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Erich Przywara
Erich Przywara
Nascimento 12 de outubro de 1889
Katowice
Morte 28 de setembro de 1972 (82 anos)
Murnau am Staffelsee
Cidadania Polónia
Ocupação teólogo, filósofo, escritor
Religião Igreja Católica

Erich Przywara (Katowice, 12 de outubro de 1889 - Murnau am Staffelsee, 28 de setembro de 1972) foi um sacerdote jesuíta, filósofo, e teólogo de origem alemã-polonesa, que foi um dos primeiros católicos a dialogar com os filósofos modernos. Ele é mais conhecido por sintetizar o pensamento de pensadores proeminentes em torno da noção de analogia do ser, a tensão entre a imanência divina e a transcendência divina, uma "unidade na tensão".

Biografia[editar | editar código-fonte]

Przywara (pronuncia-se pshih-VA-ra) nasceu em 1889 de um pai polonês e uma mãe alemã na cidade da Alta Silesia (Prussiana) de Kattowitz, hoje Katowice na Polônia. Devido a leis anti-jesuíticas ainda em vigor na Alemanha, em 1908 ele entrou no noviciado da Sociedade de Jesus em Exaten, Países Baixos, concluindo seus estudos filosóficos e teológicos no colégio próximo Ignatius em Valkenburg. De 1913 a 1917, Przywara ensinou na Stella Matutina, em Feldkirch, na Áustria, onde também atuou como prefeito da música. Em 1920, ele foi ordenado e em 1922 mudou-se para Munique, onde durante o período 1922-1941 fez parte da equipe editorial da revista Stimmen der Zeit.

Durante este período, Przywara realizou centenas de palestras em toda a Europa central, mais famosamente no seminário de Davos em 1928 e 1929. Ele também foi extremamente prolífico, autorando entre 1922 e 1932 tantos quantos 17 livros e 230 artigos e comentários (e eventualmente sobre 40 livros e 800 artigos e comentários). Durante este tempo, ele também se envolveu no diálogo ecumênico com o teólogo protestante Karl Barth, que considerou Przywara como seu oponente mais sério, de fato "o gigante Golias encarnado", convidando Przywara para seus seminários em 1929 (em Münster) e 1931 (em Bonn).[1]

Na frente política Przywara pregou contra os nazistas,[2] vendo o regime nazista como uma "distorção do império cristão do passado".[3] Por exemplo, em 1933, na véspera da apreensão do poder, ele argumentou em uma significativa conferência pública em Berlim que o cristianismo e o nazismo, com seus entendimentos concorrentes de "Reich", são finalmente incompatíveis.[4] Em 1934, no espírito da declaração de Barmen, ele publicou um artigo no qual ele repudiou a noção de "igreja popular" ou Volkskirche, escrevendo que os cristãos pertencem, em última instância, não a pessoas particulares, alemãs ou não, mas a Cristo.[5] E em 1935, durante uma palestra pública em Munique, ele foi interrompido, zombado e forçado pela Juventude Hitlerista por desafiar sua compreensão do "heroísmo".[6]

Referências

  1. ↑ John Betz, "Translator's Introduction," in Erich Przywara, Analogia Entis: Metaphysics: Original Structure and Universal Rhythm, Eerdmans, Grand Rapids, 2014, p. 23
  2. ↑ Robert Krieg, Catholic Theologians in Nazi Germany, p. 94
  3. ↑ Thomas O’Meara, Erich Przywara, p. 8
  4. ↑ Ver “Reich und Kreuz. Das Streitgespräch Friedrich Hielscher – Günther Dehn – P. Przywara, S.J.” Germania, Nr. 13, January, 1933
  5. ↑ Ver "Nation, Staat, und Kirche," Stimmen der Zeit 125 (1934): 377; Analogia Entis, "Introduction," p. 25
  6. ↑ ver Johann Neuhäusle, Kreuz und Hakenkreuz. Der Kampf des Nationalsozialismus gegen die Katholische Kirche und der kirchliche Widerstand, vol. 2, 2nd ed. München: Katholische Kirche Bayerns, 1946, 180

Maiores obras selecionadas[editar | editar código-fonte]

