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Celly Campello
Celly Campello
Celly em 1959
Informação geral
Nome completo Célia Campello Gomes Chacon
Também conhecido(a) como Rainha do Rock
A Namoradinha do Brasil
Nascimento 18 de junho de 1942
Origem São Paulo, SP
Morte 4 de março de 2003 (60 anos)
Local de morte Campinas, São Paulo
Nacionalidade brasileira
Gênero(s) rock and roll
Ocupação(ões)
Instrumento(s)
Extensão vocal Meio-soprano
Período em atividade 19581962
19681979
Gravadora(s)

Celly Campello, nome artístico de Célia Campello Gomes Chacon (nascida Célia Benelli Campello; São Paulo, 18 de junho de 1942Campinas, 4 de março de 2003), foi uma cantora, compositora, atriz e multi-instrumentista brasileira, considerada a precursora do rock no Brasil, popularizando a dança twist no país. Devido ao sucesso de uma de suas canções fez uma participação na novela Estúpido Cupido.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Célia Benelli Campello nasceu na capital paulista e foi criada em Taubaté. Começou sua carreira precocemente: dançou Tico-Tico no Fubá aos cinco anos numa apresentação infantil. Com seis anos cantou na Rádio Cacique em Taubaté, onde passou toda sua infância. Tornou-se uma das participantes do Clube do Guri, na Rádio Difusora de Taubaté. Estudou piano, violão e balé durante a infância.

Aos doze anos já tinha o próprio programa de rádio, também na Rádio Cacique. Aos quinze anos de idade (1958) gravou o primeiro disco, em São Paulo, no outro lado do primeiro 78 rotações do irmão Tony Campello, que a acompanhou em boa parte da carreira como cantora e atriz. Estreou na televisão no programa Campeões do Disco, da TV Tupi, em 1958. Em 1959 estreou um programa próprio ao lado de Tony Campello, intitulado Celly e Tony em Hi-Fi, na Rede Record, o qual apresentou por dois anos.

O sucesso[editar | editar código-fonte]

Celly Campello nos anos 60.

A carreira explodiu em 1959 com a versão brasileira de Stupid Cupid, que no Brasil virou Estúpido Cupido.[1] A música foi lançada no programa do Chacrinha e se tornou um sucesso. Nesse mesmo ano participou do longa-metragem de Mazzaropi, Jeca Tatu.

Durante a vida gravou outros sucessos: Lacinhos Cor-de-Rosa, Billy, Banho de Lua, que lhe renderam inúmeros prêmios e troféus, inclusive no exterior, e lhe deram o título de Rainha do Rock Brasileiro.

Para tristeza de toda uma geração que se espelhou em seu trabalho, Celly abandonou a carreira no auge, aos 20 anos, para se casar e morar em Campinas. Foi em 1962, com José Eduardo Gomes Chacon, o namorado desde a adolescência e passou a se chamar Célia Campello Gomes Chacon. Com José Eduardo, com quem permaneceu casada até falecer, Celly teve dois filhos, Cristiane e Eduardo, e dois netos.

Celly vinha sendo cogitada para apresentar o programa Jovem Guarda (RecordTV), ao lado de Roberto e Erasmo Carlos. Como abandonou a carreira, Wanderléa tomou seu lugar.

Em 1968, Celly lançou um LP em homenagem aos 10 anos na gravadora Odeon.

Revival nos anos 70[editar | editar código-fonte]

No início da década de 1970 tentou relançar a carreira: apareceu no Hollywood Rock, pioneiro festival de rock no Rio de Janeiro, se apresentado com o irmão Tony Campello. O evento foi filmado para o documentário Ritmo Alucinante, lançado no mesmo ano. Em 1976, foi trazida de novo ao sucesso graças a telenovela Estúpido Cupido [2][3] (homônimo do grande sucesso, de 1959) na TV Globo, na qual gravou uma participação especial. Incentivada pelo sucesso da novela, tentaria retomar a carreira, chegando a gravar um disco e fazendo alguns espetáculos. Depois do término da novela, ainda gravou, nos três anos seguintes, uma série de compactos simples e duplos pela RCA, com versões de sucessos internacionais do fim dos anos 70, como Saudade (It's a Heartache) e Só entre Dois Amores (Torn Between Two Lovers).[carece de fontes?]

Em 2008, a emissora de televisão TV Globo licenciou as canções "Banho de Lua" e "Broto Legal" para serem utilizadas como música incidental da novela Ciranda de Pedra; nenhuma das duas foi incluída no CD de trilha sonora da novela.

Morte[editar | editar código-fonte]

Vítima de um câncer de mama, Celly faleceu em 4 de março de 2003, no Hospital Samaritano, sendo sepultada no dia seguinte no Cemitério Parque Flamboyant, ambos localizados em Campinas.[4]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Na Odeon[editar | editar código-fonte]

  • 78 RPM n.º 14.328 de 06/1958 - Handsome Boy (Este foi o primeiro lançamento em 45 RPM da Odeon)
  • 78 RPM n.º 14.385 de 10/1958 - Devotion / O Céu Mudou de Cor
  • 78 RPM n.º 14.434 de 03/1959 - The Secret / Estúpido Cupido
  • 78 RPM n.º 14.490 de 07/1959 - Banho de lua
  • / Muito Jovem
  • 78 RPM n.º 14.506 de 08/1959 - Túnel do amor / Lacinhos Cor-de-rosa
  • 78 RPM n.º 14.592 de 03/1960 - Billy /Tammy
  • 78 RPM n.º 14.632 de 06/1960 - Frankie / Não tenho Namorado
  • 78 RPM n.º 14.669 de 09/1960 - Mal-me-quer / Broto Legal
  • 78 RPM n.º 14.690 de 11/1960 - Vi Mamãe Beijar Papai Noel / Jingle-Bell Rock

