Chico Anysio Show – Wikipédia, a enciclopédia livre

Chico Anysio Show
Chico Anysio Show
Logotipo usado de 1982 a 1983
Informação geral
Formato sitcom
Gênero Humorístico
Criador(es) Chico Anysio
Elenco Chico Anysio e grande elenco
País de origem  Brasil
Idioma original português
Produção
Diretor(es) Chico Anysio
Geraldo Thomé
Exibição
Emissora original Brasil TV Rio (1960-1963)
Brasil Rede Globo (1982-1990)
Transmissão original 1° fase: 1960 - 1964
2° fase: 4 de março de 1982 - 2 de agosto de 1990

Chico Anysio Show foi um programa de televisão brasileiro criado pelo humorista Chico Anysio[1], produzido primeiramente pela TV Rio e dirigido pelo próprio Chico e por Geraldo Thomé a partir de 1960, onde foi exibido até 1964, com tipos famosos como o barman fanho "Qüem-Qüem", o "Dr. Alfacinha", o "Urubolino", o "Coronel Limoeiro" e outros mais.[2]

Foi o primeiro programa humorístico da televisão brasileira a usar o videoteipe, já em 1960, permitindo que Chico Anysio contracenasse com ele mesmo, quando fazia mais de um personagem. O recurso do videoteipe, distante da atual tecnologia de computação gráfica, se dava com um personagem aparecendo ao lado de um dublê, numa tomada, enquanto que, em outra tomada, o outro personagem é que aparecia, enquanto o anterior é que era representado pelo dublê.

Na fase TV Rio, o programa teve redação de Antônio Maria, Aloísio Silva Araújo e Max Nunes. Revelou vários comediantes como: Rose Rondelli, Lupe Gigliotti, Carmem Verônica, Nancy Wanderley, Arnaud Rodrigues, João Loredo e vários outros. Na década de 80, a Rede Globo trouxe de volta o programa. Lançou vários redatores: Gilberto Garcia, Mário Tupinambá, Ricardo Garcia entre outros.

A estrutura do programa é conhecida: vários quadros, apresentando os diferentes tipos do humorista.

Rede Globo[editar | editar código-fonte]

Na Rede Globo, o Chico Anysio Show foi produzido e exibido entre 1982 e 1990, indo ao ar nas noites de quinta-feira logo após a novela das oito. A direção, o elenco, os redatores e a equipe de produção variaram a cada temporada. O título Chico Anysio Show foi retomado após o fim do clássico Chico City, em 1980, depois de quase dez anos, e do mensal Chico Total, levado ao ar na temporada de 1981.

Personagens[editar | editar código-fonte]

Alguns dos personagens apresentados no programa:

  • Haroldo; um cidadão gay que queria ser heterossexual, mas no final sempre voltava pro outro "lado"
  • Bento Carneiro, o Vampiro Brasileiro; um dos personagens mais famosos. Era um vampiro que sempre se dava mal em suas tentativas de obter sangue. Era conhecido por seu bordão "Minha Vingança será malígrina!". O personagem também era utilizado para fazer críticas ao país, sempre citando o fato de ser brasileiro para explicar seus fracassos;
  • Bixiga;
  • Bruce Kane;
  • Coalhada; sátira aos jogadores de futebol;
  • Jesuíno, o Profeta; era com este personagem que Chico Anysio encerrava os programas, objetivando, com um tom mais sério, passar uma mensagem de paz aos telespectadores;
  • Mariano; colunista e dono de salão de beleza, sempre debochava das mulheres que frequentavam seu salão
  • Marmo Carrara; delegado guei que tinha um caso com o inspetor da delegacia
  • Meinha;
  • Nazareno; personagem extremamente famoso pelo seu bordão "CA-LA-DA!!" que dirigia à sua horrenda esposa. Caracterizado como um homem alcoólatra e muito machista;
  • Neyde Taubaté;
  • Nico Bondade; típico aposentado que para sobreviver sempre procurava emprego para ajudar em sua renda, sempre se dava mal e nunca reclamava
  • Painho;
  • Professor Raimundo; típico professor famoso pelo seu bordão "E o Salário ó!!", que não aguenta os peraltices de seus alunos, que sempre levam nota 0 do professor. É um personagem que posteriormente ganhou um programa próprio, a Escolinha do Professor Raimundo;
  • Salomé de Passo Fundo; personagem utilizado por Chico Anysio para satirizar a ditadura militar: aparecia somente ao telefone supostamente conversando com o então presidente João Figueiredo, a quem se referia como "João Batista" (os dois primeiros nomes de Figueiredo). Inventava apelidos para ministros e outras personalidades do governo, como o "Japonesinho do Geisel" (em referência ao ex-Ministro das Minas e Energia, Shigeaki Ueki). Chico Anysio chegou até a fazer uma apresentação especial interpretando Salomé para o presidente Figueiredo no Palácio do Planalto;
  • Santelmo;
  • Seu Jaime;
  • Tavares; assim como Nazareno, também era um personagem alcoólatra e grosseiro. Sempre aparecia com um copo de uísque na mão e se dirigia à mulher, rica, feia e bem mais velha, vivida por Zezé Macedo, como "Biscoito";
  • Tim Tones; famoso personagem que satirizava pastores de igrejas que só visavam ao dinheiro, seu nome é baseado em Jim Jones. É lembrado por seu bordão "vamos passar a sacolinha" e pela sua canção-tema;
  • Teteu;

Referências