Confissão (oração) – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Confissão, também chamada pelo seu equivalente em latim, Confiteor, é uma oração da Igreja Católica correntemente utilizada na liturgia e na devoção pessoal dos católicos. A oração da confissão não deve ser confundida com o Sacramento da Confissão, cujo rito contém-na quando do momento da acusação dos pecados ao sacerdote.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

No latim clássico, Confiteor significa literalmente confessar, reconhecer mas no latim eclesiástico significa louvar, glorificar [1] No caso em questão se usa Confessar, diferentemente do Te Deum onde o mesmo verbo está com o sentido de Glorificar.

História[editar | editar código-fonte]

O Confiteor é uma oração penitencial onde reconhecemos nossa pecaminosidade e buscamos a misericórdia e o perdão de Deus. Os confiteors fazem parte do cristianismo desde o início. Santo Agostinho nota que era tradicionalmente recitado batendo no peito em sinal de humildade, como é o costume que temos hoje de fazê-lo durante a missa quando é recitado. A oração abaixo é a forma tradicional de oração. Foi parcialmente composto no século VIII e depois adicionado à missa no século XI. O Confiteor em uso no Missal de Paulo VI é uma versão abreviada deste.

Oração em Latim[editar | editar código-fonte]

Mais usual entre os tradicionalistas, a versão latina diariamente é feita ao deitar-se ou ao confessar-se ao padre.

CONFITEOR Deo omnipotenti,

beatae Mariae semper Virgini,

beato Michaeli Archangelo,

beato Ioanni Baptistae,

sanctis Apostolis Petro et Paulo,

omnibus Sanctis, (et vobis fratres/pater)

quia peccavi nimis cogitatione,

verbo et opere:

mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa.

Ideo precor beatam Mariam semper Virginem,

beatum Michaelem Archangelum,

beatum Ioannem Baptistam,

sanctos Apostolos Petrum et Paulum,

omnes Sanctos, (et vobis fratres/pater)

orare pro me ad Dominum Deum nostrum. Amen[2].

Oração em Português[editar | editar código-fonte]

Fórmula longa

Eu, pecador, me confesso a Deus Todo-poderoso,

à bem-aventurada sempre Virgem Maria,

ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo,

ao bem-aventurado São João Batista,

aos santos Apóstolos São Pedro e São Paulo,

a todos os santos, (e a vós irmãos/padre)

que pequei muitas vezes por pensamentos,

palavras e ações,

por minha culpa

(bate-se com a mão destra fechada uma vez no peito),

minha culpa

(bate-se segunda vez no peito),

minha máxima culpa

(em vez de uma, bate-se duas vezes seguidas no peito).

Portanto, peço e rogo à bem-aventurada sempre Virgem Maria,

ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo,

ao bem-aventurado São João Batista,

aos santos Apóstolos São Pedro e São Paulo,

a todos os santos, (e a vós irmãos/padre)

que oreis por mim a Deus, Nosso Senhor.


Fórmula Breve

Confesso a Deus Todo-Poderoso,

e a vós, irmãos,

que pequei muitas vezes

por pensamentos, palavras, atos e omissões,

por minha culpa, minha tão grande culpa,

E peço à Virgem Maria,

aos anjos e santos

e a vós, irmãos,

que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.

Significado e uso[editar | editar código-fonte]

Trata-se duma fórmula em que o penitente reconhece os seus pecados perante Deus e a Igreja, pedindo à Virgem Maria, a todos os santos e aos irmãos intercessão junto de Deus para que os seus pecados sejam perdoados.

É normalmente utilizada na celebração da Missa, no início, no momento chamado acto penitencial, destinado à purificação interior a fim de participar dignamente na celebração. Porém pode ser utilizada noutro tipo de celebrações e orações, bem como por qualquer fiel na oração pessoal, sempre que queira exprimir perante Deus o reconhecimento dos seus pecados.

Normalmente é acompanhada pelo gesto de bater no peito com a mão direita, às palavras por minha culpa, minha tão grande culpa.

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]