CDS – Partido Popular – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para o CDS espanhol, veja Centro Democrático e Social (Espanha). Para outros usos de Partido Popular, veja Partido Popular.
CDS – Partido Popular
Partido do Centro Democrático Social
Partido Popular
CDS – Partido Popular
Presidente Nuno Melo
Vice-presidente Telmo Correia;
Álvaro Castelo-Branco;
Ana Birrento;
Diogo Moura;
João Fernandes;
Maria Luísa Aldim;
Paulo Núncio.
Secretário-geral Pedro Morais Soares[1]
Porta-voz Isabel Galriça Neto[1]
Fundadores Diogo Freitas do Amaral;
Adelino Amaro da Costa;
Basílio Horta;
Vítor Sá Machado;
João Morais Leitão;
João Porto;
Valentim Xavier Pintado
Vogais António Marinho;
Catarina Araújo;
Duarte Correia;
Durval Ferreira;
Francisco Kreye.
Fundação 19 de julho de 1974
Sede Santa Maria Maior, Lisboa
Ideologia Democracia cristã[2]
Conservadorismo[2]
Liberalismo económico
Espectro político Direita [3][4]
Publicação Folha CDS[5]
Ala de juventude presente: Juventude Popular (JP)
anteriormente: Juventude Centrista (JC)
Membros (2018) 38 455[6]
País Portugal
Afiliação internacional União Democrática Internacional[7]
Afiliação europeia Partido Popular Europeu[8]
Grupo no Parlamento Europeu Grupo do Partido Popular Europeu[8]
Assembleia da República
2 / 230
Parlamento Europeu
1 / 21
Assembleia Legislativa da Madeira
3 / 47
Assembleia Legislativa dos Açores
3 / 57
Presidentes de Câmaras Municipais
6 / 308
Vereadores Municipais
256 / 2 086
Cores Azul
Hino "Para a Voz de Portugal ser Maior"[9]
Sigla CDS-PP
Símbolo eleitoral
Bandeira do partido
Página oficial
www.cds.pt

CDS é a sigla de Centro Democrático Social, o primeiro nome do partido.

O CDS – Partido Popular (CDS–PP)[10][11][12] é um partido político português conservador[2] inspirado pela democracia cristã,[2] aberto também a liberais. Fundado em 19 de Julho de 1974, com o nome Partido do Centro Democrático Social (CDS), por Diogo Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa, Basílio Horta, Victor Sá Machado, Valentim Xavier Pintado, João Morais Leitão e João Porto.[13] Mais tarde, mudaria o nome apenas para Partido Popular (mantendo a sigla CDS–PP), e depois para a denominação utilizada presentemente.

O CDS integrou diversos governos, sempre em coligação: quando dirigido por Diogo Freitas do Amaral coligou-se com o PS de Mário Soares (II); com o PSD, de Francisco Sá Carneiro, e o PPM, de Gonçalo Ribeiro Telles, constituindo a Aliança Democrática (VI e VII); sob a liderança de Paulo Portas, novamente com o PSD, após as eleições legislativas de 2002 (XV, com José Durão Barroso, e XVI com Pedro Santana Lopes) e, mais recentemente, com o PSD de Pedro Passos Coelho, na sequência das eleições legislativas de 2011 e 2015 (XIX e XX governos, respetivamente).

O partido é membro da União Internacional Democrata[14] e do Partido Popular Europeu. O CDS–PP tem algumas organizações autónomas que perfilham os seus ideais políticos. Entre elas, a Juventude Popular e a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos (FTDC).

Nas eleições legislativas de 2005 foram eleitos pelas suas listas 12 deputados. O resultado foi considerado fraco pelo líder do partido, Paulo Portas, que apresentou a sua demissão nesse dia mas que viria depois a ser de novo o presidente. Nas eleições legislativas de 2009, foram eleitos pelas suas listas 21 deputados. Este resultado foi considerado uma grande vitória pelo CDS–PP, que se tornou assim na terceira força política na Assembleia da República (AR).[15] Com as eleições legislativas de 2011, o CDS-PP conseguiu reforçar a sua força parlamentar, passando de 21 para 24 deputados, resultado de aumento percentual dos votos de 10,4% para 11,7%. Nas eleições de 2015 o CDS-PP concorreu coligado com o PSD (coligação Portugal à Frente), tendo elegido 18 deputados. Nas eleições legislativas de 2019, o CDS-PP perdeu 13 deputados, sendo reduzido a 5 deputados e atingindo 4,25% dos votos. Nas eleições legislativas de 2022, o CDS-PP não elegeu qualquer deputado à Assembleia da República, obtendo apenas 1,61% dos votos, no que foi o pior resultado eleitoral da sua história, e perdendo assim a representação parlamentar que tinha desde 1975.[16] Recuperou a representação parlamentar, elegendo em 2024 dois deputados, ao concorrer coligado, na Aliança Democrática, com o Partido Social Democrata e o Partido Popular Monárquico.

Base de apoio[editar | editar código-fonte]

Largo Adelino Amaro da Costa, sede do partido.

O eleitorado do CDS-PP é bastante diverso. O partido agrega um maior apoio local no norte do país (em especial em distritos como Aveiro, Viseu e Viana do Castelo). Nas primeiras eleições legislativas em democracia, em 1976, o CDS obteve cerca de 16% dos votos, tendo registado resultados francamente melhores no norte do país, e conseguido chegar a primeira força política no distrito da Guarda (com 32% dos votos). Por outro lado, a sua expressão eleitoral é tradicionalmente mais reduzida a sul do Tejo, em particular no Alentejo.

Ao longo do tempo, o CDS sofreu muitas vezes da transferência de voto para o PSD (o chamado "voto útil"). Este fenómeno foi observável em 1987, com as eleições legislativas e europeias realizadas simultaneamente, tendo o CDS–PP registado um resultado inferior a 5% nas legislativas, e de aproximadamente 15% nas eleições europeias.

O partido, autonomamente, tem uma reduzida expressão autárquica (seis câmaras municipais), no entanto participa em coligação (usualmente com o Partido Social Democrata) na governação de dezassete autarquias. Neste momento, o partido faz também parte dos governos regionais dos Açores e da Madeira, em coligação com o PSD.

A sua base de apoio integra tanto cidadãos da direita conservadora, democratas-cristãos e liberais.

