Equante – Wikipédia, a enciclopédia livre

Os elementos básicos da astronomia ptolemaica, mostrando um planeta em um epiciclo com um deferente e um ponto equante.

Equante (ou punctum aequans) é um conceito matemático desenvolvido por Cláudio Ptolemeu no século II para descrever o movimento observado de corpos celestes.

O ponto equante, indicado no diagrama pelo grande • , está localizado para que esteja diretamente oposto à Terra a partir do centro do deferente, indicado pelo 'x'. Um planeta ou o centro de um epiciclo (um círculo menor carregando o planeta) foi concebido para se mover com uma velocidade uniforme com respeito ao equante. Em outras palavras, para um observador hipotético situado no ponto equante, o centro do epiciclo pareceria se mover a uma velocidade regular. Entretanto, o centro/planeta do epiciclo não se moverá uniformemente em seu deferente. O ângulo α entre o eixo sobre o qual o equante e a Terra se situam é uma função do tempo t:

onde Ω é a velocidade angular constante vista do equante que está situado a uma distância E quando o raio do deferente é R.[1]

Este conceito resolveu o problema de relatar o movimento anômalo dos planetas mas era considerado por alguns como comprometedor dos objetivos dos astrônomos antigos, especialmente o movimento circular uniforme. Críticos notórios do equante incluíam o astrônomo persa Naceradim de Tus, que desenvolveu o par-Tusi como uma explicação alternativa,[carece de fontes?] e Nicolau Copérnico. A aversão à equante foi uma importante motivação para Copérnico para construir seu sistema heliocêntrico.[2][3]

Referências

  1. Excêntricos, deferentes, epiciclos e equantes (Páginas de matemática)
  2. Kuhn, Thomas (1957). The Copernican Revolution. [S.l.]: Harvard University Press. pp. 70–71. ISBN 0-674-17103-9 
  3. Koestler A. (1959), The Sleepwalkers, Harmondsworth: Penguin Books, p. 322; ver também p. 206 e referências nisto. [1]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]