Escarlatina – Wikipédia, a enciclopédia livre

Escarlatina
Escarlatina
Glossodínia num caso de escarlatina
Sinónimos Febre escarlate
Especialidade Infectologia
Sintomas Inflamação da garganta, febre, dores de cabeça, aumento de volume dos gânglios linfáticos, manchas na pele características[1]
Complicações Glomerulonefrite, doença cardíaca reumática, artrite[1]
Início habitual 5–15 anos de idade[1]
Causas Faringite estreptocócica, infeção estreptocócica da peles[1]
Método de diagnóstico Cultura da faringe[1]
Prevenção Lavagem das mãos, evitar partilhar objetos pessoais, evitar contacto com pessoas infetadas[1]
Tratamento Antibióticos[1]
Prognóstico Geralmente favorável[2]
Classificação e recursos externos
CID-10 A38.a
CID-9 034.1
CID-11 107294155
OMIM 012541
DiseasesDB 29032
MedlinePlus 000974
eMedicine 1053253
MeSH D012541
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Escarlatina é uma doença infeciosa resultante de uma infeção por estreptococos do grupo A.[1] Os sinais e os sintomas mais comuns são inflamação da garganta, febre, dores de cabeça, aumento de volume dos gânglios linfáticos e uma erupção cutânea característica.[1] A erupção cutânea aparece um a dois dias após a febre e apresenta-se vermelha, com textura semelhante a lixa, e a língua pode-se apresentar vermelha e rugosa.[1][3] A doença afeta sobretudo crianças entre os 5 e os 15 anos de idade.[1]

A escarlatina é quase sempre uma complicação que afeta cerca de 10% dos casos de faringite estreptocócica ou infeção por estreptococos do grupo A.[1][3] As bactérias são geralmente transmitidas através da tosse ou espirros.[1] Podem também ser transmitidas quando a pessoa toca num objeto contaminado e depois leva as mãos à boca ou nariz.[1] O período de incubação é de um a quatro dias.[3] A mancha característica da doença é causada pela toxina eritrogénica, uma substância produzida por alguns tipos de bactérias.[1][4] O diagnóstico é geralmente confirmado com cultura bacteriana de material recolhido na garganta.[1]

Não existe vacina para a escarlatina.[5] A prevenção consiste em lavar as mãos com frequência, evitar partilhar objetos pessoais, evitar contacto com pessoas infetadas.[1] A doença pode ser tratada com antibióticos, que previnem a maior parte das complicações.[1] Quando tratada, o prognóstico é geralmente positivo.[2] Entre as possíveis complicações a longo prazo estão a glomerulonefrite, doença cardíaca reumática e artrite.[1] No início do século XX, antes da descoberta dos antibióticos, a escarlatina era uma das principais causas de morte infantil.[6][7]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s «Scarlet Fever: A Group A Streptococcal Infection». Center for Disease Control and Prevention. 19 de janeiro de 2016. Consultado em 12 de março de 2016. Cópia arquivada em 12 de março de 2016 
  2. a b Quinn, RW (1989). «Comprehensive review of morbidity and mortality trends for rheumatic fever, streptococcal disease, and scarlet fever: the decline of rheumatic fever.». Reviews of Infectious Diseases. 11 (6): 928–53. PMID 2690288. doi:10.1093/clinids/11.6.928 
  3. a b c João Rosa. «Escarlatina: o que é?». Hoispital Lusíadas. Consultado em 27 de maio de 2022 
  4. Ralph, AP; Carapetis, JR (2013). Group a streptococcal diseases and their global burden. Current Topics in Microbiology and Immunology. 368. [S.l.: s.n.] pp. 1–27. ISBN 978-3-642-36339-9. PMID 23242849. doi:10.1007/82_2012_280 
  5. Richardson, Holly (7 de outubro de 2020). «Scarlet fever is making a comeback after being infected with a toxic virus, researchers say». ABC News (Australian Broadcasting Corporation). Consultado em 27 de novembro de 2020 
  6. Smallman-Raynor, Matthew (2012). Atlas of epidemic Britain : a twentieth century picture. Oxford: Oxford University Press. p. 48. ISBN 9780199572922. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2017 
  7. Smallman-Raynor, Andrew Cliff, Peter Haggett, Matthew (2004). World Atlas of Epidemic Diseases. London: Hodder Education. p. 76. ISBN 9781444114195. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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