Celtismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Proposta fictícia de federação de estados célticos.

O celtismo ou pan-celtismo é um movimento social e cultural que põe em destaque a identidade céltica como característica distintiva dentro de um determinado território[1] baseando-se em estudos científicos e Cultura popular comparada.[2]

História[editar | editar código-fonte]

O Celtismo começa a ganhar forma em meados do século XVII com o nascimento de um movimento literário conhecido como Renascença céltica estendendo-se por grande parte da Europa. Este movimento cultural foi mudando com o passar do tempo e as situações sociopolíticas da Europa e sobrevive em maior ou menor grão até a atualidade nas chamadas Nações celtas.

Renascença céltica, a semente do celtismo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Renascença céltica

No ano de 1746 dá-se a derrota dos Jacobitas (recrutados principalmente nas Highlands da Escócia) na Batalha de Culloden. Este é o ponto de inflexão para o nascimento do que veio a ficar conhecido como Renascença céltica.

No ano de 1762, James Macpherson publica Retalhos de poesia antiga recolhidos nas Highlands, e traduzidos do Gaélico ou Erse (Fragments of Ancient Poetry Collected in the Highlands of Scotland, and Translated from the Gaelic or Erse Language). Em 1762 tira do prelo Fingal e em 1763 Temora. Estas duas obras foram invenções de supostas traduções dos poemas épicos em gaélico de um poeta chamado Ossian.

Pintura feita por John Martin, baseada na obra de Thomas Gray.

Não tardam em somar-se poetas das atuais "Nações celtas". Um claro exemplo são as obras de poesia galesa publicadas por Ieuan Brydydd em 1764; também cultiva este género literário o inglês Thomas Gray, com obras como Elegia sobre um cemitério de aldeia e The Bard.

O celtismo do século XIX como novo movimento social[editar | editar código-fonte]

Com a chegada do século XIX o que vinha sendo um movimento literário converte-se num movimento político, social e cultural; todo ele com os traços românticos que se estendiam da Alemanha ao resto da Europa ocidental.

O Celtismo consolida-se[editar | editar código-fonte]

Passada já a primeira metade do século XIX o movimento do Celtismo consolida-se como um movimento cultural mais; este segue a ter os mesmos traços românticos.

Eduardo Pondal.
    • Na Galiza Eduardo Pondal publica em 1877 Rumores de los pinos, um conjunto de vinte e um poemas em galego e espanhol que servirá de base a Queixumes dos pinos (1886). Esta obra recupera da versão bilíngue as composições em galego, inclui ainda alguns dos poemas em espanhol, agora traduzidos, e conhecerá diversas ampliações nas edições seguintes. "Os pinos", surgido das sucessivas reelaborações de "Rumores de los pinos", formará o hino galego, ao qual depois Pasqual Veiga porá música. Também cria o poema Dos Celtas Antigos.

O Celtismo no século XX[editar | editar código-fonte]

O Celtismo esteve marcado pelo período das Guerras Mundiais, mas atualmente fica vivo nas "Nações celtas", bem como nos países onde emigraram os habitantes destas.

É no começo do século XX que este movimento vai a ser conhecido como Pan-Celtismo:

  • Arte:
    • Nos Estados Unidos o desenhador irlandês-norte-americano Thomas Augustus "Gus" ou Shaughnessy fixo um esforço para conectar a sua arte com as suas raízes irlandesas. Louis Sullivan, afamado arquitecto de Chicago, incorporou muitos elementos fortemente inspirados na arquitectura irlandesa para a ornamentação dos seus edifícios. O pai de Sullivan foi um músico folclorista irlandês, frango que ambos mostraram que deviam mais aos seus genes irlandeses que à sua educação oficial norte-americana. Formado na arte da vidreira e o Art Nouveau, Ou'Shaughnessy desenhou uma série de molduras para janelas e patrões interiores para a igreja Old Saint Patrick's Church de Chicago, projecto iniciado em 1912.

As áreas de trabalho do celtismo[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

  1. Diccionario Xerais da Lingua
  2. A Galiza Celta. Antonio Balboa Salgado. Ed. Lóstrego. pág 17-20