História[editar | editar código-fonte]

A fundação[editar | editar código-fonte]

O Partido do Centro Democrático Social (CDS) foi fundado em 19 de julho de 1974, fruto de uma iniciativa dos mais prudentes membros do Estado Novo, de direita, que preferiram "jogar pelo seguro usando uma identidade centrista". Estes membros eram elementos jurídicos e tecnocráticos da ditadura derrubada pela Revolução de 25 de Abril de 1974, ditadura com qual estavam menos comprometidos.[17] O partido assumiu-se "contra o Marxismo, moderado e aberto às correntes de catolicismo social e conservadorismo liberal". Apesar de estar à direita do PPD/PSD, ambos eram bem recebidos por muitos apoiantes do Estado Novo; e o partido teve como bases os católicos, conservadores, e liberais desse regime.[18]

Em relação ao posicionamento, o CDS negou sempre ser de direita, e colocavam-se, em vez disso, no centro, fixado no personalismo católico e no catolicismo social. A posição bispal, onde a Igreja Católica aprovava a participação dos seus seguidores em partidos políticos, mas não se dispunha a apoiar partidos confessionais, levou em parte à adoção do nome "social democracia" em vez de "democracia cristã", este último mais conservador.[18] Durante o Processo Revolucionário em Curso, o CDS, mantendo uma posição cautelosa, rejeitou ser um partido de direita, e, em simultâneo, demonstrou cuidado em manter o seu eleitorado conservador, incluindo o de extrema-direita, boicotando qualquer coisa que pudesse ser uma ameaça para o seu domínio sobre estes. A estratégia funcionou, e o CDS, não só evadiu a repressão das forças revolucionários, até nos momentos mais intensos, como se cimentou na direita da Assembleia da República, sem ser marginalizado na extrema-direita.[18]

Diogo Freitas do Amaral foi o primeiro líder do CDS, partido que acabou por abandonar mais tarde.

Entre os seus principais fundadores estão Diogo Freitas do Amaral, Victor Sá Machado e Adelino Amaro da Costa.

A oposição à convocação da «maioria silenciosa» planeada para 28 de Setembro contribuíram para o CDS sobreviver, ao contrário de grupos direitistas, como o Partido do Progresso (MFP/PP) e o Partido Liberal.[19] No dia 13 de Janeiro de 1975, os responsáveis do CDS entregaram no Supremo Tribunal de Justiça a documentação necessária à legalização do partido. O primeiro congresso foi a 25 de Janeiro de 1975 no Palácio de Cristal, no Porto. Foi nesse mesmo congresso que o cerco por militantes de extrema-esquerda marcou um dos episódios de maior confronto da vida política da democracia portuguesa e, apesar do qual, prosseguiu. O CDS é, juntamente com o PS e o PSD, uma das forças políticas a quem se credita o esforço da estabilização política após o PREC com obtenção de uma democracia liberal em oposição aos intentos alegadamente totalitários de parte das forças políticas revolucionárias neste conturbado período. Não obstante isto, são várias as acusações e alegadas implicações de notáveis do partido, no período do PREC, que terão contribuído para o contra-ataque às ofensas que as sedes do partido sofriam no Sul com recurso a movimentos populares, em especial no Norte, para a defesa de propriedades privadas, tendo por vezes recorrido para tal a vandalização e instigação de sedes de movimentos políticos de esquerda nesta região.

Primeiros anos de oposição[editar | editar código-fonte]

Depois de 11 de Março de 1975, o regime que então tentava dominar o país definiu como principais vetores as questões sociais, a intervenção na economia e a tutela militar. Tudo isto, somado ao COPCON (organização militar criada em 1974) e ao questionamento dos modelos democráticos ocidentais, levou o CDS a declarar-se partido de oposição. Os seus 16 deputados votaram sozinhos contra a Constituição de 1976, no dia 2 de Abril, também pelo facto de esta incluir no seu preâmbulo que Portugal é um país "a caminho do socialismo", frase que ainda contém.[20]

Nas eleições de 1976, o CDS conseguiu os seus objetivos ao ultrapassar o PCP e conseguir eleger 42 deputados.

Governo PS–CDS[editar | editar código-fonte]

O CDS chegou pela primeira vez ao poder em aliança parlamentar com o Partido Socialista. O II Governo Constitucional tomou posse a 23 de Janeiro de 1978, e incluía três ministros do CDS: Rui Pena (Reforma Administrativa), Sá Machado (Negócios Estrangeiros) e Basílio Horta (Comércio e Turismo), além de cinco secretários de Estado. Terminou o seu mandato a 29 de Agosto de 1978.

A Aliança Democrática (AD)[editar | editar código-fonte]

Adelino Amaro da Costa, um dos fundadores do CDS e Ministro da Defesa da AD, faleceu no desastre de Camarate

Em 1979 o partido propôs a criação de uma frente eleitoral ao Partido Social-Democrata e ao Partido Popular Monárquico. Essa proposta deu origem à Aliança Democrática, conhecida por AD, que, liderada por Francisco Sá Carneiro (PSD), venceu as eleições legislativas de 1979 e de 1980.

Nos governos da AD o CDS foi representado por cinco ministros e dez secretários de estado, tendo o presidente do partido, Diogo Freitas do Amaral, sido nomeado vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros (mais tarde, vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa Nacional).

Na noite de 4 de Dezembro de 1980, o primeiro-ministro de Portugal, Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, Snu Abecassis, Maria Manuel Amaro da Costa, António Patrício Gouveia e os pilotos Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa morreram num trágico despenhamento de avião em Camarate. Oficialmente tratou-se de um acidente, no entanto há muitos que ainda hoje suspeitam de atentado, tendo o assunto ficado conhecido como Caso Camarate.

Assim, o presidente do CDS, Freitas do Amaral, foi chefe de governo interino (como vice-primeiro-ministro) até à nomeação de um novo governo, desta vez, liderado por Francisco Pinto Balsemão. O VII Governo Constitucional tomou posse a 9 de Janeiro de 1981 e terminou o seu mandato a 4 de Setembro do mesmo ano, seguindo-se o VIII Governo Constitucional, liderado novamente por Pinto Balsemão, e que terminou o seu mandato a 9 de Junho de 1983, após Freitas do Amaral, depois de desentendimentos no seio da AD, se ter demitido do Governo e da presidência do partido, acabando assim com a coligação.

Uma oposição de vinte anos: 1982–2002[editar | editar código-fonte]

Francisco Lucas Pires liderou o CDS entre 1983 e 1985

Após a desintegração da AD, no fim de 1982, e depois da demissão de Freitas do Amaral, o partido procurava novo líder e novas estratégias. No V Congresso do partido, em Fevereiro de 1983, Francisco Lucas Pires saiu vitorioso, concorrendo contra Luís Barbosa.

Face aos fracos resultados eleitorais de 6 de Outubro de 1985, o líder do partido, Lucas Pires, apresentou a sua demissão. O seu sucessor foi o professor Adriano Moreira, que, confrontado com novos resultados negativos, decidiu não se recandidatar. Assim, o fundador Freitas do Amaral voltou à presidência em plena era cavaquista, em que o partido estava reduzido a 4 (mais tarde 5) deputados. Manter-se-ia no cargo até 1992.

