Centro de Operações Rio – Wikipédia, a enciclopédia livre

Prédio do COR
Sala de controle do COR, funciona 24h por dia, 7 dias na semana

O Centro de Operações Rio (COR) é uma instalação pública do município do Rio de Janeiro, que é considerado o quartel-general[1] das equipes operacionais da prefeitura, onde reúnem-se aproximadamente 30 órgãos públicos, entre secretarias municipais e estaduais, além concessionárias de serviços públicos.[2][3][4] O Centro de Operações é o responsável por monitorar e otimizar o funcionamento da cidade diariamente, prevendo e gerenciando, por exemplo, as condições meteorológicas, deslizamentos, enchentes, acidentes, entre outras situações.[5]

História[editar | editar código-fonte]

O Centro de Operações foi inaugurado em dezembro de 2010, na gestão de Eduardo Paes.[6] A motivação para sua criação partiu das fortes chuvas de abril de 2010, que provocaram diversas mortes na cidade.[7]

Inicialmente, as áreas administrativas, asseio e tecnologia eram gerenciadas pela empresa Facility, à época pertencente ao empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, o "Rei Arthur", que mais tarde viria a ser acusado de repassar 1,5 milhão de dólares ao filho de um integrante do COI, três dias antes da eleição da cidade que sediaria os Jogos Olímpicos de 2016. Em 2014, a Facility foi vendida para um grupo de investidores e a empresa passou a se chamar Grupo Prol.

Em 2015, já em fim de contrato com a Prefeitura do Rio, o Grupo Prol, após diversas inconsistências contratuais internas, como atraso salarial e o não repasse das parcelas de INSS e de FGTS dos funcionários, teve seu contrato rescindido. Em seu lugar, numa contratação emergencial, entrou a Masan, principal fornecedora de alimentos do Estado do Rio de Janeiro. O contrato emergencial se deu por conta de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Município na licitação que acontecera anteriormente.

A Masan permaneceu gerenciando a parte administrativa do COR até o término da fase recursal. Após os recursos, o Consórcio Operação COR RIO foi declarado vencedor do certame. O consórcio, formado por três empresas - incluindo a própria Masan, que hoje se chama Agile Corp - permanece no COR até os dias atuais.

Em maio de 2017, o Centro de Operações Rio foi tema da exposição sobre cidades inteligentes , exibida na galeria de arte Storefront Arts and Architeture, em Nova Iorque.[8] A exposição, em 2015, também foi exibida em Roterdã, na Holanda, fazendo parte de uma serie de eventos sobre as Olimpíadas, organizados pelo instituto holandês Het Nieuwe. Os curadores são profissionais da Universidade de Columbia que estiveram no COR em 2015 e 2016.

Com a eleição do Prefeito Marcelo Crivella, em 2016, diversos contratos da prefeitura do Rio de Janeiro sofreram cortes de 25%, determinados pelo novo chefe do Poder Executivo carioca. A medida gerou impactos no órgão de gerenciamento de crises, que se viu obrigado a fechar o restaurante que funcionava em suas dependências, que atendia mais de 150 colaboradores, que se revezavam em turnos, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, a diminuição da verba ocasionou em demissões localizadas com o intuito de equilibrar as contas do órgão ao novo orçamento.

Já em 2017, veio uma grande mudança na estrutura do órgão. Apesar de o Centro de Operações ter sido concebido para funcionar como um centro de gerenciamento de crises, antecipando-se a desastres naturais, prezando pela mobilidade urbana e reunindo os principais órgãos do município e do estado com o intuito de oferecer uma resposta rápida aos acontecimentos, a nova gestão tirou o COR da Secretaria de Conservação e o realocou na Secretaria de Ordem Pública, tendo como secretário o Coronel Paulo César Amêndola. A partir daí, o prédio foi se transformando numa espécie de quartel-general da Guarda Municipal, perdendo sua essência e se deslocando cada vez mais para a função de segurança pública.


Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]