Cronologia da invasão da Ucrânia pela Rússia (2022–presente) – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma invasão de grande escala na Ucrânia, marcando um ponto de grande escalada de tensões na Guerra Russo-Ucraniana. A campanha fora precedida de prolongada mobilização militar russa a partir do início de 2021, assim como numerosas demandas russas por medidas de seguranças e proibições legais contra o ingresso da Ucrânia na OTAN.[1]

Cronologia[editar | editar código-fonte]

Primeira fase da guerra: 24 de fevereiro até 7 de abril de 2022. Esta fase foi caracterizada por ofensivas russas em múltiplas frentes de batalha (norte, sul e leste).

O avanço inicial russo de fevereiro até o final de março focou em três frentes de batalha distintas: ao norte, via Bielorrússia e os oblasts russos de Kursk e Voronej, a Rússia avançou sobre os oblasts ucranianos de Kiev, Jitomir, Tchernihiv e Summy, para tomar as grandes cidades, centros industriais e o coração político da Ucrânia; no leste, eles atacaram a partir dos territórios ocupados de Lugansk e Donetsk e também via Rostov, para assegurar a integridade das duas repúblicas autonomas reconhecidas por Moscou, cercando também Kharkiv para garantir o flanco a nordeste; e no sul, via Crimeia, o Mar de Azov e Donetsk, os russos avançaram por Kherson, tomando a capital da região em seis dias, com o intuito de marchar sobre Mykolaiv e posteriormente ocupar a cidade de Odessa, onde o maior porto ucraniano fica. Ao mesmo tempo, uma segunda força russa no sul avançou sobre o Oblast de Zaporíjia, tomando Melitopol no caminho em direção a Mariupol. No final, perseguir tantos objetivos ao mesmo tempo, somado a resistência das tropas ucranianas e problemas de logística e moral baixa, desgastou as forças armadas russas que, posteriormente, tiveram de abandonar a frente norte e interromper boa parte dos ataques no sul para focar seu poderio militar no leste.[2]

Segunda fase da guerra: 7 de abril até 5 de setembro de 2022. Este período foi caracterizado pela mudança do foco do conflito, com as operações militares cessando no norte e os combates e ofensivas aumentando de intensidade no sul e no leste.

Em maio, um mês após abandonar a as linhas de frente no norte, a Rússia recomeçou suas ofensivas no leste. As cidades de Severodonetsk e Lysychansk foram tomadas entre maio e julho.[3] Mariupol também caiu em maio.[4] Porém, novamente, os avanços russos empacaram depois destas conquistas, enquanto a Ucrânia recebia armamento e provisões do ocidente.[5]

Terceira fase da guerra: 6 de setembro de 2022–presente; foi caracterizada por contra-ofensivas ucranianas e recuo dos russos em múltiplas frentes de batalha.

Em agosto de 2022, a Ucrânia inicia uma pesada contra-ofensiva, no sul (em Kherson) e no leste (em Kharkiv). O avanço surpreendeu os russos, com os ucranianos conseguindo diversos sucessos iniciais e forçando o recuo dos invasores.[6] Como resposta aos retrocessos no campo de batalha, o governo russo começou o processo de anexação dos territórios ucranianos ocupados no leste e no sul, de Luhansk, Donetsk, Zaporíjia e Kherson, ao mesmo tempo que anunciaram uma mobilização de 300 mil reservistas.[7]

Ao final de 2022 e começo de 2023, com mais homens no campo de batalha por causa da mobilização, as forças armadas russas retomaram a iniciativa no leste, tomando as cidades de Soledar e Bakhmut, embora tenha pagado um alto preço em vidas.[8] Após reivindicar Bakhmut, a Rússia não conseguiu avançar, preferindo então consolidar suas posições defensivas. A Ucrânia, por sua vez, lançou uma enorme contraofensiva no sul e no leste, avançando de forma lenta na maioria das frentes.[9]

As invasões[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Why is Russia invading Ukraine and what does Putin want?». BBC News (em inglês). 24 de fevereiro de 2022. Consultado em 24 de fevereiro de 2022. Arquivado do original em 19 de dezembro de 2021 
  2. «Timeline: The first 100 days of Russia's war in Ukraine». BBC. Consultado em 11 de junho de 2022 
  3. «As City Falls, Ukraine's Last Hope in Luhansk Falls With It». The New York Times. Consultado em 15 de setembro de 2022 
  4. Mariupol a 'Pyrrhic victory' for Russia: military analyst (em inglês), Deutsche Welle, 18 de maio de 2022, consultado em 20 de maio de 2022 
  5. «How Western weapons help Ukraine repel Russian attacks». 9news.com.au. Consultado em 15 de setembro de 2022 
  6. «Ukraine's surprising counteroffensive forces Russian troops to flee». Vox.com. Consultado em 15 de setembro de 2022 
  7. «Russia Goes for Annexation and Mobilization». DGAP.org. Consultado em 1 de outubro de 2022 
  8. «Russia Claims Bakhmut, but Some See a Pyrrhic Victory». The New York Times. Consultado em 7 de julho de 2023 
  9. «Ukraine's counteroffensive: Why progress has been slow». CNN. Consultado em 7 de julho de 2023