Consanguinidade – Wikipédia, a enciclopédia livre

Consanguinidade

Tabela de Consangüinidade que
mostra as relações entre os
membros da família e o grau
de suas relações.

Tipo

Consanguinidade (do latim consanguinitas) é a afinidade por laços de sangue entre indivíduos aparentados, que são geneticamente semelhantes. Pode-se medir o quanto um determinado indivíduo é consanguíneo com outro através da medida chamada grau de consanguinidade.[1][2]

Muitas jurisdições têm leis que proíbem pessoas com parentesco de sangue de se casarem ou terem relações sexuais entre si. O grau de consanguinidade que dá origem a essa proibição varia de lugar para lugar.[3] Essas regras também são usadas para determinar os herdeiros de uma herança de acordo com os estatutos que regem a sucessão intestada , que também variam de jurisdição para jurisdição.[4] Em alguns lugares e períodos de tempo, o casamento entre primos é permitido ou mesmo encorajado; em outros, é tabu e considerado incesto.

Doenças autossômicas recessivas raras são mais frequentes na prole de uniões consanguíneas, porque os descendentes dessa união têm maiores chances de carregar duas cópias defeituosas do gene relevante para uma determinada doença.[5]

A consanguinidade em uma população aumenta sua suscetibilidade a patógenos infecciosos, como tuberculose e hepatite.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Teebi, Ahmad S; El-Shanti, Hatem I (março de 2006). «Consanguinity: implications for practice, research, and policy». The Lancet (9515): 970–971. ISSN 0140-6736. doi:10.1016/s0140-6736(06)68406-7. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  2. Logo, Raimundo Nonato Braga. «Endogamia». www.agencia.cnptia.embrapa.br. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  3. O'sullivan, Kathryn (1 de janeiro de 2019). «Access to marriage: consanguinity and affinity prohibitions in national and international context». Irish Journal of Family Law;22 (2), pp. 8-12 (em inglês) 
  4. Ritchie, Herbert E. (1940). «Methods of Intestate Succession». University of Cincinnati Law Review: 508. Consultado em 19 de maio de 2023 
  5. «Consanguinity» (em inglês). 1 de janeiro de 2013: 158–162. doi:10.1016/B978-0-12-374984-0.00324-7. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  6. Lyons, Emily J.; Frodsham, Angela J.; Zhang, Lyna; Hill, Adrian V.S.; Amos, William (23 de agosto de 2009). «Consanguinity and susceptibility to infectious diseases in humans». Biology Letters (4): 574–576. PMC 2684220Acessível livremente. PMID 19324620. doi:10.1098/rsbl.2009.0133. Consultado em 22 de setembro de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bittles, Alan H. (2012) - Consanguinity in context - Cambridge University Press
  • Teebi, Ahmad S.(2010) - Genetic Disorders among Arab Populations (second edition) - Springer
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