Dona Beija – Wikipédia, a enciclopédia livre

Dona Beija
Dona Beija
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero
Duração 60 minutos
Criador(es) Wilson Aguiar Filho
Baseado em Dona Beija, de Thomas Othon Leonardos
A Vida em Flor de Dona Beija, de Agripa Vasconcelos
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 89
Produção
Diretor(es) Herval Rossano
Produtor(es) Bloch Som e Imagem
Roteirista(s) Carlos Heitor Cony
Tema de abertura "Tema de Dona Beija", Wagner Tiso e Viva Voz
Exibição
Emissora original Rede Manchete
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 31 de março – 11 de julho de 1986
Cronologia
Programas relacionados Dona Beja

Dona Beija é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Manchete entre 31 de março e 11 de julho de 1986, em 89 capítulos, sendo substituída por Novo Amor. Baseada nos romances Dona Beija de Thomas Othon Leonardos e A Vida em Flor de Dona Beija de Agripa Vasconcelos, foi escrita por Wilson Aguiar Filho, com colaboração de Carlos Heitor Cony, sob direção de David Grimberg e direção geral de Herval Rossano.

Conta com Maitê Proença, Gracindo Júnior, Marcelo Picchi, Bia Seidl, Maria Fernanda, Maria Isabel de Lizandra, Jonas Mello e Arlete Salles nos papéis principais.

Produção[editar | editar código-fonte]

Logotipo de Dona Beija em sua reapresentação pelo SBT

A novela foi baseada nas obras de Dona Beija, a feiticeira do Araxá[1], de Thomas Othon Leonardos e A vida em flor de Dona Bêja, de Agripa Vasconcelos. Bruna Lombardi chegou a ser cogitada para o papel principal, que acabou com Maitê Proença, se transformando num dos maiores sucessos da carreira da atriz.

O presidente da empresa, Adolpho Bloch, resolveu investir pesado no ramo telenovela, investindo US$ 2 milhões na produção. Dona Beija era apenas a segunda novela produzida pela Manchete, sendo que a primeira foi o remake de Antônio Maria, em 1985, mas conseguiu estabelecer o primeiro sucesso da emissora no gênero. As cenas de estúdio foram gravadas no complexo de Água Grande, em Vista Alegre, no Rio de Janeiro.

O sucesso de Dona Beija colocou a Rede Manchete, então com três anos de existência, em destaque no cenário televisivo internacional.[carece de fontes?]

Maitê Proença, que interpretou a personagem principal, estampou a capa da revista masculina Playboy de fevereiro de 1987.

Em 2012, o portal Terra (edição peruana) considerou Dona Beija uma das cinquenta melhores novelas de todos os tempos.[2]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Em 1815 em Araxá, Beija (Maitê Proença) é uma moça de beleza estonteante que é raptada por Mota (Carlos Alberto), ouvidor do imperador, para tê-la como amante, deixando para trás seu grande amor, Antônio (Gracindo Júnior), que, ao voltar ao Brasil, acredita ter sido abandonado e se casa com Aninha (Bia Seidl) por pressão de sua diabólica mãe, Ceci (Maria Fernanda), que sempre o envenenou contra a sequestrada. Após alguns anos, Mota é promovido à Corte e liberta Beija, que nesta altura já está milionária devido aos amantes que teve em troca de jóias e terras. Ela então retorna para Araxá e, desiludida com Antônio estar casado, funda um refinado bordel, onde se torna uma influente cortesã, escandalizando as mulheres e tendo o apresso dos poderosos. Ao mesmo tempo que despreza Beija, Antônio também se torna obcecado em ter ela de volta, especialmente quando ela se envolve com João (Marcelo Picchi), até então prometido para sua irmã Maria (Mayara Magri).

