Cookie (jogo eletrônico) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cookie
Cookie (jogo eletrônico)
Capa do jogo.
Desenvolvedora(s) Tim e Chris Stamper
Publicadora(s) Ultimate Play the Game
Plataforma(s) ZX Spectrum
Lançamento 1983
Gênero(s) Shoot 'em up
Modos de jogo Um jogador

Cookie é um jogo shoot 'em up temático de culinária desenvolvido e publicado pela Ultimate Play the Game lançado exclusivamente para o ZX Spectrum em 1983. No jogo, Charlie, o Chef, tem que fazer um bolo, no entanto, seus cinco ingredientes são sensíveis e tentam escapar de sua despensa, fazendo com que ele vá numa missão para captura-los. O jogo foi escrito por Chris Stamper com gráficos de Tim Stamper. Ele recebeu críticas mistas no lançamento, com críticos elogiando os gráficos, mas criticando a dificuldade e suas semelhanças com Pssst.

O jogo foi lançado como Crazy Kitchen na Itália e como Chef, Lo na Croácia.[1]

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

O jogo é apresentado a partir de uma perspectiva 2D, e o objetivo principal envolve Charlie, o Chef, assando um bolo com ingredientes malignos e conscientes. Os cinco ingredientes variam entre o Mixed Peel (lit. Casca Mista), o Chucky Chocolate (lit. Chocolate em Pedaço), o Crafty Cheese (lit. Queijo Asuto), o Sneaky Sugar (lit. Açúcar Furado) e o Custard Coronel (lit. Coronel Quindim), que vão todos pular da despensa e tentar evitar o jogador sempre que possível.[2]

O jogador começa o jogo com três vidas. Vários ingredientes voarão pela tela simultaneamente, e se o jogador tocar um ingrediente com seu corpo, uma das vidas será retirada. O objetivo do jogador é colocar os ingredientes na tigela para cozinhar antes que eles caiam nas latas de lixo em qualquer um dos lados ou joguem o jogador na tigela.[2] Como defesa, Charlie, o Chef, pode atirar sacos de farinha, o que empurra os ingredientes ainda mais na direção em que estão se movendo.[2] Bombas também podem surgir no jogo, o que permitirá ao jogador empurrar os ingredientes mais longe do que os sacos de farinha convencionais. O jogador deve colocar a variedade certa de ingredientes na tigela, que muda a cada nível. Quando a quantidade certa de ingredientes é colocada na tigela, o bolo é assado e um novo nível começa.[2][3]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

A Ultimate Play the Game foi fundada pelos irmãos Tim e Chris Stamper, junto com a esposa de Tim, Carol, em Ashby-de-la-Zouch, no ano de 1982. Eles começaram a produzir jogos eletrônicos para o ZX Spectrum no início da década de 1980.[4] A empresa era conhecida por sua relutância em revelar detalhes sobre suas operações e projetos futuros. Pouco se sabia sobre seu processo de desenvolvimento, exceto que eles costumavam trabalhar em "equipes separadas": uma equipe trabalhava no desenvolvimento enquanto a outra se concentrava em outros aspectos, como som e gráficos.[4]

Uma versão do jogo também foi criada para o BBC Micro e foi agendada para lançamento em 1984; no entanto, nunca foi lançado comercialmente.[5][6] Cookie foi um dos poucos jogos para Spectrum também disponíveis em formato ROM para uso com a Interface 2, permitindo o carregamento "instantâneo" do jogo (o método normal de carregamento de cassetes pode levar vários minutos).[7]

Recepção[editar | editar código-fonte]

 Recepção
Resenha crítica
Publicação Nota
Crash 73%[3]
Home Computing Weekly 5 de 5 estrelas.[8]
Retro Gamer 70%[9]

Matthew Uffindell da Crash elogiou o jogo em geral, apesar de pensar que foi ofuscado por Tranz Am, também da Ultimate, que foi lançado junto com Cookie.[3] Uffindell afirmou que a jogabilidade de Cookie era viciante e desafiadora, apesar de achar que fosse semelhante ao de seu antecessor, Pssst.[3] Lloyd Mangram, da revista Crash, considerou o jogo negligenciado e subestimado, apesar de afirmar que era o mais difícil de todos os jogos desenvolvidos pela Ultimate. Mangram elogiou os gráficos como detalhados, rápidos e "divertidos", devido aos ingredientes "vivos" do jogo.[3] Os críticos da Home Computing Weekly elogiaram de forma semelhante os gráficos e o som, afirmando que "estão de acordo com os padrões da Ultimate".[8]

Um crítico da Sinclair User afirmou que os gráficos eram de qualidade "arcade e cartoon" e criticou o conceito do jogo, afirmando que o jogador perderia o interesse após completar alguns níveis.[2] Mangham, no entanto, elogiou sua jogabilidade, anunciando que era "muito divertido" de jogar e fácil de se adaptar.[3] A Sinclair User disse que as primeiras impressões do jogo são importantes para o cliente e afirmou que o jogador pode se sentir enganado devido às semelhanças do jogo com Pssst.[2]

Referências

  1. «Cookie overview and list of reviews». World of Spectrum (em inglês). Thunderware. Consultado em 11 de setembro de 2015 
  2. a b c d e f «It is easy to get sick of cookies». Sinclair User (em inglês). 1983. Consultado em 11 de setembro de 2015. Cópia arquivada em 20 de fevereiro de 2008 
  3. a b c d e f Uffindell, Matthew (setembro de 1984). «Cookie review (Crash back)». Crash: 65. Consultado em 11 de setembro de 2015 
  4. a b «The Best of British - Ultimate». Crash. Consultado em 13 de agosto de 2015 
  5. «Lost and found: BBC Cookie». stairwaytohell.com (em inglês). The BBC and Electron Games Archive. Consultado em 9 de junho de 2007 
  6. «Cookie BBC Micro release year» (em inglês). IGN. Consultado em 11 de setembro de 2015 
  7. «Interface Games are Fast but not Furious», EMAP, Sinclair User (24): 54–55, março de 1984 
  8. a b «Tranz Am and Cookie review». Home Computing Weekly (26). Agosto de 1983. Consultado em 10 de setembro de 2015 
  9. «Cookie». Retro Gamer (178). 109 páginas. 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]