Cinema da Itália – Wikipédia, a enciclopédia livre

Na Itália, o cinema foi muito popular dos anos 50 aos anos 70. Ao longo dos anos 70, a Itália fazia muitas comédias populares, e o Brasil fazia a comédia pornochanchada.

O gênero de comédia popular na Itália era hegemônico, derrotando até mesmo os filmes de Hollywood. Nesta mesma época, o mercado local foi despencando a medida que o gosto e os olhos do público se voltavam para Hollywood. Nas duas decadas seguintes, 80 e 90, o cinema italiano praticamente desapareceu, restringindo seu cardápio a filmes de arte. Ettore Scola com muita paixão levava o cinema italiano para os festivais internacionais, mas não conseguia atingir o mercado doméstico.

Nos anos mais recentes, o cinema italiano começa a ter novamente seus campeões de bilheteria, filmes populares, nacionais, que atualmente lotam as salas italianas.

História[editar | editar código-fonte]

Federico Fellini, um dos maiores diretores de cinema da história.[1]
Entrada do Cinecittà em Roma, o maior estúdio de filme da Europa
O Festival de Cinema de Veneza é o festival de cinema mais antigo do mundo e um dos "Três Grandes", ao lado de Cannes e Berlim.[2][3]

A história do cinema italiano começa alguns meses depois dos Irmãos Lumière fazerem as primeiras exibições de filmes. O primeiro filme italiano tinha apenas alguns segundos, mostrando o Papa Leão XIII dando uma bênção a câmera. A indústria de filmes italianos nasceu entre 1903 e 1908 com três empresas: a Società Italiana Cines, a Ambrosio Film e a Itala Film. Outras empresas logo as seguiram em Milão e Nápoles. Em pouco tempo essas primeiras empresas atingiram bons níveis de qualidade em suas produções e seus filmes logo foram vendidos fora da Itália. O cinema foi depois usado por Benito Mussolini, que fundou o renomado estúdio Cinecittà em Roma, para a produção de propaganda fascista até a Segunda Guerra Mundial.[4]

Depois da Guerra, filmes italianos foram amplamente reconhecidos e exportados até um declínio artístico por volta dos anos 1980. Notáveis diretores de filmes italianos incluem Vittorio De Sica, Federico Fellini, Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni e Roberto Rossellini; Alguns dos quais são reconhecidos entre os maiores e mais influentes produtores de filmes de todos os tempos.[5][6][7] Dentre os filmes, incluem-se tesouros do cinema mundial como Ladri di biciclette, La dolce vita, , Il buono, il brutto, il cattivo e C'era una volta il West. Entre meados da década de 1940 e início dos anos 1950 foi o apogeu dos filmes neorrealistas italianos, refletindo as condições pobres da Itália do pós-guerra.[8][9]

Conforme o país se tornava mais próspero nos anos 1950, uma forma de neorrealismo conhecido como neorrealismo pink se sucedeu, e outros gêneros de filmes, como o Musicarello, o peplum e Spaghetti western foram populares nas décadas de 1960 e 1970. Atrizes como Sophia Loren, Giulietta Masina e Gina Lollobrigida alcançaram estrelato internacional durante esse período. Suspenses eróticos italianos, ou giallos, produzidos por diretores como Mario Bava e Dario Argento nos anos 1970 também influenciaram o gênero do horror mundialmente. Em anos recentes, as produções italianas tem recebido atenção internacional apenas ocasionalmente com filmes como A Vida é Bela dirigida por Roberto Benigni, Il Postino com Massimo Troisi e A Grande Beleza dirigida por Paolo Sorrentino.[10]

O já mencionado estúdio Cinecittà é hoje a maior instalação de produção de filmes e programas televisivos na Europa Continental e o centro do cinema italiano, onde os filmes com os maiores orçamentos são filmados e uma das maiores comunidades produtoras de filmes no mundo. Nos anos 1950, o número de produções internacional sendo feitas lá levaram Roma a ser apelidada de "Hollywood do Tibre". Mais de 3 000 produções foram feitas na sua porção, das quais 90 receberam uma nomeação da Academy Award e 47 delas ganharam, do cinema clássico a filmes premiados mais recentes (Ben-Hur, Romeu e Julieta, O Paciente Inglês, Gladiador, A Paixão de Cristo, e Gangs of New York).[11][10]

A Itália é o país mais laureado na Academy Awards para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com 14 prêmios ganhos, 3 premiações no Oscar Honorário e 31 nomeações para o Oscar. Por volta de 2016, filmes italianos já haviam vencido 12 Palmas de Ouro (o segundo país com mais prêmios), 11 Leões de Ouro e 7 Ursos de ouro.[10]

Principais diretores[editar | editar código-fonte]

Principais atores[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «The 25 Most Influential Directors of All Time». MovieMaker Magazine 
  2. Anderson, Ariston. «Venice: David Gordon Green's 'Manglehorn,' Abel Ferrara's 'Pasolini' in Competition Lineup». The Hollywood Reporter. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2016 
  3. «Addio, Lido: Last Postcards from the Venice Film Festival». TIME. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2014 
  4. «The Cinema Under Mussolini». Ccat.sas.upenn.edu. Consultado em 30 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 31 de julho de 2010 
  5. Ebert, Roger. «The Bicycle Thief / Bicycle Thieves (1949)». Chicago Sun-Times. Consultado em 8 de setembro de 2011. Cópia arquivada em 20 de julho de 2010 
  6. «The 25 Most Influential Directors of All Time». MovieMaker Magazine. Cópia arquivada em 11 de dezembro de 2015 
  7. «10 Most Influential Directors Of All Time». WhatCulture.com. Cópia arquivada em 21 de novembro de 2015 
  8. «Historical origins of italian neorealism – Neorealism – actor, actress, film, children, voice, show, born, director, son, cinema, scene». Filmreference.com. Consultado em 7 de setembro de 2011. Cópia arquivada em 14 de maio de 2012 
  9. «Italian Neorealism – Explore – The Criterion Collection». Criterion.com. Consultado em 7 de setembro de 2011. Cópia arquivada em 18 de setembro de 2011 
  10. a b c Enciclopédia Britânica (ed.). «The arts». Consultado em 29 de maio de 2018 
  11. Bondanella, Peter E. (2001). Italian Cinema: From Neorealism to the Present (em inglês). [S.l.]: Continuum. p. 13. ISBN 9780826412478 
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