermediária que havia solicitado sua produção. Maureen Thomas e François Penz afirmaram que "Winkler roubou os direitos de Oswald da Disney".[13][14]

1928: Criação do Mickey Mouse[editar | editar código-fonte]

Mickey Mouse protagonista da série de desenhos animados homônimo, foi criado em 1928 para tentar substituir o personagem Oswald, pois, Walt havia perdido os seus direitos.[15][16] Em fevereiro de 1928, ele foi novamente para Nova Iorque com finalidade de negociar com Charles B. Mintz uma quota maior dos lucros de cada filme. Contudo, Walt ficou confuso[17] — Leonard Mosley afirmou que [Walt] ficou "aborrecido com a falsidade, e de coração partido pela deslealdade"[18] — quando o empresário lhe disse que não só queria cortar os custos de produção, mas também estaria contratando a maioria de seus principais animadores.[19]

Walt deixou Nova Iorque em 13 de março de 1928, retornando à Los Angeles após três semanas de negociações.[20]

1929–1934: Organização da empresa, inovação e internacionalização[editar | editar código-fonte]

A equipe da Disney em frente ao seu estúdio na Hyperion Avenue em 1929.

Acerca de 1929, os estúdios Disney tinham poucos animadores que eram divididos em duas equipes:[21]

Posteriormente, a equipe de produção expandiu-se em razão de garantir a importância da produtividade dentro do estúdio. Haviam dezesseis animadores para produzir o curta-metragem The Busy Beavers (1931).[22] Em 1930, Roy Disney assinou um contrato com a companhia George Borgfeldt & Company, para produzir produtos dos mais famosos personagens do estúdio.[23][24] Em 16 de fevereiro de 1931, a Motion Picture Association of America pediu aos estúdios Disney que reduzisse ou removesse os úberes de vaca das animações, que foram considerados superdimensionados e indecentes, inclusive os da personagem Clarabela.[25][26] Walt em 1931, criou uma divisão de roteiristas que foi dirigida por Ted Sears e formada por alguns animadores.[27] Esta divisão, segundo o mesmo, era para analisar os novos personagens das animações.[28] Também foi criado em 15 de novembro de 1932, a Disney Art. School, uma escola interna para os animadores.[29]

O estúdio começou a produzir em 1932, sob o impulso de Walt, os curtas-metragens da série Silly Symphonies com o novíssimo processo Technicolor. A primeira animação em cores foi o curta Flowers and Trees, que havia sido concluída, mas em preto e branco.[30][31] Frank Thomas e Ollie Johnston explicam que o departamento de efeitos especiais da companhia no início da década de 1930 consistia em apenas dois animadores, Ugo D'Orsi e Cy Young, e por vezes um assistente.[32] Em termos de som, Parade of the Award Nominees (1932) foi o primeiro curta-metragem da Disney a utilizar o sistema RCA Photophone, seguido por Santa's Workshop (1932) e Building a Building (1933).[33]

Em dezembro de 1932, Topolino foi lançado na Itália, uma história em quadrinhos com o personagem Mickey Mouse.[34] Em julho de 1933, a subsidiária Mickey Mouse Ltd. foi fundada em Londres, responsável por administrar as produções da Disney no mercado europeu.[35] Durante o mês de julho de 1934, foi fundada em Paris a filial Mickey Mouse SA para o mercado francês.[35] A filial italiana Creazioni Walt Disney S.A.I. foi inaugurada em 8 de maio de 1938.[34] [35] Com a saída de Burton Gillett em 1934, Ben Sharpsteen foi nomeado o novo produtor de vários longas-metragens da Disney.[36] Sharpsteen foi promovido ao cargo, devido ao seu trabalho em 97 dos 116 curtas-metragens produzidos entre 1929 e 1934 pelo estúdio.[36]

1934–1937: Nascimento de um grande estúdio[editar | editar código-fonte]

Em meados da década de 1930, o estúdio produzia cerca de vinte curtas-metragens por ano sob contrato com a United Artists, o custo médio por produção era de 50 mil dólares com um lucro entorno de 120 mil dólares, arrecadando anualmente 660 mil somente com filmes.[37] A empresa também recebia royalties por licenciamento de produtos derivados e, em 1937, a Disney assinou um contrato ainda mais favorável com a RKO Pictures.[37] Porém, desde 1934, esta grande quantia de lucros estava sendo investida em muitos projetos, tanto técnicos quanto artísticos.[37]

