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Cerco de Cádis
Guerra Peninsular

Cerco de Cádis
Data 5 de Fevereiro de 1810 – 24 de Agosto de 1812
Local Cádis, Espanha
Desfecho Vitória Aliada[1]
Proclamação da Constituição Espanhola de 1812[2]
Beligerantes
 Espanha
Reino Unido Reino Unido
Portugal
Primeiro Império Francês
Comandantes
Espanha Manuel La Peña
Espanha José de Zayas
Espanha José María de la Cueva
Reino Unido Thomas Graham
Claude Victor-Perrin
Nicolas Jean de Dieu Soult
Forças
Forças Aliadas
  • 17 000–18 000 espanhóis
  • 3 000–4 000 britânicos
  • 1 700 portugueses
  • 16 navios de guerra
Forças Francesas
  • 60 000–70 000
  • 30–35 navios de guerra
Baixas
896 mortos
3 706 feridos[3]
4 500–5 500 mortos ou feridos[4]
30 navios afundados ou destruídos[5]

O Cerco de Cádis foi um cerco à base naval espanhola de Cádis[6] pelo exército francês, entre 5 de Fevereiro de 1810 e 24 de Agosto de 1812,[7] durante a Guerra Peninsular. Na sequência da ocupação de Madrid em 23 de Março de 1808, Cádis passou a ser o centro do poder espanhol,[8] tornando-se o alvo de 70 000 homens do exército francês, sob o comando dos Marechais Claude Victor-Perrin e Nicolas Jean de Dieu Soult, para um dos mais importantes cercos da guerra.[9] A defender a cidade de Cádis estavam 2 000 soldados espanhóis, número que aumentou 10 000 com o apoio das tropas britânicas e portuguesas.

Durante o cerco, que durou dois anos e meio, o governo das Cortes Generales em Cádis (as Cortes de Cádiz) criou uma nova constituição que reduzia o poder da monarquia; no entanto, esta constituição seria revogada por Fernando VII de Espanha após o seu regresso.[10]

Em Outubro de 1810, uma força mista Anglo-Espanhola participou na Batalha de Fuengirola, tendo sido derrotada. Uma nova tentativa foi feita em Tarifa em 1811. No entanto, embora tivessem derrotado uma força avançada francesa de 15 000–20 000 liderada por Claude Victor-Perrin, na Batalha de Barrosa, o cerco não foi levantado.

Em 1812, a Batalha de Salamanca forçou as forças francesas a retirar da Andaluzia, com receio de serem bloqueados pelas forças aliadas.[11] A derrota em Cádis contribuiu, de forma decisiva, para a libertação de Espanha da ocupação francesa devido ao governo espanhol e à utilização de Cádis como ponto de partida das forças aliadas.[1]

Referências

  1. a b Rasor p. 148.
  2. Payne p. 432.
  3. Clodfelter p. 174.
  4. Napier p. 100.
  5. Southey p. 68.
  6. «The Spanish Ulcer: Napoleon, Britain, and the Siege of Cádiz». Humanities, January/February 2010, Volume 31/Number 1. Consultado em 5 de julho de 2010 
  7. Fremont-Barnes p. 12–13.
  8. Russell p. 433.
  9. Fremont-Barnes p. 26.
  10. Noble p. 30.
  11. Napoleonic Guide Cadiz 5 February, 1810 – 24 August, 1812 retrieved July 21, 2007.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Monumento em Cádis às Côrtes e à constituição criada durante o cerco.
  • Burke, Edmund The Annual Register, 1825
  • Clay, Henry Papers of Henry Clay: Presidential Candidate, 1821–1824, published 1963 ISBN 978-0-8131-0053-1
  • Clodfelter, Michael Warfare and Armed Conflicts: A Statistical Reference to Casualty and Other Figures, 1500–2000, 2002 ISBN 978-0-7864-1204-4
  • Fremont-Barnes, Gregory The Napoleonic Wars: The Peninsular War 1807–1814, 2002 ISBN 978-1-84176-370-5
  • Napier, William Francis P. History of the war in the Peninsula, and in the south of France from 1807 to 1814, 1840
  • Noble, John Andalucía, 2007 ISBN 978-1-74059-973-3
  • Payne, Stanley G. A History of Spain and Portugal: Eighteenth Century to Franco. Volume 2. Madison: University of Wisconsin Press 1973.
  • Rasor, Eugene L. British Naval History to 1815: A Guide to the Literature, 2004 ISBN 978-0-313-30547-4
  • Russell, William The History of Modern Europe, 1837
  • Southey, Robert History of the Peninsular War, 1837

Ligações externas[editar | editar código-fonte]