Enterocolite necrotizante – Wikipédia, a enciclopédia livre

Necrotizing enterocolitis
Enterocolite necrotizante
Especialidade pediatria, gastrenterologia, neonatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 P77
CID-9 777.5
DiseasesDB 31774
MedlinePlus 001148
eMedicine ped/2981 radio/469
MeSH D020345
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Enterocolite necrosante é uma inflamação intestinal em que porções do intestino sofrem necrose (morte das células) e geralmente ocorre em recém-nascidos prematuros (90% dos casos).

Causas[editar | editar código-fonte]

A enterocolite necrosante é multifatorial e as conjunções de fatores exatos que as causam ainda estão sendo estudados. Não existe nenhuma conclusão ainda sobre isso. A doença está ligada a imaturidade da camada que reveste o intestino do bebê. Suspeita-se que seja causado por problemas de irrigação sanguínea intestinal causados por um inadequado crescimento intrauterino causada por falta de muco protetor facilitando a colonização por bactérias patogênicas como Escherichia coli, Klebsiella, Salmonella, Staphylococcus epidermidis. Predisposição genética pode estar envolvida, mas ainda não existe conclusão sobre isso. Geralmente atinge íleo ou cólon ascendente.[1]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Os sintomas podem surgir de forma lenta ou repentinamente, poucos dias após o nascimento, e podem incluir[2]:

  • Inchaço abdominal
  • Sangue nas fezes
  • Diarreia
  • Dificuldade em alimentar
  • Fadiga
  • Temperatura corporal instável
  • Vômitos

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

Atinge cerca de 1 em cada 1000 nascidos vivos, sendo uma das causas mais comuns de internação neonatal. É a segunda causa mais comum de mortalidade em recém-nascidos prematuros. A taxa de mortalidade varia entre 18% e 45%, relacionado diretamente com o grau de prematuridade e com a gravidade da infecção.[3]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

O tratamento para um bebê que pode incluir[2][1]:

A alimentação oral só é retomada cerca de duas semanas após o tratamento.

Prevenção[editar | editar código-fonte]

Alimentar com muito leite materno assim que possível é a medida preventiva mais eficiente, reduzindo em quase 70% os riscos de enterocolite necrosante. [4] Outras medidas incluem suplementação de Imunoglobulina A, com arginina, corticosteroides, antibióticos ou probióticos.[5]

Para aumentar os esforços relativos a prevenção, o primeiro Dia Internacional de Conscientização da Enterocolite Necrosante foi realizado em 17 de maio de 2018 (a exatos 6 meses do Dia Mundial da Prematuridade). [6] O dia no Brasil foi marcado com a divulgaçao de um video da apresentadora Isabella Fiorentino, madrinha da causa, falando sobre a doença. No exterior, foi duvulgado um video da jornalista britanica Julie_MacDonald_(journalist) alertando sobre a enterocolite necrosante.

Referências

  1. a b http://www.patient.co.uk/doctor/Necrotising-Enterocolitis-(NEC).htm
  2. a b http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001148.htm
  3. Nelson Diniz de Oliveira e Milton Harumi Miyosh. Avanços em enterocolite necrosante. Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº1(Supl), 2005. http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n1s1/v81n1s1a03.pdf
  4. Morgan JA, Young L, McGuire W; Pathogenesis and prevention of necrotizing enterocolitis. Curr Opin Infect Dis. 2011 Jun;24(3):183-9.
  5. Frost BL, Caplan MS; Probiotics and prevention of neonatal necrotizing enterocolitis. Curr Opin Pediatr. 2011 Apr;23(2):151-5.
  6. http://pequenosgrandesguerreiros.org/enterocolite-necrosante/17-de-maio-enterocolite-necrosante/