Correspondência Leibniz-Clarke – Wikipédia, a enciclopédia livre

A correspondência Leibniz-Clarke foi um debate científico, teológico e filosófico realizado em uma troca de cartas entre o pensador alemão Gottfried Wilhelm Leibniz e Samuel Clarke, um apoiador das teorias de Isaac Newton, nos anos entre 1715 e 1716.[1]

Embora uma variedade de assuntos seja abordada nas cartas, o principal interesse para os leitores modernos é a disputa entre a teoria absoluta do espaço favorecida por Newton e Clarke e a abordagem relacional de Leibniz.[2] Também é importante o conflito entre as opiniões de Clarke e Leibniz sobre o livre arbítrio[3] e se Deus deve criar o melhor de todos os mundos possíveis.[4][5] Também é discutida qual é a natureza de milagres e da alma.

O principal argumento utilizado por ambos os lados é o princípio da razão suficiente, com interpretações divergentes quanto ao seu significado. Através deste princípio da lógica, cuja formulação moderna é atribuída a Leibniz, os autores também discutem a existência ou não do vácuo e se os átomos são ou não indistinguíveis, o que violaria o princípio da razão suficiente de acordo com o filósofo alemão.

Referências

  1. Vailati, Ezio (1997). Leibniz and Clarke: A Study of Their Correspondence. Oxford and New York: Oxford University Press. ISBN 9780195113990 
  2. Rowe, William L., "Can God Be Free?", Oxford UP, 2004. ISBN 0198250452
  3. Leibniz, Gottfried (1991). Discourse on Metaphysics and Other Essays. Indianapolis: Daniel Garber and Roger Ariew. pp. 53–55. ISBN 0872201325 
  4. Austin Farrer (1985). Introduction to Theodicy. La Salle: Open Court. ISBN 0-87548-437-9 
  5. Michael Murray (16 de março de 2005). «Leibniz on the Problem of Evil». The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Consultado em 26 de janeiro de 2012