Cultura de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

A cultura de Portugal tem as suas raízes nas culturas celta, fenícia, ibérica dos povos pré-romanos, germânica, romana, muçulmana, árabe e judaica. A diferenciação cultural dos portugueses manifesta-se através dos tipos de habitação, das manifestações religiosas, da gastronomia, do folclore, das calçadas tipicamente portuguesas, da azulejaria, danças, músicas, teatros, cinemas, etc.

Personalidades[1][editar | editar código-fonte]

  • Helena Maria da Costa de Sousa de Macedo Gentil Vaz da Silva nasceu em Lisboa a 3 de Julho de 1939. A 12 de Agosto de 2002 morre em Lisboa
  • Luís Guilherme Mendonça de Albuquerque. Nasceu em Lisboa, em 06.03.1917. Licenciado em Ciências Matemáticas. Morre em Lisboa, em 22.01.1992, no Hospital de Marinha.
  • O Prof. Doutor Manuel Viegas Guerreiro nasceu em Querença, concelho de Loulé, em 1 de Novembro de 1912. Faleceu em Carnaxide, em 1 de Maio de 1997.
  • Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira, na cena literária Maria Archer, nasceu em Lisboa, no dia 4 de Janeiro de 1899. Morreu a (23 de Janeiro de 1982).
  • Maria de Lourdes Belchior licenciou-se em 1946 com uma dissertação intitulada Da Poesia de Frei Agostinho da Cruz
  • Paulo Quintela Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e tradutor literário (Bragança, 24.12.1905 — Coimbra, 09.03.1987)

Literatura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Literatura de Portugal

A literatura portuguesa divide-se em poesia, prosa, filosofia e texto dramático. Em todas essas áreas houve artistas que se destacaram pelo génio e pela cultura portuguesa rica em temáticas.

Ver artigo principal: Poesia portuguesa

Portugal é muitas vezes designado como "um país de poetas". Efectivamente, a poesia portuguesa tem tido um peso e influência substancialmente maior na literatura do país do que a prosa. Existem bons exemplos, tanto na poesia lírica como na épica. Os poetas portugueses mais conhecidos no mundo são, sem dúvida Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, ainda que não se deva desprezar, especialmente, toda a poética galaico-portuguesa medieval e, mais tarde (desde o século XIX onde a moderna poesia portuguesa estabelece as suas raízes num punhado de poetas relevantes), do neoclassicismo até aos nossos dias.

Ver artigo principal: Prosa portuguesa

O fato de as primeiras narrativas serem transmitidas por via oral quase que obrigou que fossem, quase sempre, apresentadas de forma poética (a métrica e a rima, bem como o uso de versos recorrentes) facilitava a memorização de longos relatos. As gestas e as vidas de santos eram assim cantados (e contados). Muitos destes poemas foram depois passados para prosa (acrescentados de pormenores mais ou menos fiáveis ou, então, expurgados de fatos de cariz lendário — ainda que os cronistas não desdenhassem o lado místico das narrativas, até pelo fato de estes serem, basicamente, monges).

Ver artigo principal: Filosofia de Portugal
Gil Vicente
(1465–1536)
Luís de Camões
(1524–1580)
Almeida Garrett
(1799–1854)
Camilo Castelo Branco
(1825–1890)
Eça de Queirós
(1845–1900)
Fernando Pessoa
(1888–1935)
José Saramago
(1922–2010)

Arquitectura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Arquitectura de Portugal

Desde o segundo milénio antes de Cristo, existem construções importantes no território português e é possível encontrar muitas estruturas de vários povos (povos pré-romanos, romanos, suevos, etc.). A arquitectura portuguesa seguiu sempre as tendências do resto da Europa, apesar de o fazer com algum atraso. Foi apenas com o Manuelino que foi atingido um patamar considerável, na vanguarda artística da época, pois este estilo faz uma transição suave entre o gótico e o renascimento. Durante o reinado de João V, Portugal teve muitas construções que fazem parte do barroco Joanino. O estilo pombalino é outro estilo bem especifico a Portugal. Esse estilo que é uma mistura do barroco tardio e neoclassicismo que se desenvolveu depois do grande terramoto de 1755. A arquitectura popular marcou a arquitectura dos anos 1950, no chamado "Português Suave" que prevaleceu até ao final do Salazarismo. A calçada portuguesa e os azulejos são dois elementos arquitectónicos portugueses típicos do país. Actualmente a produção arquitectural portuguesa está a par do que se passa no meio artístico internacional, de onde se destacam os arquitectos contemporâneos:

Sé de Lisboa
Arquitectura românica
Mosteiro de Alcobaça
Arquitetura gótica
Torre de Belém
Estilo manuelino
Torre dos Clérigos
Barroco Joanino
Rua Augusta
Estilo Pombalino
Padrão dos Descobrimentos
Estilo Português Suave
Pavilhão de Portugal
Arquitectura moderna

Pintura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Pintura de Portugal
Painéis de São Vicente de Fora

A pintura portuguesa, à semelhança da arquitetura, tenta sempre seguir as tendências internacionais. No início do século XX apareceu uma nova vaga de artistas futuristas que podiam ter feito importantes revoluções na arte, mas que devido às suas mortes precoces não o fizeram. Alguns desses pintores e outros de diferentes épocas são:

Escultura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Escultura de Portugal

No panorama da escultura, destacam-se os seguintes artistas ao longo da história:

Frei Cipriano da Cruz e Manuel Pereira no período barroco.

