Diane di Prima – Wikipédia, a enciclopédia livre

Diane di Prima
Diane di Prima
Diane di Prima, foto de Gloria Graham durante a gravação de Add-Verse, 2004
Nascimento 6 de agosto de 1934
Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos
Morte 25 de outubro de 2020 (86 anos)
São Francisco, Califórnia
Nacionalidade norte-americana
Alma mater Swarthmore College
Ocupação Poeta, escritora e artista
Principais trabalhos Memoirs of a Beatnik (1969)
Carreira musical
Período musical 1958 - 2020

Diane di Prima (Nova Iorque, 6 de agosto de 1934São Francisco, 25 de outubro de 2020) foi uma poeta, escritora e artista estadunidense, parte da chamada Geração Beat, e também uma militante feminista e ativista dos direitos humanos.[1] Foi também dramaturga e professora, tendo escrito mais de quarenta livros, que foram traduzidos para mais de vinte idiomas.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Diane nasceu no Brooklyn, na cidade de Nova Iorque, em 1934, a segunda geração de italianos nascidos nos Estados Unidos.[1] Começou a escrever aos sete anos de idade e decidiu tornar-se poeta aos 14 anos.[2] Ingressou no Swarthmore College, mas largou o curso para se tornar poeta em Manhattan. Seu avô materno, Domenico Mallozzi, era um ativo anarquista, associado a outros membros do movimento, como Carlo Tresca e Emma Goldman.[3]

Diane começou a escrever bem cedo e aos dezenove anos se correspondia com escritores como Ezra Pound e Kenneth Patchen. Seu primeiro livro de poesias, This Kind of Bird Flies Backward, foi publicado em 1958, pela Totem Press, dirigida por LeRoi Jones. O livro é considerado um dos marcos iniciais do movimento beat, do qual Di Prima participou tanto como escritora, como editora.[3]

Envolvimento com a geração beat[editar | editar código-fonte]

Durante as décadas de 1950 e 1960, Diane viveu em Manhattan, onde participou do surgimento e do crescimento da geração beat. Dividindo seu tempo entre as costas oeste e leste, ela acabou se estabelecendo permanentemente em San Francisco e foi uma figura que ligou o movimento criado pela geração beat e os hippies, bem como os artistas dos dois lados dos Estados Unidos.[2][3]

Foi editora do jornal The Floating Bear com LeRoi Jones e foi co-fundadora do New York Poets Theatre, tendo fundado também o Poets Press.[1] Em várias ocasiões, Diane foi acusada de obscenidade pelo governo dos Estados Unidos por seu trabalho. Em 1961, ela foi presa pelo FBI por publicar dois poemas no The Floating Bear. Segundo Diane, os federais continuamente a ameaçaram e pressionaram devido à natureza de seus poemas.[1][2][3]

Em 1969, ela escreveu uma ficção erótica contando em detalhes suas experiências com o movimento beat chamado de Memoirs of a Beatnik.[4] De 1974 a 1997, ela lecionou no Naropa Institute, em Boulder, no Colorado.[5] Em 2001, publicou Recollections of My Life as a Woman: The New York Years.[1][2][3]

Ativismo[editar | editar código-fonte]

Diante é conhecida por seu envolvimento no movimento contra a gordofobia. Sua poesia costuma refletir suas visões a respeito, como a coleção de poemas de 1990, "Pieces of a Song: Selected Poems". Em uma entrevista de 2001, ela discorre sobre seus pensamentos a respeito da visão que a sociedade tem sobre a obesidade.[6]

Mesmo sem ser gorda, ela se viu envolvida na questão e passou a expressar sua opinião e preocupação ao ver um sem teto sem agredido por várias crianças apenas por ser gordo. Incapaz de fornecer ajuda, ela passou a ajudar pessoas que lutam contra o peso, que caíram em depressão ou sofrem bullying por causa disso.[6]

Vida pessoal e morte[editar | editar código-fonte]

Diane teve cinco filhos: Jeanne di Prima, Dominique di Prima, Alex Marlowe, Tara Marlowe e Rudi di Prima. Dominique é sua filha com LeRoi Jones. Em 1962, ela se casou com Alan Marlowe, de quem se divorciou em 1969 e em 1972 casou-se com Grant Fisher, de quem se divorciou em 1975.[7]

Morreu em 25 de outubro de 2020 em um hospital de São Francisco, aos 86 anos, após oito anos lutando contra a doença de Parkinson.[8]

Referências

  1. a b c d e Levi Asher (ed.). «Diane di Prima». Beat Museum. Consultado em 7 de agosto de 2018 
  2. a b c d e Jonah Raskin (ed.). «Interview with poet Diane di Prima». SFGate. Consultado em 7 de agosto de 2018 
  3. a b c d e «BIOGRAPHY OF DIANE DI PRIMA». Diane di Prima. Consultado em 7 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 17 de julho de 2012 
  4. Cadão Volpato (ed.). «Sexo, drogas e bebop marcam as 'Memórias de uma Beatnik'». Folha Ilustrada. Consultado em 7 de agosto de 2018 
  5. «NAROPA AT 40: THE POETRY PROJECT AT ST. MARK'S CHURCH». Jack Kerouac School. Consultado em 7 de agosto de 2018 
  6. a b c d David Hadbawnik (ed.). «Diane di Prima in conversation with David Hadbawnik». Jacket Magazine. Consultado em 7 de agosto de 2018 
  7. Archives & Special Collections (ed.). «Diane di Prima Papers». University of Louisville. Consultado em 7 de agosto de 2018 
  8. Whiting, Sam (26 de outubro de 2020). «Diane di Prima, prolific Beat poet, dead at 86». San Francisco Chronicle (em inglês). Consultado em 26 de outubro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]