Em 1992 uma nova geração tomou conta do CDS. Em Março, no X Congresso do partido, foi eleito o ex-presidente da Juventude Centrista, Manuel Monteiro. Um ano depois, um congresso extraordinário adiciona a expressão "Partido Popular" ao nome do partido.[21] A denominação atual foi fixada no XIII Congresso, em Fevereiro de 1995.[22]

Nas legislativas de 1995 o CDS–PP apresenta uma recuperação eleitoral, conseguindo eleger 15 deputados. No entanto, em 1997, após fracasso eleitoral nas autárquicas, Manuel Monteiro apresenta a sua demissão, sendo convocado o XVI Congresso em Braga, em que Paulo Portas sai vencedor após derrotar Maria José Nogueira Pinto. Paulo Portas propôs a reconciliação dentro do partido e um regresso à matriz democrata-cristã. Nas legislativas de 1999, o CDS–PP consegue manter o seu grupo parlamentar de 15 deputados.

Após grande derrota eleitoral nas autárquicas de 2001, o então primeiro-ministro socialista António Guterres apresentou a sua demissão, dando lugar a novas eleições.

Paulo Portas foi o líder de maior longevidade no CDS-PP

A Coligação Democrática[editar | editar código-fonte]

O PSD venceu as eleições legislativas de 2002 com maioria relativa. Dadas as circunstâncias, vinte anos depois voltou a celebrar um acordo de coligação para governar Portugal. No novo governo, o CDS–PP teve direito a três ministérios: Paulo Portas na Defesa Nacional, Bagão Félix como ministro do Trabalho e Celeste Cardona sobraçando a pasta da Justiça.

No Verão de 2004, Durão Barroso foi presidir à Comissão Europeia, tendo o presidente da República Jorge Sampaio nomeado um novo governo PSD/CDS–PP, agora liderado por Pedro Santana Lopes. O novo governo gozou de fraca popularidade e, após quatro meses, o presidente da República dissolveu a Assembleia da República que apoiava em maioria o governo. Novas eleições foram convocadas para fevereiro de 2005.

Legislativas de 2005[editar | editar código-fonte]

O CDS-PP partia sozinho e com grandes expectativas para as eleições legislativas. Esperando beneficiar do resultado da governação dos seus ministros e da sua participação nos governos de coligação, o partido lançou-se para metas ambiciosas: Manter-se como terceira força política, impedir a maioria absoluta do PS e atingir os 10% dos votos expressos. Todos os objetivos falharam, tendo o CDS-PP perdido dois deputados. Isto, aliado à grande derrota do PSD, levou Paulo Portas a demitir-se e a convocar novo congresso.

"Portugal 2009"[editar | editar código-fonte]

Convocado novo congresso, os candidatos tardaram em aparecer. Surgiram então dois candidatos: Telmo Correia e José Ribeiro e Castro. O primeiro era visto como claro favorito,[carece de fontes?] representando a linha da continuidade de Paulo Portas. Apesar do favoritismo inicial, Ribeiro e Castro conquistou surpreendentemente o congresso, tendo a sua moção, "2009", saído eleita. No dia seguinte Ribeiro e Castro foi eleito presidente do CDS.

Oposição e instabilidade interna: 2005–2007[editar | editar código-fonte]

Comício do CDS–PP em Janeiro de 2005, no Europarque, Santa Maria da Feira, com mais de 5 000 pessoas.

A surpreendente vitória de José Ribeiro e Castro, após a saída de Paulo Portas, não agradou a muitos elementos do partido, levando a um período de crescente instabilidade interna. José Ribeiro e Castro foi reeleito nas primeiras eleições diretas do partido, e, mais tarde, reeleito em Congresso, contra João Pinho de Almeida, então presidente da Juventude Popular.

O facto de o grupo parlamentar, escolhido pelo anterior presidente, Paulo Portas, não integrar o novo presidente do partido (então eurodeputado) nem elementos da nova direção, conduziu a que Ribeiro e Castro não tivesse condições de visibilidade pública no combate ao governo semelhantes às dos outros líderes da oposição. A articulação da maioria dos deputados com Paulo Portas, que revelava a vontade de regressar à liderança do partido, foi tornando cada vez mais difícil a tarefa da direção de Ribeiro e Castro e agravando uma imagem permanente de instabilidade interna. Ribeiro e Castro ainda vence um novo Congresso (extraordinário) em Maio de 2006, mas o clima de desacerto e confronto entre o grupo parlamentar e a direção do partido tornou claro que haveria novo embate a seguir ao referendo à despenalização do aborto, em 2007.

José Ribeiro e Castro foi o Presidente do CDS-PP entre 2005 e 2007.

A relação com o grupo parlamentar atingiu um ponto de rutura em inícios de 2007, com a demissão do seu presidente, Nuno Melo, após novo ataque contra a direção do partido no Natal de 2006. Passado o referendo à despenalização do aborto, em fevereiro de 2007, com a vitória do "Sim", o ex-presidente do Partido, Paulo Portas, lança de imediato o movimento para reaver a liderança do partido e anuncia que era candidato à presidência do CDS–PP, desafiando Ribeiro e Castro para eleições diretas. Contudo, Ribeiro e Castro e os seus apoiantes viam na eleição por Congresso a única solução para esta disputa da liderança. Este diferendo evoluiu para sucessivos confrontos políticos e estatutários, que culminaram num lamentável episódio de agressões físicas e injúrias entre os membros do Conselho Nacional, reunido em Óbidos, fazendo com que Maria José Nogueira Pinto abandonasse o partido. Maria José Nogueira Pinto ainda acusou Paulo Portas de deslealdade e de estar por detrás da instabilidade no partido, bem como disse ter sido alvo de agressões físicas da parte do deputado Hélder Amaral.

As eleições acabaram por ser diretas e Paulo Portas saiu vencedor com 72% dos votos. Uma situação que foi seguida de grande mediatismo pelas constantes acusações dentro e fora do partido de irregularidade e eventual ilegalidade, segundo os estatutos do próprio partido, para a realização de eleições diretas.

Segunda liderança de Paulo Portas[editar | editar código-fonte]

A segunda liderança de Paulo Portas, iniciada em 2007, acabou por levar o partido a subir na Assembleia Regional dos Açores, nas eleições regionais, tendo o CDS sido o partido que mais subiu.

Nas eleições europeias de 2009, apesar de todas as sondagens apontarem para uma perda significativa do CDS, este subiu em quase todos os distritos.

