Edelmiro Julián Farrell – Wikipédia, a enciclopédia livre

Edelmiro Julián Farrell
Edelmiro Julián Farrell
Edelmiro Julián Farrell
25° Presidente da Argentina
Período 25 de fevereiro de 1944
a 4 de junho de 1946
Vice-presidente Juan Domingo Perón
Juan Pistarini [nota 1]
Antecessor(a) Pedro Pablo Ramírez
Sucessor(a) Juan Domingo Perón
19.º Vice-presidente da Argentina
Período 15 de outubro de 1943
a 25 de fevereiro de 1944
Presidente Pedro Pablo Ramírez
Antecessor(a) Sabá H. Sueyro
Sucessor(a) Juan Domingo Perón
Ministro da Guerra da Argentina
Período 7 de julho de 1943
a 24 de fevereiro de 1944
Presidente Pedro Pablo Ramírez
Antecessor(a) Pedro Pablo Ramírez
Sucessor(a) Juan Domingo Perón
Dados pessoais
Nome completo Edelmiro Julián Farrell Plaul[1]
Nascimento 12 de agosto de 1887
Avellaneda, Província de Buenos Aires, Argentina
Morte 31 de outubro de 1980 (93 anos)
Buenos Aires, Argentina
Nacionalidade Argentino
Primeira-dama Conrada Victoria Torni Carpani[1]
Profissão Militar

Edelmiro Julián Farrell (Avellaneda, 12 de agosto de 1887Buenos Aires, 31 de outubro de 1980),[1] militar, foi presidente de facto da Argentina entre 25 de fevereiro de 1944 e 4 de junho de 1946.[2]

Enfraquecimento político[editar | editar código-fonte]

No início de seu mandato Juan Domingo Perón é nomeado seu Ministro da Guerra e em 7 de junho de 1944, é nomeado vice-presidente, acumulando ambas as funções. Farrell mantém a participação dos nacionalistas no governo, gerando oposição dos partidos tradicionais, jornais, universidades e da comunidade empresarial. Pressionado pelos Estados Unidos, declara guerra à Alemanha e ao Japão em fevereiro de 1945.

Seu governo fica enfraquecido e Farrell é pressionado a convocar novas eleições. O vice-presidente Perón fica em evidência e estabelece diálogo com várias forças políticas, sociais e econômicas, citando em seus discursos uma maior justiça social e um militarismo menos moralista. Cria a Justiça do Trabalho, unificando o sistema de pensões e estabelecendo bônus para os trabalhadores.[2]

Início do "Peronismo"[editar | editar código-fonte]

Em meados de 1945, os acontecimentos políticos são precipitados. É nomeado um novo embaixador dos Estados Unidos, Spruille Braden, que fortalece a opinião liberal no país. No entanto, setores do Exército contrários às ideias liberais de Perón, o obrigam a renunciar em 9 de outubro de 1945, assumindo a vice-presidência Juan Pistarini. Perón é detido e levado para a Ilha Martín García, onde fica até 17 de outubro. Nesse período acontece na Argentina uma das maiores manifestações na história na Praça de Maio, quando milhares de trabalhadores mobilizam-se para exigir a liberdade de Perón. Este evento ficaria conhecido como o "Dia da Lealdade", dando origem ao peronismo.[3] Os eventos culminam com a saída de Perón do Hospital Militar para a Casa Rosada onde, a partir de seus balcões, dirige-se à multidão que clamou por sua libertação.

Nas eleições de 24 de fevereiro de 1946, Peron e seu vice Juan Hortensio Quijano vencem com ampla vantagem os candidatos da União Democrática formados por radicais, socialistas, democratas, conservadores e comunistas. Farrell deixou a presidência oficialmente em 4 de junho de 1946, quando Perón assumiu o cargo.[2]

Referências

  1. a b c «Edelmiro Julián Farrell Plaul» (em espanhol). Genealogía Familiar. Consultado em 17 de agosto de 2015 
  2. a b c «Galeria de presidentes» (em espanhol). Presidencia de la Nación Argentina. Consultado em 4 de abril de 2015 
  3. «Dia da Lealdade, na Argentina» (em espanhol). Voces del Sur. Consultado em 17 de agosto de 2015 

Notas

  1. Assumiu a vice-presidência depois da renúncia e prisão de Perón em 9 de outubro de 1945

Precedido por
Pedro Pablo Ramírez
Presidente da Argentina
1944 - 1946
Sucedido por
Juan Domingo Perón
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