Confederação Sul-Americana de Voleibol – Wikipédia, a enciclopédia livre

Confederação Sul-Americana de Voleibol
Confederação Sul-Americana de Voleibol
Tipo Desportiva
Fundação 1946
Sede Brasil Rio de Janeiro, Brasil
Membros  Argentina
 Bolívia
 Brasil
 Colômbia
 Chile
Equador
Guiana
Guiana Francesa
 Paraguai
 Peru
Uruguai
 Venezuela
Línguas oficiais espanhol
português
Presidente Colômbia Rafael Lloreda Currea
Sítio oficial voleysur.org

A Confederação Sul-Americana de Voleibol (em espanhol: Confederación Sudamericana de Voleibol), também conhecida pelo acrônimo CSV, é uma associação sem fins lucrativos que regula o esporte do voleibol na América do Sul, responsável pelo controle, promoção e organização de competições internacionais, cursos, conferências e outras atividades de caráter educativo. A CSV é afiliada à Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e tem como presidente, desde 2012, o colombiano Rafael Lloreda Currea.[1]

Objetivos[editar | editar código-fonte]

  • Favorecer o incremento da prática do voleibol no Continente Sul-Americano;[1]
  • Organizar e supervisionar a prática do voleibol no Continente Sul-Americano, almejando o nível técnico mais elevado;[1]
  • Promover o respeito mútuo nas relações de suas Federações Nacionais coordenando e arbitrando, se necessário, nas disputas que poderem existir;[1]
  • Difundir as "Regras Oficiais do Voleibol", unificando a sua interpretação e velando para que as mesmas sejam respeitadas;[1]
  • Regular as transferências de jogadores entre as Federações Nacionais associadas à CSV e fazer cumpri as normas estabelecidas pela FIVB;[1]
  • Proporcionar a organização de cursos e seminários destinados ao aperfeiçoamento técnico e da arbitragem;[1]
  • Publicar um Boletim Oficial para a difusão das atividades da CSV;[1]
  • Representar e defender, ao lado das autoridades desportivas e públicas, os interesses do voleibol sul-americano.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Criação da CSV[editar | editar código-fonte]

Nos anos 40, quando o voleibol já se encontrava difundido na América do Sul, surgiu a ideia de criar-se uma organização continental com o objetivo de impulsionar a disciplina dentro dos parâmetros de um esporte organizado. Há dois eventos que demonstram essas preocupações e, de alguma forma, criam divergências sobre a data e o local de fundação da Confederação Sul-Americana de Voleibol. A esse respeito, alguns argumentam que ocorre em 12 de fevereiro de 1946, na cidade de Buenos Aires, enquanto outros argumentam que foi no Rio de Janeiro em 3 de julho do mesmo ano.[2]

A primeira versão é fruto do encontro realizado na capital argentina, com a presença de Celio Negreiros de Barros em nome da Confederação Brasileira de Desportos e da Federação Uruguaia de Voleibol, Enrique Romero Brest, presidente da Federação Argentina de Voleibol e Juan Carlos Palacios, presidente da Confederação Argentina de Esportes e do Comitê Olímpico Argentino, para organizar a criação do corpo diretivo do voleibol sul-americano. A segunda versão baseia-se na reunião dos representantes das Federações Sul-Americanas, os mesmos que se reuniram no que seria o seu primeiro Congresso, tendi sido eleito, no Rio de Janeiro, o Celio Negreiros de Barros como o primeiro Presidente da CSV.[2]

O desenvolvimento do voleibol na América do Sul[editar | editar código-fonte]

No campo esportivo, a América do Sul iniciou as suas atividades competitivas em 1951 através da programação do Campeonato Sul-americano adulto que, com o passar dos primeiros anos, serviria para mostrar a supremacia do Brasil. Anos mais tarde, aparecem outras seleções, como o sexteto feminino Peru e o masculino da Argentina.[2]

Em 1972, no Rio de Janeiro, disputou-se o I Campeonato de Juniores, e em 1978, a CSV tornou-se a primeira confederação continental a realizar uma competição infanto-juvenil; decisão que, ao longo do tempo, demonstrou que este esporte não é apenas uma disciplina bem sucedida dentro da América do Sul, mas especialmente fora das nossas fronteiras, onde ganharam importantes conquistas nos Jogos Pan-Americanos, Mundial e eventos olímpicos.[2]

Neste contexto, a atividade de Vôlei de Praia merece destaque pelas contribuições dos sul-americanos no cenário mundial desde a introdução dessa disciplinas praias de Copacabana, um dos esportes ao ar livre que hoje desfruta mais popular e atraente.[2]

Os Presidentes da CSV[editar | editar código-fonte]

A Confederação Sul-Americana de Voleibol, em seus mais de 50 anos, teve 9 presidentes. O primeiro deles, foi o brasileiro Celio Negreiros de Barros (1946 - 1958), que seria substituído pelo seu compatriota Antonio Jaber (1958 - 1961).[2]

Em 1961, o peruano José Pezet Miró Quesada foi encarregado por um período de três anos, que foi posteriormente substituído pelo uruguaio Luis Mateo Fernández (1964 - 1973). Em 1973 a presidência recai sobre o colombiano Boris Rodríguez (1973 - 1977), que dá espaço para o venezuelano José Antonio Bermúdez presidir entre 1977 - 1981.[2]

Depois disso, o argentino Ricardo Russomando assumiu a presidência até 1993, quando foi substituído pelo peruano Luis Moreno Gonzales até 2003, ano em que o brasileiro Ary Graça toma, deixando o cargo em 2012. O atual presidente é o colombiano Rafael Lloreda Currea.[2]

Federações afiliadas[editar | editar código-fonte]

As seguidas federações nacionais são afiliadas à CSV:

Código País Federação Ranking FIVB
Masculino
Adulto (1)
Ranking FIVB
Feminino
Adulto (2)
Ranking FIVB
Masculino
Sub-23 (3)
Ranking FIVB
Feminino
Sub-23 (4)
Ranking FIVB
Masculino
Sub-21 (5)
Ranking FIVB
Feminino
Sub-20 (6)
Ranking FIVB
Masculino
Sub-19 (7)
Ranking FIVB
Feminino
Sub-18 (8)
ARG  Argentina Federación del Voleibol Argentino 17º 12º 10º 10º
BOL  Bolívia Federación Boliviana de Voleibol 82º 56º - - 77º 27º 21º 36º
BRA  Brasil Confederação Brasileira de Voleibol
CHI  Chile Federación de Voleibol de Chile 27º 87º 18º 20º 18º 20º 20º 25º
COL  Colômbia Federación Colombiana de Voleibol 34º 19º 15º 13º 22º 23º 18º 14º
ECU Equador Federación Ecuatoriana de Voleibol 71º 62º 22º - 77º 32º 30º 36º
FGU Guiana Francesa Ligue de Guyane de Volley-Ball 138º 121º - - - - - -
GUY Guiana Guyana Volleyball Federation 138º 121º - - 77º - - -
PAR  Paraguai Federación Paraguaya de Voleibol 118º 121º 34º - 31º 76º 36º 66º
PER  Peru Federación Peruana de Voleibol 47º 28º 20º 15º 27º 13º 72º 10º
URU Uruguai Federación Uruguaya de Voleibol 92º 72º 34º 25º 77º 32º 72º 31º
VEN  Venezuela Federación Venezolana de Voleibol 32º 32º - 35º 77º 76º 36º 66º
  • (1) Ranking atualizado em fevereiro de 2020
  • (2) Ranking atualizado em fevereiro de 2020
  • (3) Ranking atualizado em janeiro de 2019
  • (4) Ranking atualizado em janeiro de 2019
  • (5) Ranking atualizado em janeiro de 2019
  • (6) Ranking atualizado em janeiro de 2019
  • (7) Ranking atualizado em janeiro de 2019
  • (8) Ranking atualizado em janeiro de 2019

Hall da Fama do Voleibol[editar | editar código-fonte]

Os seguintes sul-americanos entraram para o Hall da Fama do Voleibol:

Atletas Masculinos[editar | editar código-fonte]

Atletas Femininas[editar | editar código-fonte]

Treinadores[editar | editar código-fonte]

Líderes[editar | editar código-fonte]

Times[editar | editar código-fonte]

Nas últimas décadas, a única federação nacional sul-americana que vem obtendo resultados expressivos em nível mundial é a do Brasil, que mantém desde o final dos anos 70 um intenso e eficiente programa de incentivo à prática e ao desenvolvimento do voleibol, tanto no caso masculino como no feminino.

Com uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul, a Argentina possui tradição no voleibol masculino, apresentando-se como a segunda força no cenário masculino. A Venezuela, que durante muito tempo disputou o status de segunda força sul-americana entre os homens, tem enfrentado problemas internos, dando oportunidade para os novatos da Colômbia e do Chile.

Medalha de prata nas Olimpíadas de 1988, o Peru tinha nos anos 80 o time mais forte de voleibol feminino do continente. Após a aposentadoria das grandes atletas que integravam aquela geração, tais como Natalia Málaga, Rosa García e Gabriela Pérez del Solar, a equipe perdeu boa parte de sua potência de jogo, e permanece nos dias de hoje sem condições efetivas de tomar parte satisfatoriamente em competições internacionais. Atualmente, disputa com a Argentina e a Colômbia o status de segunda força da América do Sul.

Campeonatos[editar | editar código-fonte]

Campeonato Sul-Americano[editar | editar código-fonte]

A Confederação Sul-Americana de Voleibol organiza a cada dois anos campeonatos para várias categorias, entre elas: adultos (masculino e feminino), sub-21 e sub-19 (masculino e feminino). O Brasil é o país com maior êxito em todas as categorias, o Peru destaca-se nas categorias femininas, Argentina e Venezuela nas masculinas.

Os campeonatos adultos, dependendo do ano, podem garantir ao campeão uma vaga na Copa dos Campeões de Voleibol ou aos finalistas duas vagas na Copa do Mundo de Voleibol. Os campeonatos das categorias de base: sub-21, sub-20, sub-19 e sub-18 garantem atualmente três vagas nos respectivos campeonatos mundiais. No ano de 2011 ocorreu a criação de dois novos campeonatos de categoria de base: sub-16 e sub-15, masculino e feminino respectivamente.

Histórico[editar | editar código-fonte]

QUADRO ATUAL DOS CAMPEONATOS SUL-AMERICANOS
Última Edição Categoria Ouro Prata Bronze
2021 Masculino Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do Chile
Chile
2021 Feminino Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Colômbia
Colômbia
Bandeira da Argentina
Argentina
2016 Masculino
Sub-23
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira da Colômbia
Colômbia
2016 Feminino
Sub-23
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Colômbia
Colômbia
Bandeira do Peru
Peru
2022 Masculino
Sub-21
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do Chile
Chile
2022 Feminino
Sub-21
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira da Colômbia
Colômbia
2022 Masculino
Sub-19
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Colômbia
Colômbia
2022 Feminino
Sub-19
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira do Chile
Chile
2013 Masculino
Sub-17
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da Colômbia
Colômbia
2019 Feminino
Sub-16
Bandeira do Chile
Chile
Bandeira do Peru
Peru
Bandeira do Paraguai
Paraguai
2014 Masculino
Sub-15
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do Paraguai
Paraguai
Bandeira do Chile
Chile
2014 Feminino
Sub-14
Bandeira do Peru
Peru
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira da Bolívia
Bolívia

Quadro geral histórico[editar | editar código-fonte]

 Ordem  País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1 Brasil Brasil 134 31 1 166
2 Peru Peru 21 32 28 81
3 Argentina Argentina 17 76 46 139
4 Venezuela Venezuela 1 20 42 63
5 Chile Chile 1 1 24 26
6 Uruguai Uruguai 0 5 7 12
7 Colômbia Colômbia 0 4 19 23
8 Paraguai Paraguai 0 4 6 10
9 Bolívia Bolívia 0 1 1 2

Campeonato Sul-Americano de Clubes

Campeonato Sul-Americano de Clubes de Voleibol Feminino.

Campeonato Sul-Americano de Clubes de Voleibol Masculino.

Copas Pan-Americana[editar | editar código-fonte]

Além dos campeonatos organizados na América do Sul, a CSV, em parceria com a NORCECA, organiza a cada ano competições a fim de promover a chamada União Pan-Americana.

O intuito principal é desenvolver o voleibol em todo o continente, e incentivar os países que possuem dificuldade em investir nas suas seleções. As Copas Pan-Americana são realizadas anualmente e são de grande importância para as seleções que desejam se projetar mundialmente futuramente.

Histórico[editar | editar código-fonte]

QUADRO ATUAL DAS COPAS PAN-AMERICANA
Última edição Categoria Ouro Prata Bronze
2022 Masculino Bandeira de Cuba
Cuba
Bandeira do Canadá
Canadá
Bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos
2022 Feminino Bandeira da República Dominicana
República Dominicana
Bandeira da Colômbia
Colômbia
Bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos
2021 Masculino
Sub-23
Bandeira do México
México
Bandeira de Porto Rico
Porto Rico
Bandeira da República Dominicana
República Dominicana
2021 Feminino
Sub-23
Bandeira da República Dominicana
República Dominicana
Bandeira do México
México
Bandeira de Porto Rico
Porto Rico
2022 Masculino
Sub-21
Bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos
Bandeira do México
México
Bandeira do Canadá
Canadá
2022 Feminino
Sub-21
Bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos
Bandeira da Argentina
Argentina
Bandeira do México
México
2022 Masculino
Sub-19
Bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos
Bandeira do México
México
Bandeira de Porto Rico
Porto Rico
2022 Feminino
Sub-19
Bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos
Bandeira do Brasil
Brasil
Bandeira da República Dominicana
República Dominicana

Quadro Geral Histórico[editar | editar código-fonte]

 Ordem  País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1 Estados Unidos Estados Unidos 17 5 6 28
2 Cuba Cuba 13 4 11 28
3 Brasil Brasil 11 6 1 18
4 República Dominicana República Dominicana 10 15 13 38
5 Argentina Argentina 5 10 6 21
6 México México 3 7 3 13
7 Peru Peru 2 2 1 5
8 Colômbia Colômbia 1 2 2 5
9 Venezuela Venezuela 1 0 1 2
10 Porto Rico Porto Rico 0 6 7 13
11 Canadá Canadá 0 5 8 13
12 Chile Chile 0 1 3 4
13 Guatemala Guatemala 0 0 1 1

Referências

  1. a b c d e f g h i «QUIENES SOMOS». CSV (em espanhol). Consultado em 6 de julho de 2019 
  2. a b c d e f g h «HISTORIA». CSV (em espanhol). Consultado em 6 de julho de 2019 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]