  • Eucharistie und Arbeit (1917)
  • Einführung in Newmans Wesen und Werk (1922)
  • Religionsbegründung. Max Scheler—J.H. Newman (1923)
  • Gottgeheimnis der Welt (1923)
  • Gott (1926)
  • Religionsphilosophie katholischer Theologie (1926; translated into English as Polarity, 1935)
  • Ringen der Gegenwart, 2 vols. (1929)
  • Analogia entis: Metaphysik (1932)
  • Augustinus. Die Gestalt als Gefüge (1934)
  • Deus semper maior. Theologie der Exerzitien, 3 vols. (1938)
  • Crucis mysterium. Das christliche Heute (1939)
  • Humanitas. Der Mensch gestern und morgen (1952)
  • Christentum gemäß Johannes (1954)
  • In und Gegen. Stellungnahmen zur Zeit (1955)
  • Alter und Neuer Bund. Theologie der Stunde (1956)
  • Logos, Abendland, Reich, Commercium (1964)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Hans Urs von Balthasar, “Analogie und Dialektik. Zur Klärung der Prinzipienlehre Karl Barths.” In Divus Thomas 22 (1944), 171-216.
  • Hans Urs von Balthasar, “Analogie und Natur. Zur Klärung der theologischen Prinzipienlehre Karl Barths.” In Divus Thomas 23 (1945), 3-56.
  • Hans Urs von Balthasar, “Die Metaphysik Erich Przywaras.” In Schweizerische Rundschau 33 (1933/34), 489-499.
  • Hans Urs von Balthasar, “Erich Przywara.” In Erich Przywara. Sein Schrifttum 1912-1962, ed. Leo Zimny. Einsiedeln: Johannes Verlag, 1963, 5-18.
  • Siegfried Behn, ed, Der beständige Aufbruch. Festschrift für Erich Przywara. Nürnberg: Glock und Lutz, 1959.
  • John Betz, "Translator's Introduction," in Erich Przywara, Analogia Entis: Metaphysics: Original Structure and Universal Rhythm, Eerdmans, Grand Rapids, 2014, pp. 1–116.
  • Julio César Terán Dutari, Christentum und Metaphysik: Das Verhaltnis beider nach der Analogielehre Erich Przywaras (1889–1972) (Munich: Berchmanskolleg Verlag, 1973).
  • Julio César Terán Dutari, "Erich Przywaras Deutung des religionphilosophischen Anliegens Newmans," Newman Studien VII (Nurnberg: Glock und Lutz, 1952).
  • Eva-Maria Faber., “Deus semper maior. Erich Przywaras Theologie der Exerzitien.” In Geist und Leben 66 (1993), 208-227.
  • Eva-Maria Faber, Kirche zwischen Identität und Differenz. Die ekklesiologischen Entwürfe von Romano Guardini und Erich Przywara." Würzburg: Echter, 1993.
  • Eva-Maria Faber, "Künder der lebendigen Nähe des unbegreiflichen Gottes. Hans Urs von Balthasar und sein ‘Mentor’ Erich Przywara.” In Die Kunst Gottes verstehen. Hans Urs von Balthasars theologische Provokationen. Freiburg: Herder, 2005, 384-409.
  • Eva-Maria Faber, “Skandal und Torheit. Die katholische Kreuzestheologie Erich Przywaras.” In Geist und Leben 69 (1996), 338-353.
  • Bernhard Gertz, Glaubenswelt als Analogie. Die theologische Analogielehre Erich Przywaras und ihr Ort in der Auseinandersetzung um die analogia fidei. Düsseldorf: Patmos, 1969.
  • Bernhard Gertz, “Kreuz-Struktur: Zur theologischen Methode Erich Przywaras.” In Theologie und Philosophie 45 (1970), 555-561.
  • Eberhard Mechels, Analogie bei Erich Przywara und Karl Barth. Das Verhältnis von Offenbarungstheologie und Metaphysik. Neukirchen-Vluyn: Neukirchener Verlag, 1974.
  • Erich Naab, Zur Begründung der analogia entis bei Erich Przywara. Eine Eröterung. Regensburg: Pustet, 1987.
  • Stephen Nieborak, “Homo analogia.” Zur philosophisch-theologischen Bedeutung der “analogia entis” im Rahmen der existentiellen Frage bei Erich Przywara S. J. (1889-1972). Frankfurt: Peter Lang, 1994.
  • Kenneth Oakes, "The Cross and the analogia entis in Erich Przywara," in Thomas Joseph White (ed)., The Analogy of Being: Wisdom of God or Invention of the Antichrist?, (Grand Rapids: Eerdmans, 2011), pp. 147–71.
  • Kenneth Oakes, "Three Themes in Przywara's Early Theology", The Thomist 74:2 (2010), pp. 283–310.
  • Thomas F. O’Meara,O.P. "Paul Tillich and Erich Przywara at Davos," in Gregorianum 87 (2006), pp. 227–238.
  • Thomas F., O'Meara, O.P. Erich Przywara, S.J. His Theology and His World. Notre Dame, IN: University of Notre Dame Press, 2002.
  • Paul Silas Peterson, "Erich Przywara on Sieg-Katholizismus, bolshevism, the Jews, Volk, Reich and the analogia entis in the 1920s and 1930s," in Journal for the History of Modern Theology 19 (2012), pp. 104–140.
  • Aaron Pidel, "Erich Przywara and 'Catholic Fascism': A Reply to Paul Paul Silas Peterson. Journal for the History of Modern Theology 23 (2016): 27-55.
  • Rahner, Karl, Gnade als Freiheit. Freiburg: Herder, 1968, 266-273.
  • Thomas Schumacher, “In-Über”: Analogie als Grundbestimmung von Theologie, im Ausgang von Erich Przywara. München: Inst. z.F.d. Glaubenslehre, 1993.
  • Karl Gerhard Steck, “Über das ekklesiologische Gespräch zwischen Karl Barth und Erich Przywara 1927/29.” In Antwort. Karl Barth zum 70. Geburtstag. Zurich: Evangelischer Verlag, 1956, 249-265.
  • Gustav Wilhelmy, “Vita Erich Przywara.” In Erich Przywara 1889-1869. Eine Festgabe, ed. Wilhelmy. Düsseldorf: Patmos, 1969.
  • Friedrich Wulf, “Christliches Denken. Eine Einführung in das theologisch-religiöse Werk von Erich Przywara SJ (1889-1972).” In Gottes Nähe. Religiöse Erfahrung in Mystik und Offenbarung. Festschrift für Josef Sudbrack SJ zum 65. Geburtstag. Würzburg: Echter, 1990, 353-366.
  • Martha Zechmeister, Gottes-Nacht. Erich Przywaras Weg negativer Theologie. Münster: LIT, 1997.
  • James V. Zeitz, Spirituality and Analogia Entis According to Erich Pryzwara, S.J.: Metaphysics and Religious Experience, the Ignatian Exercises, the Balance in Rhythm in 'Similarity' and 'Greater Dissimilarity' According to Lateran IV (Washington D. C.: The University Press of America, 1982).
  • Leo Zimny, Erich Przywara. Sein Schrifttum (1912-1962). Einsiedeln: Johannes Verlag, 1963
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