Cronógrafo de 354 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Página inicial e dedicatória do manuscrito Barberini, que diz: «Valentino, que possas florir em Deus» (em cima), «Furio Dionisio Filocalo ilustrou esta obra» (nos triângulos), «Valentino, deleita-te ao ler isto» (no titulus), «Valentino, que possas viver por longo tempo e florir» (à esquerda), «Valentino, que possas viver por longo tempo e te alegrares» (à direita)

O Cronógrafo de 354 (Chronographus Anni CCCLIV) é um calendário ilustrado do ano 354, acompanhado de outros textos e ilustrações, obra do calígrafo Fúrio Dionísio Filócalo, cujo nome é mencionado na dedicatória na primeira página do códex, oferecido aristocrata romano de fé cristã, chamado Valentino.

Compreende:

O texto teve uma certa sorte: através dos séculos fizeram-se muitas referências a ele e suas ilustrações foram copiadas para um calendário de 449, de Polemio Silvio, além de um planisfério de 579, um ciclo pascal de São Columbano de 602 e uma obra anglo-saxã de 689.

O códex original é atualmente perdido. No Século IX foram feitas algumas cópias, entre as quais o desaparecido “Luxemburguês” e o manuscrito “Sanctogallum DCCCLXXVIII” da Biblioteca da Abadia de São Galo, na Suíça. O manuscrito “Luxemburguês” foi redescoberto no Renascimento, do qual nasceu uma série de cópias: a melhor das quais é o manuscrito “Romano”, feito sobre a supervisão do erudito Nicholas Claude Fabri de Peiresc, convocado após a perda de algumas páginas.

Theodor Mommsen publicou o seu calendário no volume I do Corpus Inscriptionum Latinarum e o resto, sem ilustrações, no volume IX dos Monumenta Germaniae Historica Auctorum Antiquissimorum (Chronica Minora), ao final do Século XIX.

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