Clotilde de Vaux – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para a escritora francesa, veja Clotilde.
Clotilde de Vaux
Clotilde de Vaux
Nascimento Charlotte Clotilde Joséphine Marie
3 de abril de 1815
Paris
Morte 5 de abril de 1846 (31 anos)
Paris
Sepultamento cemitério do Père-Lachaise, Grave of Vaux
Nacionalidade francesa
Cidadania França
Irmão(ã)(s) Maximilien Marie
Alma mater
  • Maisons d'éducation de la Légion d'honneur
Ocupação escritora
Movimento estético literatura do naturalismo
Religião Religião da Humanidade
Causa da morte tuberculose

Clotilde de Vaux (Paris, 3 de abril de 18155 de abril de 1846) foi uma escritora francesa.

Destacou-se por ser a musa inspiradora de Auguste Comte, cofundadora da Religião da Humanidade.

Charlotte Clotilde Josephine Marie de Ficquelmont de Vaux, filha de Joseph Simon Marie e de Henriette-Joséphine de Ficquelmont, pertencia a uma família nobre.

Desposou Amedée de Vaux em 1835, que a abandonou, fugindo para Bruxelas devido a dívidas de jogo (1839).

Abandonada e sem recursos, impedida pela lei de divorciar-se de modo a contrair novas núpcias, Clotilde publicou, em 1845, a novela "Lucie" — em que a personagem principal vive uma situação semelhante à sua — com o objetivo de sensibilizar a opinião pública, propondo a mudança da lei e a introdução do divórcio na legislação francesa.

Sem conseguir seu intento, ainda nesse ano (1845) e nessas circunstâncias desfavoráveis, conheceu o filósofo Auguste Comte que, posteriormente, consideraria por essa razão o ano de 1845 como "o ano sem par", registrando sobre Clotilde:

"Apenas a ti, minha santa Clotilde, estou reconhecido por não sair desta vida sem ter experimentado as melhores emoções da natureza humana. Um ano incomparável fez surgir espontaneamente o único amor, puro e profundo, que me era destinado. A excelência do ser adorado permite-me, na maturidade, mais favorecida do que a minha juventude, vislumbrar em toda a sua plenitude a verdadeira felicidade humana.".

Os dois apaixonam-se, mantendo um relacionamento espiritual. Clotilde iniciada no positivismo propôs-se a colaborar com o filósofo escrevendo a novela "Wilhelmine".

Tomada pela melancolia de não poder se casar novamente e devido ao agravamento de sua situação financeira, adoeceu vindo a falecer vítima da tuberculose em 1846.

Clotilde de Vaux é considerada a mãe espiritual da Igreja Positivista do Brasil e da Religião da Humanidade.

Obras Principais[editar | editar código-fonte]

  • "Os Pensamentos de uma Flor" (Pensées d’une fleur) - poema.
  • "Infância" - poema.
  • "Lúcia" (Lucie) - novela.
  • "Guilhermina" (Willelmine) - novela.

Máximas de Clotilde de Vaux[editar | editar código-fonte]

  1. É indigno dos grandes corações derramar as perturbações que sentem.
  2. Que prazeres podem exceder aos da dedicação?
  3. Compreendi, melhor do que ninguém, a fraqueza de nossa natureza quando não é dirigida para um alvo elevado que seja inacessível às paixões.
  4. A nossa espécie, mais do que as outras, carece de deveres para fazer sentimentos.
  5. Não há nada irrevogável na vida senão a morte.
  6. Todos temos ainda um pé no ar sobre o limiar da verdade.
  7. Os maus têm, amiúde, mais precisão de piedade do que os bons.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • VALENTIM, Oséias Faustino. O Brasil e o Positivismo. Rio de Janeiro: Publit, 2010. ISBN 9788577733316
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