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Éber
עֵבֶר‎
Éber
Eber no "Promptuarii Iconum Insigniorum"
Pai dos Hebreus
Progenitores Pai: Selá
Filho(s) Pelegue
Joctã
Anos de vida 464

Éber ou Héber (2281 - 1817 a.C.)[1] (em hebraico: עֵבֶר‎, romaniz.: ʿĒḇer; em grego: Ἔβερ, romanizado: Éber; em árabe: عٰابِر; romaniz.:ʿĀbir; em latim: Heber), é um ancestral dos ismaelitas e dos israelitas de acordo com a "Tabela das Nações" no Livro de Gênesis[2] e no Livros das Crônicas.[3]

Segundo a Bíblia, Éber foi o pai de Pelegue e de Joctã.

Supõe-se que na época do nascimento de Pelegue, os povos tenham se dividido em razão do episódio da Torre de Babel, conforme o relato do Gênesis 10:25 que assim diz:

E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã.

Diz a que Bíblia que Éber teria vivido 464 anos (Gênesis 11:16-17), sendo o patriarca nascido após o Dilúvio que mais tempo viveu, tendo, provavelmente, alcançado até a oitava geração de sua descendência. E, embora Sem tenha vivido 502 anos após o dilúvio, tanto ele como o seu pai Noé teriam nascido antes da grande inundação.

Na tradição islâmica[editar | editar código-fonte]

De acordo com a tradição islâmica, Ábir (Éber) nasceu cinco gerações após Nuh (Noé). Naquela época, as pessoas já haviam esquecido sobre o dilúvio que tinha destruído a terra nas gerações passadas e começaram a produzir estátuas que idolatravam. Apesar de Éber ter advertido e repreendido, as pessoas persistiram em sua idolatria. Para puni-los, Deus mandou uma estiagem. Depois dessa estiagem, as pessoas não se arrependeram, pelo que Deus mandou uma grande tempestade, da qual só Éber e poucos outros sobreviveram.

Idade dos patriarcas[editar | editar código-fonte]

Interação entre a descendência de Noé
Idades dos patriarcas
nome idade ao ser pai idade ao morrer
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Naor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180

Árvore genealógica baseada em Gênesis[editar | editar código-fonte]

Sem
Arpachade
Elão
Assur
Lud
Arã
Selá
Cainan
Uz
Hul
Geter
Más
Éber
Pelegue
Joctã
Reú
Almodá
Selefe
Hazarmavé
Jerá
Hadorão
Uzal
Dicla
Obal
Abimael
Sebá
Ofir
Havilá
Jobabe
Serugue
Naor
Terá

Visão muçulmana[editar | editar código-fonte]

Conhecido no Islã como Hude (árabe:هود) é um profeta relatado no Alcorão, na décima primeira sura (capítulo).

De acordo com a tradição islâmica, Hude nasceu cinco gerações após Nuh (Noé). Naquela época as pessoas já haviam esquecido sobre o dilúvio que tinha destruído a terra nas gerações passadas e começaram a produzir estátuas que idolatravam. Apesar de Hude ter advertido e repreendido, as pessoas persistiram em sua idolatria. Para puni-los Deus mandou uma estiagem. Depois dessa estiagem as pessoas não se arrependeram, pelo que Deus mandou uma grande tempestade da qual só Hude e poucos outros sobreviveram.

O Alcorão afirma que Hude foi enviado como um mensageiro para alertar o povo de 'Ad (antiga nação árabe de uma tribo do Omã, a que Deus destruiu com a tempestade). Acredita-se que a recente descoberta cidade de Ubar, mencionada no Alcorão como Iram, tenha sido a capital de 'Ad.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. James Ussher, The Annals of the World [em linha]
  2. Gênesis 10–11
  3. Crônicas 1—1