Ellen Johnson Sirleaf – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ellen Johnson-Sirleaf
Ellen Johnson Sirleaf
Ellen Johnson-Sirleaf
24ª Presidente da Libéria
Período 17 de janeiro de 2006 a 22 de janeiro de 2018
Vice-presidente Joseph Boakai
Antecessor(a) Charles Gyude Bryant
Sucessor(a) George Weah
Ministra das Finanças da Libéria
Período 1979 - 12 de abril de 1980
Presidente William Tolbert
Antecessor(a) James Phillips
Sucessor(a) Perry Zulu
Dados pessoais
Nome completo Ellen Eugenia Johnson
Nascimento 29 de outubro de 1938 (85 anos)
Monróvia, Libéria
Alma mater Madison Business College

Universidade do Colorado em Boulder (BA)
Universidade Harvard (MPA)

Prêmio(s) Nobel da Paz (2011)
Primeiro-cavalheiro James Sirleaf
Partido Partido da Ação da Libéria (en) (1985 – 1996)

Partido da Unidade (en)
(1997 – 2018)
Independente (2018 – presente)

Profissão Economista
Assinatura Assinatura de Ellen Johnson Sirleaf

Ellen Johnson-Sirleaf (Monróvia, 29 de outubro de 1938) é uma política liberiana, foi presidente da Libéria de 2006 até 2018. Foi a vencedora das eleições presidenciais de 8 de novembro de 2005, em que derrotou o ex-futebolista George Weah. Foi reeleita em 2011 para um novo mandato, tendo recebido o Prêmio Nobel da paz de 2011, juntamente com a compatriota Leymah Gbowee e a iemenita Tawakel Karman.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Líder do Partido da Unidade (Unity Party), foi a primeira mulher eleita chefe de estado de um país africano (Carmen Pereira foi a primeira mulher a presidir um pais africano, com um mandato interino de presidente da Guiné-Bissau, de 14 a 16 de maio de 1984). Johnson-Sirleaf estudou na Universidade de Harvard, e participou pela primeira vez no governo liberiano durante o mandato do presidente William Tolbert, quando desempenhou o cargo de ministra das finanças (desde 1970). Em 1985, sendo candidata para ocupar um assento no Senado, criticou publicamente o regime militar, o que lhe valeu uma condenação de dez anos de prisão, embora fosse libertada pouco depois de ser presa. Depois da passagem pela cadeia, viveu no exílio até 1997, quando regressa à Libéria como economista do Banco Mundial e do Citibank em África.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Embora inicialmente Johnson-Sirleaf tenha apoiado a revolta de Charles Ghankay Taylor contra o general Samuel Doe, posteriormente passou à oposição e participou nas eleições liberianas de 1997, nas quais obteve apenas cerca de 10% dos votos enquanto Charles Ghankay Taylor teve cerca de 75% (suspeita-se de fraude nas eleições). Este acusou-a de traição ao país, e ela fez campanhas públicas solicitando a saída do poder de Taylor. Johnson-Sirleaf desempenhou um papel activo no governo de transição anterior às eleições presidenciais de 2005, assumindo a liderança do Partido da Unidade depois da saída de Taylor do país.

Na primeira volta das eleições, a sua candidatura foi a segunda mais votada com 175 520 votos, passando à segunda volta definitiva na qual enfrentou George Weah. Em 11 de Novembro de 2005, com um escrutínio de 97% dos votos, a Comissão Eleitoral Nacional da Libéria declarou Johnson-Sirleaf vencedora das eleições, resultado não aceite por Weah, que apresentou um recurso junto do Supremo Tribunal liberiano pedindo que se suspendesse o escrutínio por supostas irregularidades. Em 23 de Novembro esse pedido foi rejeitado e Johnson-Sirleaf reconfirmada como presidente. Foi uma das três mulheres galardoadas com o Prémio Nobel da Paz de 2011 graças ao seu trabalho como a Primeira Ministra da Libéria,[1] atraindo investidores para a renovação do seu país, já que é um país muito pobre, sem infraestruturas, esgotos, canalização, água potável, nada. Tenta implantar um regime de igualdade para mulheres e homens, garantindo direitos iguais para ambos os sexos. Na sua luta apela a todas as mulheres que são maltratadas para se imporem e às que têm lutado pela liberdade das mulheres que continuem, já que se todos fizerem um pouco para atingirem um mesmo objetivo será mais fácil e haverá maiores probabilidades de esse mesmo objetivo ser atingido.

Em março de 2012, Ellen foi entrevistada juntamente com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair pelo jornal britânico Guardian. Na ocasião ela defendeu as leis de seus país, a Libéria, que classificam como crime práticas homossexuais, sob o tipo penal da "sodomia voluntária". Na Libéria e em outros países africanos, as práticas homossexuais são consideradas publicamente como criminosas. Esses países, apesar da pressão exterior do governo dos Estados Unidos, têm resistido a mudar suas leis próprias, que refletem sua concepção sobre o mundo.[2][3]

Devido a denúncias de "violações do código interno da formação e atos prejudiciais para a reputação", o UP expulsou Ellen Johnson-Sirleaf da presidência do partido.[4]

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

É uma das 100 Mulheres da lista da BBC de 2017.[5]

Referências

  1. a b «Três mulheres dividem o Prêmio Nobel da Paz de 2011». G1.com. Consultado em 27 de abril de 2012 
  2. «Vencedora do Nobel defende lei que pune homossexuais na Libéria». O Globo. 19 de março de 2012. Consultado em 20 de março de 2012 
  3. «Presidente da Libéria e Nobel da Paz defende criminalização da homossexualidade». Público. 19 de março de 2012. Consultado em 20 de março de 2012 
  4. «Presidente da Libéria é expulsa do próprio partido». G1. 14 de janeiro de 2018. Consultado em 7 de julho de 2023 
  5. «#100Mulheres: BBC divulga lista anual das mulheres de destaque no mundo: quem são as 9 brasileiras na relação?». BBC News Brasil. Consultado em 17 de dezembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons
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Precedida por
Charles Gyude Bryant

24ª Presidente da Libéria

2006 — 2018
Sucedida por
George Weah
Precedida por
Liu Xiaobo

Nobel da Paz

2011
com Leymah Gbowee e Tawakel Karman
Sucedida por
União Europeia
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