Deus, o Filho – Wikipédia, a enciclopédia livre

Christ, por Heinrich Hofmann, 1889

Deus o Filho é uma das pessoas da Santíssima Trindade - "Deus o Pai, Deus o Filho, Deus o Espírito Santo".[1][2] Deus o Filho é distinto do termo Filho de Deus. Em Latim, Grego, Francês, Inglês e Hebraico:

  • Deus Filius, Theos ho Huios (Θεός ο Υιός), Dieu le Fils, God the Son; Elohim ha-Ben (אלוהים הבן )
  • Filius Dei, ho huios tou Theou (Ο γιος του Θεού), le fils de Dieu, the son of God; ben Elohim (בן אלוהים)

Na concepção tradicional trinitária Jesus Cristo é o o Deus Filho, sendo a Palavra encarnada como totalmente Deus (divino) e totalmente humano ao mesmo tempo, numa pessoa totalmente isenta de pecados.[3] Jesus morreu pelo pecador, apesar de não amar o pecado.

Uso do termo[editar | editar código-fonte]

O termo Deus Filius é usado no Credo Atanasiano, assim como Deus Pater e Deus Spiritus Sanctus.[4]

O termo é usado por Santo Agostinho em seu livro Sobre a Trindade, por exemplo, na discussão da obediência do Filho a Deus Pai: Deo Patri Deus Filius obediens.[5] que Deus, o Pai, gerou Deus, o Filho, sem tempo, e O fez de uma Virgem no tempo."[6]

Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

Vitral representando Jesus, na Catedral de São Pedro e São Paulo, São Petersburgo, Rússia.

A expressão "Filho de Deus" é usada para se referir a Jesus no Evangelho segundo Marcos, no início do capítulo 1 e no final do capítulo 15, versículo 39. Max Botner escreveu: "De fato, se Marcos 1:1 apresenta o "entendimento normativo" da identidade de Jesus, então faz uma diferença significativa o que o texto inclui".[7]

O Verbo ou Palavra em João 1:1 ("No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus), é frequentemente interpretado, especialmente pelos trinitários, como uma referência clara à Preexistência de Cristo, assim como sua divindade.

Os cristãos acreditam que Jesus é o Filho unigênito de Deus (João 3:16). Jesus se identificou como "Eu Sou" nos escritos canônicos do Novo Testamento. "Jesus disse-lhes: 'Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, EU SOU.'" (João 8:58). Esta frase é interpretado por muitos trinitários como uma referência a Moisés em sua interação com Deus pré-encarnado no Antigo Testamento: “E Deus disse a Moisés: 'EU SOU O QUE SOU.' E Ele disse: 'Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós'. (Êxodo 3:14)

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. O Amor de Deus Revelado em Jesus, Seu Único Filho 64 Paul C Jong "Deus disse: "Façamos". E essa palavra nos mostra que Ele não é um único ser divino. Quando vemos essa palavra, nós vemos que Deus existe como um Deus triuno, ou seja, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. E nós também fomos feitos ..."
  2. F. Donald Logan A history of the church in the Middle Ages S.9-10 2002 "The Christian orthodoxy that emerged held to a Trinity: one God and three divine persons. It was later to be summed up in the Athanasian Creed: Ita deus pater, deus filius, deus spiritus sanctus, Et tamen non tres dii, sed unus est deus. (Thus, God the Father, God the Son, God the Holy Spirit, Yet not three gods but one God.)"
  3. Grudem, Wayne A. Systematic Theology: An Introduction to Biblical Doctrine. Zondervan, 1994. ISBN 0310286700
  4. F . Donald Logan Uma história da igreja na Idade Média Página 10 2002 "Mais tarde seria resumida no Credo Atanasiano: Ita Deus Pater, Deus Filius, deus Spiritus Sanctus, Et tamen non tres dii, sed unus est Deus. (Assim, Deus o Pai, Deus o Filho, Deus o Espírito Santo, mas não três deuses, mas um só Deus."
  5. Luigi Gioia A epistemologia teológica do Sobre a Trindade de Agostinho 2008 "... a obediência de Cristo na cruz é a obediência de Deus Filho a Deus Pai: 'que maior exemplo de obediência'... exemplum qui per inobedientiam perieramus quam Deo Patri Deus Filius obediens usque ad mortem crucis?"
  6. MacMullen translation 1888 http://www.newadvent.org/fathers/160390.htm
  7. Botner, Max (Jul 2015). «O papel da probabilidade de transcrição no Debate Crítico de Texto Marcos 1:1». Catholic Biblical Quarterly. 77 (3): 468, 467–480