Demografia de Jerusalém – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pop. de Jerusalém
Ano Total
1525 4 700
1538 7 900
1553 12 384
1562 12 650
1800 8 750
1844 15 510
1876 25 030
1896 45 420
1922 62 578
1931 90 053
1944 157 000
1948 165 000
1967 263 307
1980 407 100
1985 457 700
1990 524 400
1995 617 000
2000 657 500
2005 706 400

Em relação à demografia, em maio de 2007, Jerusalém tinha uma população de 732 100 - 64% eram judeus, 32% muçulmanos, e 2% cristãos.[1] No final de 2005, a densidade populacional era de 5.750,4 habitantes por quilômetro quadrado.[2][3] De acordo com um estudo publicado em 2000, a porcentagem de judeus na cidade tem decrescido; isso foi atribuído a uma maior taxa de natalidade dos palestinos, e a moradores judeus que deixaram a cidade. O estudo também constatou que cerca de nove por cento dos 32 488 habitantes da Cidade Velha eram judeus.[4]

Em 2005, 2850 imigrantes se estabeleceam em Jerusalém, grande parte vindos do Estados Unidos, França, e da ex-União Soviética. Em termos da população local, o número de residentes que deixa a cidade é maior do que o número dos que chegam. Em 2005, 16 000 foram embora de Jerusalém e apenas 10 000 se mudaram para a cidade.[2] No entanto, a população de Jerusalém continua a aumentar devido à elevada taxa de natalidade, especialmente na população árabe e nas comunidades judaicas Haredi. Consequentemente, a taxa total de fecundidade em Jerusalém (4.02) é superior da de Tel Aviv (1,98) e bem acima da média nacional de 2,90. O tamanho médio das 180 000 famílias de Jerusalém é de 3,8 pessoas.[2]

Em 2005, a população total aumentou cerca de 13 000 (1,8%) - semelhante à média nacional israelense, mas a composição étnica e religiosa está mudando. Enquanto 31% da população judaica é constituída por crianças abaixo dos quinze anos, o índice para a população árabe é de 42%.[2] Isto parece reforçar as observações de que a porcentagem de judeus em Jerusalém tem diminuído ao longo das últimas quatro décadas. Em 1967, os judeus representavam 74 por cento da população, enquanto que o índice em 2006 era nove por cento menor.[5] Os possíveis fatores são o elevado custo da habitação, menos oportunidades de emprego e o crescente caráter religioso da cidade. Muitas pessoas estão indo para os subúrbios e cidades costeiras, em busca de habitação mais barata e um estilo de vida secular.[6]

A demografia e a divisão da população árabe e judaica desempenham um papel importante na disputa em Jerusalém. Em 1998, o Departamento de Desenvolvimento de Jerusalém propôs expandir os limites da cidade para o oeste a fim de incluir mais áreas povoadas por judeus.[7]

Crítica ao planejamento urbano[editar | editar código-fonte]

Os críticos dos esforços para promover uma maioria judaica em Israel dizem que as políticas de planejamento do governo são motivados por estudos demográficos que procuram limitar a construção do povo árabe, promovendo, simultaneamente, a construção para o povo judeu.[8]

De acordo com um relatório do Banco Mundial, o número de violações em construções registradas entre 1996 e 2000 foi quatro vezes e meia superior nos bairros judaicos, mas foram emitidas quatro vezes menos ordens de demolição em Jerusalém Ocidental do que em Jerusalém Oriental; palestinos em Jerusalém eram menos propensos a receber a permissão de construir que os judeus, e "as autoridades provavelmente agem mais contra os palestinos que constroem sem licença" do que contra os judeus que violam o processos de licenciamento.[9]

Nos últimos anos, fundações judaicas privadas têm recebido permissão do governo para desenvolver projetos em terras disputadas, como no parque arqueológico Cidade de David, no bairro palestino de Silwan (ao lado da Cidade Velha),[10] e o Museu da Tolerância no cemitério de Mamila (ao lado da Praça Tzion).[11] O governo de Israel também está desapropriando terras palestinas para a construção do Muro da Cisjordânia.[9] Os opositores vêem esse planejamento urbano como movimentos orquestrados para a judaização de Jerusalém.[12][13][14]

Referências

  1. «40° Aniversário da reunificação de Jerusalém». Ministério de Relações Exteriores de Israel. 16 de maio de 2007. Consultado em 19 de maio de 2007 
  2. a b c d «Press Release: Jerusalem Day» (PDF). Central Bureau of Statistics. 24 de maio de 2006. Consultado em 10 de março de 2007. Arquivado do original (PDF) em 14 de junho de 2007 
  3. «População e densidade por km ² em Localidades com mais de 5000 residentes, em 31/12/2005» (PDF). Serviço Central de Estatística de Israel. Consultado em 11 de abril de 2007 
  4. «"Crescimento da população árabe ultrapassa a de judeus em Jerusalém"»  Reuters, 26 de setembro de 2000
  5. Sel, Neta (23 de maio de 2006). «Jerusalém: Mais turistas, menos judeus». YNet. Consultado em 10 de março de 2007 
  6. Hockstader, Lee (16 de agosto de 1998). «Queda da população judaica em Jerusalém preocupa Israel». The Washington Post via Cornell University. Consultado em 10 de março de 2007 
  7. Laub, Karin (2 de dezembro de 2006). «Jerusalém Barreira causa grandes perturbações». The Washington Post via Associated Press. Consultado em 10 de março de 2007 
  8. Allison Hodgkin, "A Judaização de Jerusalém - Políticas israelenses desde 1967"; PASSIA No. 96 de dezembro de 1996, (Em inglês, pág. 88)
  9. a b " Movimento e as restrições de acesso na Cisjordânia: Incerteza e ineficácia"; Equipe Técnica do Banco Mundial, 9 de maio de 2007
  10. Meron Rapoport. Senhores de terra Arquivado em 20 de dezembro de 2008, no Wayback Machine.; Haaretz, 20 de janeiro de 2005
  11. Esther Zandberg. 825662.html "A arquitetada conspiração do silêncio"[ligação inativa]; Haaretz, 24 de Fevereiro de 2007
  12. Allison Hodgkin. "A Judaização de Jerusalém - Políticas israelenses desde 1967" Arquivado em 26 de outubro de 2007, no Wayback Machine.; PASSIA publicação No. 96 de dezembro de 1996, (Inglês, pp. 88)
  13. Meron Rapaport. "Grupo que 'judaiza' Jerusalém Oriental acusado de reter doações"; Haaretz, 22 de novembro de 2007
  14. Rothchild, Alice. "A judaização de Jerusalém Oriental"; CommonDreams, 26 de novembro de 2007