Nas eleições legislativas de 2009, realizadas no dia 27 de Setembro de 2009, o CDS–PP conseguiu ser a terceira força política na Assembleia da República (AR), ao conquistar 592 997 votos (10,43% dos votos expressos) e 21 assentos parlamentares.[15] Foi considerada uma grande vitória para o CDS–PP e, particularmente, para o seu líder, Paulo Portas, sobretudo face às projeções negras que muitas sondagens preconizavam para o partido e que terão sido evocadas pelo próprio como prejudiciais à campanha, apesar de vários politólogos de esquerda e direita terem atribuído um efeito positivo às más sondagens dada a diminuição do chamado "efeito do voto útil", no qual existe uma habitual transferência de votos dos eleitores habituais do CDS para o PSD, mobilizando o eleitorado típico do CDS para o voto neste invés de no PSD para a criação de uma maioria absoluta favorável aos sociais-democratas.

Este aumento do número de deputados do CDS permitiu trazer ao Parlamento "novas caras" como sejam Assunção Cristas, Filipe Lobo d'Ávila, João Pinho de Almeida, Cecília Meireles e Michael Seufert.

Governo de coligação PSD–CDS (2011-15)[editar | editar código-fonte]

Em 2011, o CDS voltou a registar franco crescimento eleitoral, tendo subido de 10,4% para 11,7% e elegido 24 deputados nas legislativas. Face aos resultados eleitorais do PSD, que não conseguiu maioria absoluta, foi celebrada nova coligação com o CDS, formando assim o XIX Governo Constitucional.

Nas eleições legislativas regionais na Madeira de 2011, o CDS subiu de 5% e 2 deputados para 17,6% e 9 deputados, tendo ainda sido o partido que registou a maior subida e passando a ser a segunda força política nesta mesma região. Em 2015 verificou-se uma ligeira queda no arquipélago para 13,7% e 7 deputados, mantendo-se como a segunda força política da Madeira.

Nas eleições autárquicas de 2013, o partido obteve também resultados positivos, conseguindo dezenas de autarquias em coligações com o PSD, e concorrendo individualmente conseguiu subir o número de uma para cinco autarquias, num total de 47 mandatos.

Em 25 de abril de 2015, no decorrer das comemorações dos 41 anos da Revolução dos Cravos, o líder do Partido Social Democrata, Pedro Passos Coelho e o líder do CDS, Paulo Portas anunciaram uma coligação pré-eleitoral entre os partidos para as eleições legislativas de 2015.[23] No início de Junho de 2015 foi anunciado o nome da coligação, Portugal à Frente.[24]

Após a vitória da coligação PSD/CDS nas eleições legislativas de 2015, o secretário-geral do PS, António Costa, formou governo com apoio do PCP e do BE, não tendo Pedro Passos Coelho e Paulo Portas formado novo governo. Em consequência, Paulo Portas anunciou, ao fim de 16 anos, que não se recandidataria à presidência do CDS-PP no congresso a realizar em março de 2016. Renunciou também ao mandato de deputado em junho de 2016.[25]

Regresso à oposição - Assunção Cristas e Francisco Rodrigues dos Santos[editar | editar código-fonte]

Assunção Cristas foi Presidente do CDS-PP entre 2016 e 2020, sendo a única mulher a ter ocupado o cargo

Estando aberto o período de candidaturas à presidência do CDS-PP, potenciais candidatos como Nuno Melo, João Almeida e Pedro Mota Soares abdicaram de se candidatar a favor de Assunção Cristas, que se apresentou como candidata única.[26] Foi eleita para a presidência do partido no congresso realizado a 12 e 13 de março de 2016, realizado em Gondomar, com 95% dos votos[27] sendo a primeira mulher a dirigir o CDS-PP. A sua liderança ficou marcada por divergência com o tradicional parceiro de coligação, o PSD, então liderado por Pedro Passos Coelho[28][29] e pela candidatura da própria a presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 2017, tendo obtido, após recusar uma coligação com o PSD com o MPT e o PPM, 20,6% dos votos, contra os 11% da candidata do PSD, Teresa Leal Coelho. Ao nível nacional, o CDS-PP passou de 5 para 6 presidências de câmaras municipais nas eleições autárquicas de 2017.

Em 2017, o CDS-PP, juntamente com o PAN, votou contra a proposta de abolição do limite de angariação de fundos por parte de partidos políticos, com votos a favor do PS, PSD, PCP, BE e PEV, que permite a todos os partidos aceitar de forma ilimitada "donativos" de entidades privadas que, no entanto, não são obrigados a revelar.[30][31][32] Não obstante, a lei foi aprovada pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.[33][34][35]

Assunção Cristas revelou estar pronta para assumir a liderança da oposição, pretendendo retirar esse estatuto ao PSD, e para se afirmar como candidata a primeira-ministra.[36] Foi reeleita para o cargo no congresso de Lamego, a 10 e 11 de março de 2018, com 89% dos votos.[37] Enfrentou contestação das correntes mais conservadoras do partido ao assumir posições favoráveis em algumas matérias de costumes, como a lei das quotas para mulheres em cargo de representação política.[38] Nas eleições europeias de 2019, o partido elegeu apenas Nuno Melo, com 6,1% dos votos. Nas eleições regionais da Madeira, em setembro de 2019, o partido passou de 7 para 3 deputados, com 5,8% dos votos, mas passou a integrar o XIII Governo Regional da Madeira, presidido por Miguel Albuquerque, em coligação com o PSD, passando José Manuel Rodrigues a assumir a presidência da Assembleia Legislativa da Madeira. Para as eleições legislativas de 2019, recusou estabelecer uma coligação pré-eleitoral com o PSD, então liderado por Rui Rio, levando o CDS a um dos piores resultados da história - 4,25% dos votos e 5 deputados.[39] Anunciou, na sequência das eleições legislativas de 2019, que não se recandidataria à presidência do CDS-PP. Renunciou ao mandato de deputada em janeiro de 2020.[40] Em setembro de 2019, o antigo presidente do partido, Manuel Monteiro, solicitou a refiliação no CDS-PP, tendo Assunção Cristas recusado decidir sobre o pedido de refiliação, optando por deixar a decisão para a direção seguinte.[41] Poucos dias antes das eleições legislativas de 2019, morreu o fundador do CDS-PP, Diogo Freitas do Amaral.

