Eleanor Rosch – Wikipédia, a enciclopédia livre

Eleanor Rosch
Eleanor Rosch
Nome completo Eleanor Rosch Heider[1]
Nascimento 1938 (86 anos)
Nova Iorque, Estados Unidos
Cônjuge Karl G. Heider
Alma mater Universidade Harvard
Ocupação Psicóloga

Eleanor Rosch (1938) é uma psicóloga estadunidense. Ela é professora de Psicologia na Universidade da Califórnia em Berkeley, especializada em psicologia cognitiva e conhecida principalmente por seu trabalho sobre categorização, em particular a teoria dos protótipos, que influenciou profundamente os estudos da cognição.[2]

Ao longo de seu trabalho, Rosch realizou uma extensa pesquisa com foco em uma variedade de tópicos, incluindo representação mental de conceitos. Seus interesses de pesquisa incluem cognição, conceitos, causalidade, pensamento, memória e psicologia transcultural, oriental e religiosa. Seu trabalho mais recente na psicologia da religião procurou mostrar as implicações do budismo e dos aspectos contemplativos das religiões ocidentais para a psicologia moderna.[3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Rosch nasceu em Nova Iorque, filha de um professor de inglês da Inglaterra e de uma mãe refugiada russa. Ela se graduou no Reed College, onde estudou a filosofia de Ludwig Wittgenstein.[4] Em seguida, atuou como assistente social em Portland por vários anos, retornando mais tarde à Universidade Harvard para estudar psicologia clínica no então Departamento de Relações Sociais.[5] Lá, apresentou uma tese de doutorado de mudança de paradigma sobre a formação de categorias, sob orientação de Roger Brown. Após um curto período no corpo docente da Universidade Brown e da Connecticut College, ingressou no Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia em Berkeley.[6][7]

A partir de experimentos de campo que Rosch realizou na década de 1970 com o povo danis da Papua-Nova Guiné, ela concluiu que, ao categorizar um objeto ou experiência cotidiana, as pessoas confiam menos em definições abstratas de categorias do que em uma comparação de determinado objeto ou experiência com o que consideram ser o objeto ou experiência que melhor representa uma categoria/protótipo.[1]

Embora os danis não tenham palavras para todas as cores como no inglês (sua língua continha apenas dois termos de cores dividindo-as na categoria 'claro/brilhante' ou na categoria 'escuro/frio'), Rosch mostrou que eles ainda podiam categorizar objetos por cores para as quais não haviam palavras. Ela argumentou que os objetos básicos têm uma importância psicológica que transcende as diferenças culturais e molda como esses objetos são representados mentalmente. Concluiu que pessoas em diferentes culturas tendem a categorizar objetos usando protótipos, embora os protótipos de categorias particulares possam variar.[8]

Publicações[editar | editar código-fonte]

Livros
  • 1978 (com Lloyd, B., eds). Cognition and Categorization. Hillsdale NJ: Lawrence Erlbaum Associates.[8]
  • 1991 (com Francisco Varela e Evan F. Thompson). The Embodied Mind. MIT Press.
Capítulos de livros
  • 1973, "On the Internal Structure of Perceptual and Semantic Categories." In T. Moore (ed.), Cognitive Development and the Acquisition of Language, New York: Academic Press, 1973.
  • 1974, Linguistic relativity. In: E. Silverstein (ed.) Human Communication: Theoretical Perspectives, Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.
  • 1977, "Human Categorization" in Warren, Neil, ed., Advances in Cross-Cultural Psychology 1: 1-72. Academic Press.
  • 1983, "Prototype classification and logical classification: The two systems" in Scholnick, E., New Trends in Cognitive Representation: Challenges to Piaget's Theory. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates: 73-86
Artigos

Referências

  1. a b "Natural Categories", Cognitive Psychology, Vol. 4, No. 3, (May 1973), p. 328.
  2. Eleanor Rosch, MIT Press website
  3. Rosch, Eleanor (Setembro de 1975). «Cognitive representations of Semantic Categories». Journal of Experimental Psychology: General. 104 (3): 192–233. doi:10.1037/0096-3445.104.3.192 
  4. «Dialog on Leadership: Professor Eleanor Rosch Interview». www.iwp.jku.at. Consultado em 13 de novembro de 2018 
  5. Levitin, Daniel (2006). This Is Your Brain on Music: The Science of a Human Obsession. New York: Dutton. p. 141. ISBN 9780525949695. Consultado em 13 de agosto de 2015 
  6. Heider, Eleanor Rosch (Outubro de 1971). «Information Processing and the Modification of an 'Impulsive Conceptual Tempo'». Child Development. 42 (4): 1276–81. JSTOR 1127811. PMID 5157116. doi:10.2307/1127811 
  7. Heider, Eleanor Rosch; Olivier, Donald C. (Abril de 1972). «The structure of the color space in naming and memory for two languages». Cognitive Psychology. 3 (2): 337–354. doi:10.1016/0010-0285(72)90011-4 
  8. a b Rosch, Eleanor (1978). Cognition and Categorization. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum. pp. 1–25 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]