Cypherpunk – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Cyberpunk.

Cypherpunk é um grupo informal de pessoas interessadas em Criptografia. Seu objetivo é assegurar a conformidade com privacidade usando a proativa da criptografia.[1]

Origem do termo[editar | editar código-fonte]

O termo cypherpunks teve origem nos anos 90, na região da baía de São Francisco, na Califórnia, por um grupo de matemáticos, criptoanarquistas e hackers que começaram a reunir-se em suas casas. Os membros desse grupo fechado passaram a ser conhecidos como cypherpunks. Os membros originais não tinham ideologia social, eram mais preocupados com a matemática complicada da tecnologia criptográfica e a filosofia mais ampla da anonimidade, liberdade individual e privacidade.

Os cypherpunks foram instrumentais no movimento em defesa da privacidade e anonimidade online, além de pioneiros do caminho para os espaços invisíveis da internet. Eles usavam a criptografia como forma de proteger a individualidade inibindo o controle dos dados trafegados pelos agentes governamentais, institucionais ou do setor comercial.[2]

O termo cypherpunk, derivado de cypher, referente a criptografia, e punk, foi cunhada por Jude Milhon como um trocadilho para descrever cyberpunks que usavam criptografia.[3] Em novembro de 2006, a palavra foi adicionada ao Oxford English Dictionary.[4]

Manifesto[editar | editar código-fonte]

O manifesto dos cypherpunks[5] foi publicado em 1993 por Eric Hughes, matemático e programador que foi considerado um dos fundadores do movimento. As ideias que dão base para o movimento podem ser encontradas nesse manifesto: "A privacidade é necessária para termos uma sociedade aberta na era eletrônica. Privacidade não é o mesmo que segredo. Um assunto privado é uma coisa que alguém não quer que o mundo inteiro saiba; um assunto secreto é uma coisa que alguém não quer que ninguém saiba. A privacidade é o poder de revelar-se seletivamente para o mundo" (tradução-livre).

Valores[editar | editar código-fonte]

  • Privacidade nas comunicações
  • Anonimato e pseudônimos
  • Censura e monitoramento
  • Escondendo o ato de esconder

Referências

  1. «Cypherpunk». Consultado em 30 de janeiro de 2013 
  2. Haas, Guilherme (5 de julho de 2013). «Cypherpunk: o ativismo do futuro». Tecmundo. Consultado em 3 de julho de 2019 
  3. «Re: Jude Milhon in WIRED». Consultado em 5 de junho de 2008. Cópia arquivada em 5 de junho de 2008 
  4. «ResourceShelf » Oxford English Dictionary Updates Some Entries & Adds New Words; Bada-Bing, Cypherpunk, and Wi-Fi Now in the OED». Consultado em 30 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2008 
  5. Hughes, Eric (1993). «A Cypherpunk's Manifesto». Consultado em 3 de julho de 2019