No congresso realizado em Aveiro, a 26 e 27 de janeiro de 2020, concorreram à sucessão de Assunção Cristas Francisco Rodrigues dos Santos (46,4% dos votos), João Almeida (38,9% dos votos) e Filipe Lobo d'Ávila (14,45% dos votos). Acabou por ser eleito presidente do CDS-PP Francisco Rodrigues dos Santos, com uma votação de 66% dos votos para a Comissão Política Nacional, após estabelecer acordo com a candidatura de Filipe Lobo d'Ávila.[42] Nascido em Coimbra, o ex-aluno do Colégio Militar foi até dezembro de 2019 membro da direção do Sporting Clube de Portugal, presidida por Frederico Varandas. Frequentou igualmente a FDUL.[43][44] Francisco Rodrigues dos Santos defendeu o regresso à criminalização do aborto em Portugal. Recusa pertencer à Opus Dei. Defendeu também que a designação de "casamento entre pessoas do mesmo sexo" fosse outra, sem especificar a designação que defende. É contra o retorno ao serviço militar obrigatório.[45]

Durante a presidência de Francisco Rodrigues dos Santos, o partido apresentou um pendor conservador nos costumes. Francisco Rodrigues dos Santos enfrentou forte contestação interna dos antigos apoiantes de Paulo Portas, tendo sido agendadas reuniões do conselho nacional do partido em 2021, com vista a decidir a eventual destituição da direção de Francisco Rodrigues dos Santos - em fevereiro - e a eventual antecipação do congresso do partido com vista a eleger uma nova direção antes das eleições legislativas de 2022 - em outubro, tendo ambas as propostas sido rejeitadas, a favor de Francisco Rodrigues dos Santos.[46][47] Muitos militantes destacados do partido desfiliaram-se em protesto contra Francisco Rodrigues dos Santos, como António Pires de Lima e Adolfo Mesquita Nunes. Nas eleições regionais dos Açores, em 2020, o partido diminuiu de 4 para 3 deputados, com 5,5% dos votos, mas passou a integrar o XIII Governo Regional dos Açores, liderado por José Manuel Bolieiro, em coligação com o PSD e o PPM. Nas eleições autárquicas de 2021, manteve as seis presidências de câmaras municipais que já detinha.

Francisco Rodrigues dos Santos discursando durante a noite eleitoral das eleições legislativas de 2022, em que o CDS-PP perdeu a sua representação parlamentar

Perda da representação parlamentar[editar | editar código-fonte]

Nas eleições legislativas de 2022, após uma campanha marcada pelas críticas internas à direção de Francisco Rodrigues dos Santos,[48] o CDS-PP diminuiu de 4,2% dos votos para 1,6% dos votos, não tendo conseguido a eleição de nenhum deputado, tendo obtido o pior resultado eleitoral da sua história. Francisco Rodrigues dos Santos apresentou a demissão do cargo de presidente do CDS-PP.[49] O acontecimento espoletou um debate interno e externo acerca da viabilidade da existência do CDS-PP no futuro, que se encontra em curso.[16]

Ao congresso do partido, realizado em Guimarães a 2 e 3 de abril de 2022, apresentaram-se como candidatos Nuno Melo, Nuno Correia da Silva, Miguel Matos Chaves e Bruno Filipe Costa, tendo o primeiro saído vencedor com 73% dos votos de apoio à sua moção e 75% dos votos de apoio à sua comissão política nacional. Nuno Melo sucedeu, assim, a Francisco Rodrigues dos Santos, sendo o atual presidente do CDS-PP.[1]

Em janeiro de 2024, em antecipação das eleições legislativas e europeias de 2024, o CDS-PP firmou uma aliança com o PSD de Luís Montenegro e com o PPM de Gonçalo da Câmara Pereira, chamada Aliança Democrática.[50] Esta coligação garantiu 2 lugares facilmente elegíveis ao CDS-PP (o segundo lugar da lista no Porto para Nuno Melo e o quarto lugar da lista em Lisboa para Paulo Núncio), deixando assim garantido o retorno do partido à Assembleia da República.[51]

Órgãos Nacionais[editar | editar código-fonte]

Nuno Melo é o atual Presidente do CDS-PP

Comissão Executiva[editar | editar código-fonte]

Presidente: Nuno Melo

Vice-Presidentes:

1º VP: Telmo Correia

2º VP: Álvaro Castelo-Branco

3º VP: Ana Clara Birrento

4º VP: Diogo Moura

5º VP: João Varandas Fernandes

6º VP: Maria Luísa Aldim

7º VP: Paulo Núncio

Secretário-Geral: Pedro Morais Soares

Vogais:

1º Vogal: António Marinho

2º Vogal: Catarina Araújo

3º Vogal: Duarte Nuno Correia

4º Vogal: Durval Tiago Ferreira

5º Vogal: Francisco Kreye

Membros com lugar por inerência dos seus cargos:

Presidente CDS-Madeira: Rui Barreto

Presidente CDS-Açores: Artur Lima

Porta-Voz: Isabel Galriça Neto

Coordenador Autárquico Nacional: Mário Araújo e Silva

Mesa do Congresso Nacional[editar | editar código-fonte]

Presidente: José Manuel Rodrigues

Vice-Presidentes:

1º VP: Vitor Mendes

2º VP: Miguel Paiva

3º VP: João Pinheira da Silva

Secretários:

1º secretário: Isaías Afonso

2º secretário: Maria do Céu Marques

3º secretário: Maria da Conceição Pinho

4º secretário: Vitor Matos Pereira

5º secretário: Pedro Castelo

Mesa do Conselho Nacional[editar | editar código-fonte]

Presidente: Luís Pedro Mota Soares

Vice-Presidentes:

1º VP: José Bourbon Ribeiro

2º VP: Sandra Melo de Almeida

Secretários:

1º secretário: Gonçalo Pimenta Castro

2º secretário: Diogo Lencastre

3º secretário: Ilda Araújo Novo

4º secretário: Ricardo Mendes

Conselho Nacional de Jurisdição[editar | editar código-fonte]

Presidente: António José Baptista

Vice-Presidente: António Velez

Vogais:

  • Vasco Moura Ramos
  • Paulo Rebelo
  • Maria José França
  • Rui Pedrosa Moura
  • Gonçalo Carneiro

Conselho Nacional de Fiscalização[editar | editar código-fonte]

Presidente: Pedro Moutinho

Vice-Presidente: Luís Mesquita

Vogais:

  • Frutuoso Tomé
  • Mário Praça
  • Miguel Ascensão
  • Pedro Teixeira Luís
  • Manuel Leite da Costa

Juventude Popular[editar | editar código-fonte]

A Juventude Popular (JP) é a organização política e autónoma de juventude do CDS-PP. Criada em 4 de Novembro de 1974, com o nome de Juventude Centrista (JC), destacou-se no "Verão Quente" de 1975 como intenso opositor aos movimentos de esquerda que tentavam construir em Portugal um projeto de inspiração progressista e eram na maioria contra a propriedade privada.[52] Adotou o nome Juventude Popular (JP) em 1998.[53]

