Cneu Cornélio Dolabela (cônsul em 81 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Cneu Cornélio Dolabela redireciona para cá. Não confundir com seu avô, Cneu Cornélio Dolabela, cônsul em 159 a.C..
Cneu Cornélio Dolabela
Cônsul da República Romana
Consulado 81 a.C.

Cneu Cornélio Dolabela (em latim: Cnaeus Cornelius Dolabella) foi um político da gente Cornélia da República Romana eleito cônsul em 81 a.C. com Marco Túlio Décula, durante a ditadura de Lúcio Cornélio Sula. Era neto de Cneu Cornélio Dolabela, cônsul em 159 a.C., e filho de Cneu Cornélio Dolabela, assassinado em 100 a.C. durante a revolta do tribuno Lúcio Apuleio Saturnino.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Dolabela possivelmente serviu como tribuno militar em 89 a.C.[1] e rapidamente juntou-se ao grupo de seguidores mais próximos de Sula como legado, comandando uma de suas frotas em 83 a.C..[2] No ano seguinte, Dolabela participou da segunda marcha sobre Roma e lutou nas batalhas de Sacriporto e Porta Colina.[3] Como recompensa por sua lealdade, Sula nomeou-o cônsul em 81 a.C., mas seu mandato foi apenas nominal, pois Sula detinha todo o poder em suas mãos.[4]

Em 80 a.C., Dolabela foi nomeado procônsul da Macedônia e ficou no cargo até 78 a.C..[5] No ano seguinte, quando voltou a Roma, recebeu a honra de um triunfo por suas vitórias sobre os trácios,[6] mas, logo em seguida, foi acusado de extorsão durante seu mandato pelo jovem Júlio César e processado.[7] Sua defesa foi conduzida pelos dois maiores oradores da época, Caio Aurélio Cota e Quinto Hortênsio Hórtalo, que conseguiram que ele fosse absolvido.[8][9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Caio Mário, o Jovem

com Cneu Papírio Carbão III

Cneu Cornélio Dolabela
81 a.C.

com Marco Túlio Décula

Sucedido por:
Lúcio Cornélio Sula

com Quinto Cecílio Metelo Pio


Referências

  1. Broughton, pg. 34
  2. Broughton, pg. 63
  3. Broughton, pg. 70
  4. Cícero, De Leg. Agr. II 14; Aulo Gélio, Noites Áticas XV 28; Apiano, De Bellis Civilibus I 100.
  5. Smith, pg. 1058; Broughton, pg. 79
  6. Broughton, pg. 88; Smith, pg. 1058
  7. Smith, pg. 1058
  8. Kamm, Antony, Julius Caesar: A Life, Taylor & Francis, 2006, pg. 33
  9. Paulo Orósio, Histórias V 17; Plutarco, Sulla 28, & c.; Apiano, De Bellis Civilibus I 100; Suetônio, César 4,49, 55; Veleio Patérculo, História Romana II 43; Aurélio Vítor, De Viris Illustribus Romae 78; Valério Máximo, Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis VIII 9 § 3, Cícero, In Pison. 19; Brutus 92; de Leg. Agr. II 14; Tácito, Dialogus de Oratoribus 34; Aulo Gélio, Noites Áticas XV 28; Ascônio, in Scaur. p. 29; In Cornel. p. 73, ed. Orelli.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Broughton, T. Robert S. (1952). The Magistrates of the Roman Republic. Volume II, 99 B.C. - 31 B.C. (em inglês). Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas 
  • Canfora, Luciano (2006). Giulio Cesare. Il dittatore democratico (em italiano). [S.l.]: Laterza. 88-420-8156-6 
  • T. Robert S. Broughton, The Magistrates of the Roman Republic, Vol II (1952). (em inglês)
  • (em alemão) Carolus-Ludovicus Elvers: [I 24] C. Dolabella, Cn.. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 3, Metzler, Stuttgart 1997, ISBN 3-476-01473-8, Pg. 172.