O contrato com a RKO cedeu à Disney maior liberdade e foi lançada várias séries de curtas-metragens, incluindo uma dedicada ao Pato Donald em 1937.[38]

Produções[editar | editar código-fonte]

Curtas-metragens de animação[editar | editar código-fonte]

Longas-metragens de animação[editar | editar código-fonte]

Análises[editar | editar código-fonte]

Produções da década de 1920[editar | editar código-fonte]

Para Russel Merritt e J.B. Kaufman, os primeiros filmes da Disney produzidos na década de 1920, antes de Mickey Mouse e as Silly Symphonies têm a peculiaridade de não terem um sentido em particular, ou nenhum marco, e são resumidos por uma acumulação de elementos díspares.[46] Os filmes feitos pela Laugh-O-Grams são bastante inovadores, mas tecnicamente muito próximos de Oswald the Lucky Rabbit e Alice Comedies.[46]

Impacto do Mickey Mouse[editar | editar código-fonte]

O curta-metragem Steamboat Willie (no Brasil, O Vapor Willie),[47] lançado originalmente em 18 de novembro de 1928,[48] foi a primeira animação sonora e o primeiro aparecimento do Mickey Mouse. Em menos de um ano, o personagem tornou-se uma das figuras mais reconhecidas nos Estados Unidos e internacionalmente.[49] Felix the Cat foi então ofuscado por Mickey.[50]

O premiado diretor Frank Capra em sua autobiografia The Name Above the Title: An Autobiography sobre Steamboat Willie, afirmou que as imagens e o som estavam muito bem sincronizados e que era novo e cativante.[51] Neil Sinyard afirmou que nos anos 30, foi a década em que os padrões de animação evoluíram consideravelmente à medida que o estúdio se introduziu no campo das animações.[51]

Primeiros curtas-metragens em cores[editar | editar código-fonte]

Acerca de 1926, a Disney queria produzir curtas-metragens em cores, mas os processos técnicos da época eram muito caros e não se adaptavam a animação,[52] o mais conhecido era o sistema Technicolor de duas bandas. Cerca de 1930, a Disney começou a produzir curtas-metragens em cores usando o processo Technicolor (em três tiras) no curta Flowers and Trees (1932), que estreou em 15 de julho no TCL Chinese Theatre.[52] Em julho de 1933, a Disney conseguiu assinar um contrato de três anos com a RKO-UA para produzir Silly Symphonies apenas em cores,[53] graças ao acordo exclusivo de cinco anos para a utilização do processo Technicolor.[52] Em 1934, com o longo desenvolvimento do filme Snow White and the Seven Dwarfs, a série Silly Symphonies serviu como testes para aperfeiçoar as técnicas de animação do longa-metragem.[54] Muitos anões e bruxas apareceram nos curtas-metragens durante este período, tal como em Babes in the Woods, entre outros.[55][56][57]

Produção de curtas-metragens após 1937[editar | editar código-fonte]

Para Neil Sinyard, a produção de curtas-metragens na Disney mudou a partir de meados dos anos 30, tornando-se menos fantasiosa, mais didática e idealista como em The Flying Mouse (1934) ou The Tortoise and the Hare (1935).[58] Sinyard menciona que Walt estava indo para um novo desafio, o dos longas-metragens.[58] Em 1941, o curta-metragem How to Ride a Horse lançou a sub-série estrelada por Pateta, How to Ride....[59] Durante a Segunda Guerra Mundial houve várias produções militares. O primeiro filme relacionado foi Four Methods of Flush Riveting (1942), produzido para o Lockheed Aircraft Corporation para treinar técnicos aprendizes nas fábricas de aeronaves.[60] No início dos anos 50, a produção de filmes educativos surgiu com History of Aviation, trecho animado de Victory Through Air Power (1952).[61] Em simultâneo, a produção de curtas-metragens diminuiu.[62] Em 1959, com Donald in Mathmagic Land, o objetivo educacional foi intensificado.[63] A obra foi era exibida nas escolas estadunidenses para "estimular o interesse do aluno pela matemática".[64] Durante os anos 60, ainda foram produzidos alguns filmes com Pato Donald e Pateta, e até mesmo um filme que poderia ser autodenominado de "propaganda" visto que Family Planning (1967), apoiava o planejamento familiar.[65][66][67]

Referências

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  5. Watts 1998, p. 28.
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