(Obs: Todos estes 78 rotações tiveram edição também 45 RPM simples)

  • 78 RPM n.º 14.723 de 04/1961 - Hey Mama / Gosto de Você meu Bem
  • 78 RPM n.º 14.801 de 05/1962 - Canário / A Lenda da Conchinha

(Obs: Estes discos de 78 RPM tiveram edição também em compacto simples)

  • Compacto Simples n.º 7B-001 de 1960 - Estúpido Cupido / Banho de Lua
  • Compacto Simples n.º 7B-007 de 10/1961 - Trem do Amor / Flamengo Rock
  • Compacto Simples n.º DP-398 de 06/1968 - Hey! Ex-Amor / Bonnie e Clyde (Promocional)
  • Compacto Simples n.º 7B-317 de 08/1968 - Hey! Ex-Amor / Marquei Encontro com Você em Meus Sonhos
  • Compacto Simples de 1973 - Canário (com Tony Campello)
  • Compacto Simples de 1976 - Estúpido Cupido / Túnel do Amor
  • Compacto Duplo (45 RPM) "Estúpido Cupido" n.º BWB 1.084 de 08/1959
    • Estúpido Cupido / The Secret / Túnel do Amor / Muito Jovem
  • Compacto Duplo (45 RPM) "Broto Certinho" n.º BWB 1.131 de 04/1960
    • Querida Mamãe / Grande Amor / Banho de Lua / Frankie
  • Compacto Duplo (45 RPM) "A Bonequinha que Canta" de 10/1960
    • Mal-me-Quer / Broto Legal / O Meu Amor vai Passar / Só para Elisa
  • Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 7BD-1006 de 10/1961
    • Hey Mama / Teddy / Flamengo Rock / Little Devil
  • Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 7BD-1167 de 11/1968
    • Ao Meu Amor / Marquei Encontro com Você em meus Sonhos / Felicidade / Perdoa
  • Compacto Duplo "Anos 60" n.º 7BD-1359, de 07/1976
    • Estúpido Cupido / Lacinhos Cor-de-rosa / Banho de Lua / Broto Legal
  • LP "Come Rock With Me" n.º MOFB-3110 de 09/1959 (Mono)
  • LP "Broto Certinho" n.º MOFB-3162 de 04/1960 (Mono)
  • LP "A Bonequinha que Canta" n.º MOFB-3186 de 11/1960 (Mono)
  • LP "A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka" n.º MOFB-3230 de 04/1961 (Mono)
  • LP "Brotinho Encantador" n.º MOFB-3257 de 10/1961 (Mono)
  • LP "Os Grandes Sucessos de Celly Campello" n.º MOFB-3288 de 05/1962 (Coletânea em Mono)
  • LP "Celly" n.º (S)MOFB-3543 de 06/1968 (Estéreo)
  • LP "Anos 60" n.º SC-10014 de 1973 (Coletânea com Reprocessamento Eletrônico - Fake Stereo)

Na Continental[editar | editar código-fonte]

Todos os Lançamentos em Estéreo

  • Compacto Simples de 1970 - Help! Vem me Ajudar / Pra Você Gostar de Mim (Taí)
  • Compacto Duplo n.º LD.33917 de 1971
    • Mar de Rosas / Estou Bem / Deixa Estar como Está / Oh! Mama

Na RCA Victor[editar | editar código-fonte]

Todos os Lançamentos em Estéreo

  • Compacto Simples n.º 101.0245 de 03/1974 - Onde Você For / Cada Dia Fica Mais Difícil não te Ter
  • Compacto Simples n.º 101.0398 de 05/1976 - Nosso Amor é Pra Sempre / A Casa das Cortinas Amarelas
  • Compacto Simples n.º 101.0472 de 1977 - Diga que eu Mando um Alô / A Estação
  • Compacto Simples n.º 101.0643 de 1978 - Estamos a Fim (Com Tony Campello) / Chovendo em meu Coração
  • Compacto Duplo "Estúpido Cupido" n.º 102.0156 de 1976
    • Estúpido Cupido - Banho de Lua / Cante / Diga que eu Mando um Alô / Nosso Amor é Pra Sempre
  • Compacto Duplo "Don't Cry for Me Argentina" n.º 102.0180 de 1977
    • Don't Cry for me Argentina / A Estação / Insisto, Amor / Só Entre Dois Amores
  • Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 102.0229 de 1978
    • A Saudade / Dina / O Que eu Sinto por Você / Você me Fez Brilhar
  • Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 102.0256 de 1979
    • Estamos a Fim (com Tony Campello) / Chovendo em Meu Coração / Voltei a Ser Feliz / Deixe o Amor Entrar
  • LP "Celly Campello" n.º 103.0184 de 11/1976
  • LP "Disco de Ouro", de 1981

Como atriz[editar | editar código-fonte]

No cinema[editar | editar código-fonte]

Em 2022 estreou o filme Um Broto Legal[5] de Luiz Alberto Pereira que conta a história da cantora interpretada por Marianna Alexandre.

Referências

  1. «Celebrando a música de Celly - Diário do Grande ABC». Jornal Diário do Grande ABC 
  2. «Trilha Sonora de 'Estúpido Cupido'». Memória Globo. Consultado em 8 de março de 2014 
  3. «Estúpido Cupido - Trilha Sonora». Teledramaturgia. Consultado em 8 de março de 2014 
  4. «Folha Online - Ilustrada - Morre Celly Campello, cantora do sucesso "Banho de Lua" - 04/03/2003». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 24 de novembro de 2022 
  5. «Um Broto Legal». Adoro Cinema 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]