O maior obstáculo de Beija é Ceci, que quer a cortesã longe de seu filho e se une com outras mulheres para prejudica-la, dentre elas Idalina (Monah Delacy), Genoveva (Arlete Salles), mãe de Aninha, e Augusta (Marilu Bueno), esposa do juiz Costa Pinto (Lafayette Galvão), cuja filha Carminha (Virgínia Campos) volta grávida da Corte e é obrigada a se casar com o professor Gaudêncio (Fernando Eiras) sem que ele saiba o segredo. Já Josefa (Maria Isabel de Lizandra), mãe de João, vive um casamento infeliz com José Carneiro (Jonas Mello) e nunca esqueceu seu amor de juventude, Avelino (Jayme Periard), que está de volta à cidade. No fim, tomado pela rejeição, Antônio manda chicotear Beija quase até a morte e, para se vingar, ela manda mata-lo. Após ser absolvida devido sua influência, Beija deixa Araxá para recomeçar uma nova vida.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Ator Personagem
Maitê Proença Ana Jacinta de São José (Dona Beija)
Gracindo Júnior Antônio Sampaio
Bia Seidl Ana Felizardo Sampaio (Aninha)
Maria Fernanda Cecília Sampaio (Ceci)
Sérgio Britto Padre Aranha
Maria Isabel de Lizandra Josefa Carneiro de Mendonça
Jonas Mello José Carneiro de Mendonça
Marcelo Picchi João Carneiro de Mendonça
Renato Borghi Dr. Fortunato
Mayara Magri Maria Sampaio
Jayme Periard Avelino Alencar
Marilu Bueno Augusta Costa Pinto
Lafayette Galvão Juiz Alfredo Costa Pinto
Julciléa Telles Severina
Abrahão Farc Coronel Paulo Sampaio
Arlete Salles Genoveva Felizardo
Sérgio Mamberti Coronel Elias Felizardo
Nina de Pádua Cândida (Candinha da Serra)
Mário Cardoso Clariovaldo (Vado)
Isaac Bardavid Delegado Belegard Nunes
Virgínia Campos Carmem Costa Pinto (Carminha)
Fernando Eiras Professor Gaudêncio
Léa Garcia Flaviana
Antônio Pitanga Moisés
Castro Gonzaga Coronel Francisco Botelho
Monah Delacy Idalina Botelho
Breno Bonin Joaquim Botelho
Ivan de Almeida Sebastião (Tião)
Sandra Simon Olívia
Renato Neves Vespasiano
João Signorelli Brigada
Edson Silva Honorato
Elisa Fernandes Liliane Carneiro de Assunção (Lili)
Roberto Orozco Afonso de Assunção
Shulamith Yaari Dorotéia
Cláudia Freire Rosely
Ana Ramalho Lúcia
Josias Amon Josué

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Ator Personagem
Carlos Alberto Joaquim Inácio Silveira da Mota (Mota)
Edwin Luisi Padre Melo Franco
Aldo César João Alves
Miriam Pires Sinhá Ana Alves
Ângela Rebello Maria Bernarda Alves
Sílvia Buarque Tereza de São José
Kiki Lavigne Joana de São José
Tarcísio Filho D. Pedro I
Xuxa Lopes D. Carlota Joaquina
Jorge Cherques D. João VI
Jacqueline Laurence Madame Constance
Guilherme Karan Hans Fücker
Patrícia Bueno Siá Boa
Haroldo de Oliveira Ramos
Sérgio Maciel Pedro Paulo Felizardo Sampaio
Guilherme Corrêa governador-geral de Goiás
Ângela Leal Madre Superiora
Arnaldo Weiss Coronel Lourenço
Felipe Wagner Martim Ferreira
Edson Guimarães Deputado Manoel Remanso
Camilo Bevilacqua Clementino Borges
Gisele Fróes Dolores
Haroldo Botta Quarentinha
Ary Coslov Juca
Bia Sion Emerenciana
Angelito Mello Matias
Hélio Ribeiro Heleno da Fonseca
Miguel Rosemberg Inquiridor Real
Mário Gusmão Dirceu
Jofre Soares Profeta
Zeni Pereira Totia
Jorge Coutinho Jorge
Mariah da Penha Aparecida
Alexandre Zacchia Feitor
Júlio Levy Traficante de escravos
Odete Barros Michela
Ademilton José Padre Maurício
Cleonir dos Santos Isidoro
Leonardo José Procurador Real
Dill Costa Misericórdia
Kadu Carneiro Felício
Sidney Marques Diógenes
Marcus Vinícius Odé
Juliana Prado Luzia
Ileana Saska Emília
Guilherme Martins Frequentadores da
Chácara do Jatobá
Henrique Pires
Moacyr Pinna
Marcelo Vecchio
Jair Delamare
Orion Ximenes