Correntes e tendências[editar | editar código-fonte]

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data Líder Cl. Votos % +/- Deputados +/- Status Notas
1975 Diogo Freitas do Amaral 4.º 434 879
7,61 / 100,00
16 / 250
Assembleia Constituinte
1976 3.º 876 007
15,98 / 100,00
Aumento8,37
42 / 263
Aumento26 Oposição (1976-1978)
Governo (1978)
Oposição (1978-1980)
1979 Aliança Democrática
43 / 250
Aumento1 Governo
1980
46 / 250
Aumento3 Governo
1983 Francisco Lucas Pires 4.º 716 705
12,56 / 100,00
30 / 250
Baixa16 Oposição
1985 5.º 577 580
9,96 / 100,00
Baixa2,60
22 / 250
Baixa8 Apoio parlamentar
1987 Adriano Moreira 5.º 251 987
4,44 / 100,00
Baixa5,52
4 / 250
Baixa18 Oposição
1991 Diogo Freitas do Amaral 4.º 254 317
4,43 / 100,00
Baixa0,01
5 / 230
Aumento1 Oposição
1995 Manuel Monteiro 3.º 534 470
9,05 / 100,00
Aumento4,62
15 / 230
Aumento10 Oposição
1999 Paulo Portas 4.º 451 453
8,34 / 100,00
Baixa0,71
15 / 230
Estável Oposição
2002 3.º 477 350
8,72 / 100,00
Aumento0,38
14 / 230
Baixa1 Governo
2005 4.º 416 415
7,24 / 100,00
Baixa1,48
12 / 230
Baixa2 Oposição
2009 3.º 592 997
10,43 / 100,00
Aumento3,19
21 / 230
Aumento9 Oposição
2011 3.º 653 987
11,70 / 100,00
Aumento1,27
24 / 230
Aumento3 Governo
2015 Portugal à Frente
18 / 230
Baixa6 Governo (outubro-novembro de 2015)
Oposição (novembro de 2015-2019)
2019 Assunção Cristas 5.º 216 448
4,25 / 100,00
5 / 230
Baixa13 Oposição
2022 Francisco Rodrigues dos Santos 8.º 90 539
1,60 / 100,00
Baixa2,62
0 / 230
Baixa5 Extra-parlamentar
2024 Nuno Melo Aliança Democrática
2 / 230
Aumento2 Governo

Resultados por círculos eleitorais[editar | editar código-fonte]