Música[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Música de Portugal

Tanto a música tradicional portuguesa como a música erudita clássica e contemporânea são altamente deversificadas e dinâmicas. A música mais tradicional retrata a cultura e história do país; as outras mais recentes, surgem de influências exteriores tais como de África, Brasil ou Estados Unidos.

Teatro[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Teatro de Portugal

Em Portugal, o desenvolvimento do teatro foi um pouco retardado, contudo Gil Vicente, visto como o "pai" do teatro português começou de certa forma a história do teatro nacional no século XVI. O teatro cativou o público, sobretudo a classe alta. Foi já no século XX que o teatro chegou às massas através do Teatro de Revista.

Dança[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Dança de Portugal

O folclore português é muito variado, pois cada região do país tem as suas tradições. As danças folclóricas são danças populares para toda a gente. Mais recentemente, apareceram danças mais eruditas, executadas por bailarinos profissionais. Estas novas danças surgem da crescente abertura a novas culturas, de onde se pode destacar:

Cinema[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cinema de Portugal

Cineastas:

Actores:

Moda[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Moda de Portugal

Design[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Design de Portugal

No design destacam-se:

Banda Desenhada[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Banda Desenhada de Portugal

Cultura popular[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cultura popular de Portugal
Máscara de diabo usada no Carnaval de Trás-os-Montes.
Ver artigo principal: Gastronomia de Portugal

A culinária portuguesa é reconhecida como uma das mais variadas do mundo, ainda que esteja restrita a um espaço geográfico diminuto, mostrando influências mediterrânicas (incluindo-se na chamada "dieta mediterrânica") mas, também, atlânticas, como é visível na quantidade de peixe consumida tradicionalmente. Muito mudou desde que Estrabão se referiu aos Lusitanos como um povo que se alimentava de bolotas. A base da gastronomia mediterrânica, assente na trilogia do pão, vinho e azeite, repete-se em todo o território nacional, acrescentando-se-lhe os produtos hortícolas, como em variadas sopas, e frutos frescos. A carne e as vísceras, principalmente de porco, compõem também um conjunto de pratos e petiscos regionais, onde sobressaem os enchidos.

Com o advento das descobertas marítimas, a culinária portuguesa rapidamente integrou o uso, por vezes quase excessivo, de especiarias e do açúcar, além de outros produtos, como o feijão e a batata, que foram adaptados como produtos essenciais. Note-se que a variedade de pratos regionais se verifica mesmo em áreas restritas. Duas cidades vizinhas podem apresentar, sob o mesmo nome, pratos que podem diferir bastante na forma de confecção, ainda que partilhem a mesma receita de base. As generalizações nem sempre estão correctas: as diversas culinárias regionais variam muito na mesma região.

Ver artigo principal: Dança popular de Portugal
Ver artigo principal: Artesanato de Portugal

Desporto[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Desporto em Portugal

Futebol[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Futebol em Portugal

Hóquei em patins[editar | editar código-fonte]

Foi a partir da segunda guerra mundial que Portugal passou a dominar o hóquei em patins europeu. Em 1947, Portugal venceu os terceiros campeonatos da Europa, realizados em Lisboa. A partir daí, a população portuguesa ficou definitivamente conquistada por este desporto, o qual passou a ser considerado modalidade nacional. Portugal foi 15 vezes campeão do mundo em 42 edições e 20 vezes campeão europeu em 51 edições. Esse sucesso português nesta modalidade continua nos vários escalões da selecção e nos clubes como o SL Benfica, o FC Porto, o Sporting CP etc.

Língua[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Língua portuguesa

A língua oficial de Portugal é o português, uma das primeiras línguas cultas da Europa medieval a par do provençal, sendo a sua escrita influenciada por esta última. Há um município onde algumas pessoas nas aldeias falam uma língua derivada de uma língua de um antigo reino, o Reino de Leão, chama-se Mirandês (Lhéngua Mirandesa em Mirandês). Esta língua tem menos de 15000 falantes (a maioria como segunda língua) e é apenas falada em aldeias, sendo a aldeia de Picote (Picuote em Mirandês) a única praticamente 100% monolíngue nesta língua, o que é uma curiosidade para um país cultural e linguisticamente homogenizado como Portugal. A ortografia do Mirandês é influenciada naturalmente pelo português, mas é uma língua diferente, com um desenvolvimento, estrutura e história diferentes.

Símbolos nacionais[editar | editar código-fonte]

Símbolos de estado[editar | editar código-fonte]

Símbolos utilizados oficialmente[editar | editar código-fonte]

Símbolos populares da cultura[editar | editar código-fonte]

Feriados nacionais[editar | editar código-fonte]

Data Feriado Tipo
1.º de janeiro Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus religioso/civil
móvel Carnaval (ou Entrudo) religioso/civil
móvel Sexta-Feira Santa religioso
móvel Páscoa religioso
25 de abril Dia da Liberdade civil
1.º de maio Dia do Trabalhador civil
10 de junho Dia de Portugal civil
móvel Corpo de Deus religioso
15 de agosto Assunção de Nossa Senhora religioso
5 de outubro Implantação da República civil
1 de novembro Dia de Todos-os-Santos religioso
1 de dezembro Restauração da Independência civil
8 de dezembro Imaculada Conceição religioso
25 de dezembro Natal religioso
Commons
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Programas culturais[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências