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Condado de Ruão

911 – 996[1]
Localização de Comté de Rouen
Localização de Comté de Rouen
Fronteiras históricas da Normandia, no noroeste da França
Continente Europa
País França
Capital Ruão
Língua oficial Latim medieval
Francês normando
Religião Catolicismo
Governo Monarquia feudal
Conde de Ruão
 • 911–927 Rollo (primeiro)
 • 927-942 Guilherme I
 • 942-996 Ricardo I
História
 • 911 Fundação
 • 996[1] Dissolução

Condado de Ruão foi um feudo medieval viquingue e o precursor do Ducado da Normandia. Em 911 o rei da França Carlos III, mais conhecido como "Carlos, o Simples", fez as pazes com o líder viquingue Rollo no Tratado de Saint-Clair-sur-Epte. O tratado concedeu o condado de Ruão a Rollo. Entre a criação do Concelho e a posterior criação do Ducado da Normandia, muitos viquingues se estabeleceram na região, deixando um legado duradouro na forma do dialeto Cauchois e a composição étnica dos normandos Cauchois.

História[editar | editar código-fonte]

Os viquingues começaram invasões da área no final do século oitavo. Assentamentos escandinavos permanentes foram criados antes de 911, quando o rei Carlos chegou a um acordo rendendo o condado de Ruão a Rollo, líder viquingue. As terras ao redor de Ruão tornaram-se posteriormente o núcleo do Ducado da Normandia.[2] Essa região pode ter sido usada como uma base para ataques escandinavos no final do século X na Inglaterra, contribuindo para a tensão e conflito entre as duas regiões.[3]

Enquanto ataques dinamarqueses na Inglaterra continuaram, os invasores forçaram Etelredo, rei da Inglaterra, a refugiar-se na Normandia em 1013, e rei o dinamarquês Sueno Barba Bifurcada foi reconhecido como o novo rei inglês. Após sua morte no ano seguinte, Etelredo voltou para casa. No entanto, o filho do rei dos dinamarqueses, Canuto, o Grande, contestou esse retorno. O rei dos ingleses morreu inesperadamente em 1016 e Canuto ascendeu ao trono. Sua esposa Ema e seus dois filhos, Eduardo, o Confessor e Alfredo Atelingo, exilaram-se na Normandia. Ema, em seguida, tornou-se a segunda esposa de Canuto.[4]

Após a morte de Canuto, em 1035, o trono inglês foi para Haroldo Pé de Lebre, seu filho com sua primeira esposa, enquanto Hardacanuto, seu filho com Ema, tornou-se rei da Dinamarca. A Inglaterra permaneceu instável conforme Alfredo retornou em 1036 para visitar sua mãe, e, talvez, para desafiar o governo de Haroldo. Uma história implica o conde Goduíno de Wessex na morte de Alfredo, enquanto outra história implica o rei da Inglaterra. Ema foi para o exílio no Flandres até Hardacanuto tornar-se rei após a morte de seu irmão em 1040; seu meio-irmão Eduardo o seguiu à Inglaterra. Eduardo foi proclamado rei após a morte de seu meio-irmão em junho de 1042.[5][nota 1]

Notas

  1. Embora o cronista Guilherme de Poitiers alegou que a sucessão de Eduardo era devido aos esforços do duque Guilherme, isso é altamente improvável, já que o governante da Normandia era naquele tempo praticamente impotente em seu próprio ducado.[1]

Referências

  1. a b Bates 2004.
  2. Collins 2010, pp. 376-377.
  3. Williams 2003, pp. 42-43.
  4. Huscroft 2009, pp. 80-83.
  5. Huscroft 2009, p. 83–85.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]