Resultados por círculo eleitoral
Açores[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 5 118
3,5 / 100,0
0 / 6
1976 3.º 13 537
10,7 / 100,0
Aumento7,2
0 / 6
Estável
1979 3.º 9 518
7,3 / 100,0
Baixa3,4
0 / 5
Estável
1980 3.º 5 467
4,5 / 100,0
Baixa2,8
0 / 5
Estável
1983 3.º 5 020
4,7 / 100,0
Aumento0,2
0 / 5
Estável
1985 4.º 6 710
6,5 / 100,0
Aumento1,8
0 / 5
Estável
1987 3.º 3 129
3,3 / 100,0
Baixa3,2
0 / 5
Estável
1991 3.º 3 591
3,4 / 100,0
Aumento0,1
0 / 5
Estável
1995 3.º 9 971
9,4 / 100,0
Aumento6,0
0 / 5
Estável
1999 3.º 5 219
5,6 / 100,0
Baixa3,8
0 / 5
Estável
2002 3.º 7 521
8,4 / 100,0
Aumento2,8
0 / 5
Estável
2005 3.º 3 675
4,0 / 100,0
Baixa4,4
0 / 5
Estável
2009 3.º 9 798
10,3 / 100,0
Aumento6,3
0 / 5
Estável
2011 3.º 10 944
12,1 / 100,0
Aumento1,8
0 / 5
Estável
2015 4.º 3 654
3,9 / 100,0
Baixa8,2
0 / 5
Estável
2019 4.º 4 014
4,8 / 100,0
Aumento0,9
0 / 5
Estável
Aveiro[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 36 602
11,1 / 100,0
2 / 14
1976 3.º 72 638
22,5 / 100,0
Aumento11,4
4 / 15
Aumento2
1979 Aliança Democrática
1980
1983 3.º 56 115
16,4 / 100,0
2 / 15
1985 3.º 47 501
13,5 / 100,0
Baixa2,9
2 / 15
Estável
1987 3.º 18 794
5,3 / 100,0
Baixa8,2
0 / 15
Baixa2
1991 3.º 22 624
6,1 / 100,0
Aumento0,8
1 / 14
Aumento1
1995 3.º 48 383
12,6 / 100,0
Aumento6,5
2 / 14
Aumento1
1999 3.º 49 196
13,6 / 100,0
Aumento1,0
2 / 15
Estável
2002 3.º 47 131
12,9 / 100,0
Baixa0,7
2 / 15
Estável
2005 3.º 38 001
9,8 / 100,0
Baixa3,1
1 / 15
Baixa1
2009 3.º 50 687
13,0 / 100,0
Aumento3,2
2 / 16
Aumento1
2011 3.º 49 523
12,9 / 100,0
Baixa0,1
2 / 16
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 4.º 20 045
5,7 / 100,0
1 / 16
Beja[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 6.º 2 821
2,2 / 100,0
0 / 6
1976 4.º 5 004
4,2 / 100,0
Aumento2,0
0 / 6
Estável
1979 Aliança Democrática
1980
1983 4.º 4 719
4,1 / 100,0
0 / 5
1985 5.º 2 471
2,2 / 100,0
Baixa1,9
0 / 5
Estável
1987 5.º 2 011
2,0 / 100,0
Baixa0,2
0 / 5
Estável
1991 5.º 2 245
2,3 / 100,0
Aumento0,3
0 / 4
Estável
1995 4.º 3 495
3,6 / 100,0
Aumento1,3
0 / 4
Estável
1999 4.º 3 313
3,9 / 100,0
Aumento0,3
0 / 3
Estável
2002 4.º 3 063
3,7 / 100,0
Baixa0,2
0 / 3
Estável
2005 5.º 2 562
2,9 / 100,0
Baixa0,8
0 / 3
Estável
2009 5.º 4 696
5,7 / 100,0
Aumento2,8
0 / 3
Estável
2011 4.º 5 462
7,3 / 100,0
Aumento1,6
0 / 3
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 5.º 1 480
2,3 / 100,0
0 / 3
Braga[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 60 754
18,0 / 100,0
3 / 15
1976 3.º 86 148
25,2 / 100,0
Aumento7,2
4 / 15
Aumento1
1979 Aliança Democrática
1980
1983 3.º 69 051
18,3 / 100,0
3 / 16
1985 4.º 55 331
14,0 / 100,0
Baixa4,3
2 / 16
Baixa1
1987 4.º 23 854
5,9 / 100,0
Baixa8,1
1 / 17
Baixa1
1991 3.º 23 715
5,6 / 100,0
Baixa0,3
1 / 16
Estável
1995 3.º 48 430
10,7 / 100,0
Aumento5,1
1 / 16
Estável
1999 3.º 38 973
8,9 / 100,0
Baixa1,8
1 / 17
Estável
2002 3.º 42 074
9,3 / 100,0
Aumento0,4
1 / 18
Estável
2005 3.º 37 618
7,8 / 100,0
Baixa1,5
1 / 18
Estável
2009 3.º 48 158
9,7 / 100,0
Aumento1,9
2 / 19
Aumento1
2011 3.º 50 456
10,4 / 100,0
Aumento0,7
2 / 19
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 4.º 19 127
4,1 / 100,0
1 / 19
Bragança[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 13 533
13,5 / 100,0
0 / 4
1976 2.º 26 927
28,3 / 100,0
Aumento14,8
2 / 5
Aumento2
1979 Aliança Democrática
1980
1983 3.º 19 382
20,9 / 100,0
1 / 4
1985 3.º 15 773
17,1 / 100,0
Baixa3,8
1 / 4
Estável
1987 3.º 7 041
7,6 / 100,0
Baixa9,5
0 / 4
Baixa1
1991 3.º 7 452
8,2 / 100,0
Aumento0,6
0 / 4
Estável
1995 3.º 8 493
9,4 / 100,0
Aumento1,2
0 / 4
Estável
1999 3.º 7 131
8,7 / 100,0
Baixa0,7
0 / 4
Estável
2002 3.º 9 213
10,9 / 100,0
Aumento2,2
0 / 4
Estável
2005 3.º 7 964
9,7 / 100,0
Baixa1,2
0 / 4
Estável
2009 3.º 10 541
12,6 / 100,0
Aumento2,9
0 / 3
Estável
2011 3.º 8 380
11,1 / 100,0
Baixa1,5
0 / 3
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 4.º 2 831
4,5 / 100,0
0 / 3
Castelo Branco[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 9 743
6,4 / 100,0
0 / 6
1976 3.º 28 257
19,9 / 100,0
Aumento13,5
2 / 7
Aumento2
1979 Aliança Democrática
1980
1983 3.º 18 264
13,2 / 100,0
1 / 6
1985 4.º 13 555
9,6 / 100,0
Baixa3,6
0 / 6
Baixa1
1987 5.º 6 396
4,7 / 100,0
Baixa4,9
0 / 6
Estável
1991 4.º 5 269
3,9 / 100,0
Baixa0,8
0 / 5
Estável
1995 3.º 9 863
7,2 / 100,0
Aumento3,3
0 / 5
Estável
1999 3.º 7 660
6,3 / 100,0
Baixa0,9
0 / 5
Estável
2002 3.º 8 491
7,1 / 100,0
Aumento0,8
0 / 5
Estável
2005 3.º 6 590
5,3 / 100,0
Baixa1,8
0 / 5
Estável
2009 4.º 9 839
8,4 / 100,0
Aumento3,1
0 / 4
Estável
2011 3.º 10 535
9,6 / 100,0
Aumento1,2
0 / 4
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 5.º 3 479
3,7 / 100,0
0 / 3
Coimbra[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 4.º 12 187
4,6 / 100,0
0 / 12
1976 3.º 29 967
12,5 / 100,0
Aumento7,9
1 / 12
Aumento1
1979 Aliança Democrática
1980
1983 4.º 25 375
10,2 / 100,0
1 / 11
1985 5.º 21 208
8,6 / 100,0
Baixa1,6
1 / 11
Estável
1987 4.º 11 025
4,5 / 100,0
Baixa4,1
0 / 11
Baixa1
1991 4.º 8 715
3,5 / 100,0
Baixa1,0
0 / 10
Estável
1995 3.º 17 976
7,1 / 100,0
Aumento3,6
0 / 10
Estável
1999 4.º 13 875
6,0 / 100,0
Baixa1,1
0 / 10
Estável
2002 3.º 15 629
6,7 / 100,0
Aumento0,7
0 / 10
Estável
2005 5.º 13 365
5,5 / 100,0
Baixa1,2
0 / 10
Estável
2009 4.º 20 711
8,7 / 100,0
Aumento3,2
1 / 10
Aumento1