Exibição[editar | editar código-fonte]

Reprises[editar | editar código-fonte]

Foi exibida de 31 de março a 11 de julho de 1986, e reprisada em duas oportunidades: a primeira de 9 de maio a 20 de agosto de 1988, em 89 capítulos, e a segunda de 5 de outubro de 1992 a 11 de março de 1993, com 102 capítulos.[3]

Foi reexibida na íntegra pelo SBT de 6 de abril a 4 de julho de 2009 em 79 capítulos. Era exibida de segunda a sábado às 22h20min. Em sua reexibição eram apresentados dois capítulos por dia.[4][5]

Exibição internacional[editar | editar código-fonte]

A telenovela foi vendida para alguns países, como França e Espanha em 1988 nos canais (TF-1) e (TVE), respectivamente, e sendo particularmente popular em Cuba, onde fez muito sucesso no canal 6, tornando Maitê Proença uma estrela por lá na época de sua exibição, em 1989. No Uruguai, Maitê Proença foi recebida com filas de fãs a esperando no aeroporto. Em Portugal, em 1990, quando foi exibida, pela RTP foi líder de audiência. Em 1991, foi vendida para a Univisión, maior rede de televisão latina dos Estados Unidos, estreando em 9 de julho daquele mesmo ano, tornando - se assim, a primeira telenovela brasileira a ser exibida em horário nobre nos Estados Unidos. Além disso, foi vendida para toda a América Latina a partir de 1988, obtendo grande êxito e fazendo a Rede Manchete exportar telenovelas, algo que somente a Rede Globo fazia até então.[6][6][6]

Em 2024, a emissora venezuelana Televen passou a reprisar a telenovela nas madrugadas de sábado e domingo.

Trilha sonora[editar | editar código-fonte]

  1. Tema De Dona Beija - Wagner Tiso e Viva Voz ['Tema de Abertura']
  2. Poente II - João de Aquino e Maurício Carrilho
  3. Luz e Sombra - Ivor Lancellotti
  4. Viola e Mel - 14 Bis
  5. A Promessa - Marisa Gata Mansa
  6. Facho de Luz - João de Aquino e Maurício Carrilho

Audiência[editar | editar código-fonte]

No Rio de Janeiro, principal praça da Manchete, Dona Beija estreou com 24 pontos e encerrou com 27, tendo 24 pontos de média geral, considerada um sucesso muito acima do esperado.[7] Já em São Paulo, onde a emissora não tinha muita força ou concentrava muitos esforços, a novela estreou com 9 pontos e ficou entre 4 e 10 pontos durante os capítulos, tendo uma média geral de 6 pontos.[7]

Referências

  1. «Araxá abriga história de Dona Beija - Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico | Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico». www.defender.org.br. Consultado em 20 de abril de 2012 
  2. «Las 50 mejores telenovelas de todos los tiempos» (em espanhol). Portal Terra. Consultado em 13 de março de 2012. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2017 
  3. Nilson Xavier. «Teledramaturgia - Dona Beija». Teledramaturgia. Consultado em 3 de julho de 2015 
  4. Aline Dauroiz; Keila Jimenez (7 de abril de 2009). «Surpresa de Silvio Santos: 'Dona Beija' vai ao ar e dobra ibope». Estadão. Consultado em 3 de julho de 2015 
  5. «Capítulo final de reprise de Dona Beija movimenta Araxá (MG)». Correio Braziliense. 4 de julho de 2009. Consultado em 3 de julho de 2015 
  6. a b c http://www.tv-pesquisa.com.puc-rio.br/. Consultado em 15 outubro de 2018  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. a b Correio Braziliense. 2 de abril de 1986 http://www.tv-pesquisa.com.puc-rio.br/. Consultado em 15 outubro de 2018  Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]