2011 3.º 22 389
9,9 / 100,0
Aumento1,2
1 / 9
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 5.º 3 654
3,5 / 100,0
0 / 9
Évora[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 5.º 3 586
2,8 / 100,0
0 / 5
1976 4.º 9 645
8,0 / 100,0
Aumento5,2
0 / 6
Estável
1979 Aliança Democrática
1980
1983 4.º 5 395
4,5 / 100,0
0 / 5
1985 5.º 3 890
3,3 / 100,0
Baixa1,2
0 / 5
Estável
1987 5.º 2 316
2,1 / 100,0
Baixa1,2
0 / 4
Estável
1991 4.º 2 953
2,8 / 100,0
Aumento0,7
0 / 4
Estável
1995 4.º 5 453
5,2 / 100,0
Aumento2,4
0 / 4
Estável
1999 4.º 4 683
5,1 / 100,0
Baixa0,1
0 / 4
Estável
2002 4.º 4 171
4,6 / 100,0
Baixa0,5
0 / 3
Estável
2005 5.º 3 594
3,7 / 100,0
Baixa0,9
0 / 3
Estável
2009 5.º 5 858
6,4 / 100,0
Aumento2,7
0 / 3
Estável
2011 4.º 7 513
8,7 / 100,0
Aumento2,3
0 / 3
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 5.º 2 535
3,4 / 100,0
0 / 3
Faro[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 5.º 6 889
3,4 / 100,0
0 / 9
1976 4.º 13 010
6,8 / 100,0
Aumento3,4
0 / 9
Estável
1979 Aliança Democrática
1980
1983 4.º 14 428
7,4 / 100,0
0 / 9
1985 5.º 12 146
6,1 / 100,0
Baixa1,3
0 / 9
Estável
1987 5.º 5 910
3,1 / 100,0
Baixa3,0
0 / 9
Estável
1991 4.º 5 435
2,8 / 100,0
Baixa0,3
0 / 8
Estável
1995 3.º 16 497
8,3 / 100,0
Aumento5,5
0 / 8
Estável
1999 4.º 13 091
7,3 / 100,0
Baixa1,0
0 / 8
Estável
2002 3.º 15 539
8,3 / 100,0
Aumento1,0
0 / 8
Estável
2005 5.º 11 537
5,8 / 100,0
Baixa2,5
0 / 8
Estável
2009 4.º 21 596
10,7 / 100,0
Aumento4,9
1 / 8
Aumento1
2011 3.º 25 561
12,7 / 100,0
Aumento2,0
1 / 9
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 6.º 6 578
3,8 / 100,0
0 / 9
Guarda[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 24 731
19,5 / 100,0
1 / 6
1976 1.º 39 120
32,1 / 100,0
Aumento12,6
2 / 6
Aumento1
1979 Aliança Democrática
1980
1983 3.º 28 135
23,8 / 100,0
1 / 5
1985 3.º 23 139
19,5 / 100,0
Baixa4,1
1 / 5
Estável
1987 3.º 7 827
6,6 / 100,0
Baixa12,9
0 / 5
Baixa1
1991 3.º 6 676
5,9 / 100,0
Baixa0,7
0 / 4
Estável
1995 3.º 11 265
9,9 / 100,0
Aumento4,0
0 / 4
Estável
1999 3.º 10 014
9,8 / 100,0
Baixa0,1
0 / 4
Estável
2002 3.º 9 657
9,6 / 100,0
Baixa0,2
0 / 4
Estável
2005 3.º 7 035
7,0 / 100,0
Baixa2,6
0 / 4
Estável
2009 3.º 11 433
11,2 / 100,0
Aumento4,2
0 / 4
Estável
2011 3.º 10 436
11,2 / 100,0
Estável
0 / 4
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 4.º 3 823
5,0 / 100,0
0 / 3
Leiria[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 16 322
6,8 / 100,0
1 / 11
1976 3.º 43 213
19,4 / 100,0
Aumento12,6
2 / 11
Aumento1
1979 Aliança Democrática
1980
1983 3.º 38 556
16,2 / 100,0
2 / 11
1985 4.º 29 332
12,2 / 100,0
Baixa4,0
1 / 11
Baixa1
1987 3.º 14 608
6,0 / 100,0
Baixa6,2
0 / 11
Baixa1
1991 3.º 11 527
4,8 / 100,0
Baixa1,2
0 / 10
Estável
1995 3.º 27 863
11,4 / 100,0
Aumento6,6
1 / 10
Aumento1
1999 3.º 23 099
9,9 / 100,0
Baixa1,5
1 / 10
Estável
2002 3.º 23 460
9,8 / 100,0
Baixa0,1
1 / 10
Estável
2005 3.º 22 043
8,9 / 100,0
Baixa0,9
1 / 10
Estável
2009 3.º 31 260
12,6 / 100,0
Aumento3,7
1 / 10
Estável
2011 3.º 31 819
12,8 / 100,0
Aumento0,1
1 / 10
Estável
2015 Portugal à Frente
2019 4.º 11 905
5,3 / 100,0
0 / 10
Lisboa[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 4.º 60 691
4,8 / 100,0
3 / 55
1976 4.º 157 554
13,2 / 100,0
Aumento8,4
8 / 58
Aumento5
1979 Aliança Democrática
1980
1983 4.º 148 379
11,7 / 100,0
7 / 56
1985 5.º 104 010
8,1 / 100,0
Baixa3,6
4 / 56
Baixa3
1987 5.º 45 465
3,7 / 100,0
Baixa4,4
2 / 56
Baixa2
1991 4.º 49 194
4,0 / 100,0
Aumento0,3
2 / 50
Estável
1995 4.º 118 547
9,4 / 100,0
Aumento5,4
5 / 50
Aumento3
1999 4.º 97 028
8,5 / 100,0
Baixa0,9
4 / 49
Baixa1
2002 4.º 96 543
8,5 / 100,0
Estável
4 / 48
Estável
2005 5.º 97 659
8,2 / 100,0
Baixa0,3
4 / 48
Estável
2009 3.º 126 088
11,0 / 100,0
Aumento2,8
5 / 47
Aumento1
2011 3.º 161 227
13,8 / 100,0
Aumento2,8
7 / 47
Aumento2
2015 Portugal à Frente
2019 6.º 48 502
4,4 / 100,0
2 / 48
Madeira[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 3.º 12 669
10,0 / 100,0
0 / 6
1976 3.º 15 310
13,3 / 100,0
Aumento3,3
1 / 6
Aumento1
1979 3.º 14 005
11,0 / 100,0
Baixa2,3
0 / 5
Estável
1980 3.º 8 298
6,7 / 100,0
Baixa4,3
0 / 5
Estável
1983 3.º 9 734
8,2 / 100,0
Aumento1,5
0 / 5
Estável
1985 4.º 9 463
7,8 / 100,0
Baixa0,4
0 / 5
Estável
1987 3.º 6 200
5,2 / 100,0
Baixa2,6
0 / 5
Estável
1991 3.º 7 602
6,1 / 100,0
Aumento0,9
0 / 5
Estável
1995 3.º 17 157
12,9 / 100,0
Aumento6,8
0 / 5
Estável
1999 3.º 13 209
10,9 / 100,0
Baixa2,0
0 / 5
Estável
2002 3.º 15 185
12,1 / 100,0
Aumento2,2
0 / 5
Estável
2005 3.º 9 215
6,6 / 100,0
Baixa5,5
0 / 6
Estável
2009 3.º 15 244
11,1 / 100,0
Aumento4,5
1 / 6
Aumento1
2011 3.º 19 101
13,7 / 100,0
Aumento2,6
1 / 6
Estável
2015 5.º 7 536
6,0 / 100,0
Baixa7,7
0 / 6
Baixa1
2019 3.º 7 852
6,1 / 100,0
Aumento0,1
0 / 6
Estável
Portalegre[editar | editar código-fonte]
Data Cl. Votos % +/- Deputados +/-
1975 5.º 4 040
4,0 / 100,0
0 / 4
1976 3.º 13 375
13,9 / 100,0
Aumento9,9
0 / 4
Estável
1979 Aliança Democrática
1980
1983 4.º 6 715
7,5 / 100,0
0 / 4
1985 5.º 4 603
4,9 / 100,0
Baixa2,6
0 / 3
Estável
1987 5.º 2 652
3,1 / 100,0
Baixa1,8
0 / 3
Estável
1991 4.º 2 734
3,3 / 100,0
Aumento0,2
0 / 3
Estável
1995 4.º 5 182
6,3 / 100,0
Aumento3,0
0 / 3
Estável
1999 4.º 4 180
5,9 / 100,0
Baixa0,4
0 / 3
Estável
2002 4.º 4 419
6,5 / 100,0
Aumento0,6
0 / 3
Estável
2005 5.º 2 988
4,2 / 100,0
Baixa2,3
0 / 2