Catulo de Paula – Wikipédia, a enciclopédia livre

Catulo de Paula
Informação geral
Nome completo Ermenegildo Evangelista de Souza
Nascimento 13 de agosto de 1923
Local de nascimento São Benedito, CE
País Brasil
Morte 10 de dezembro de 1984 (61 anos)
Local de morte Fortaleza, CE
Ocupação(ões) cantor, compositor, ator
Gravadora(s) Tapecar
Odeon
Copacabana

Catulo de Paula, nome artístico de Ermenegildo Evangelista de Souza (São Benedito, 13 de agosto de 1923Fortaleza, 10 de dezembro de 1984) foi um ator, cantor e compositor de música popular brasileira, autor junto a Manoelzinho Araújo da música "Como tem Zé na Paraíba", seu maior sucesso lançado em 1962.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Seu pai era um músico cego que sustentava a família tocando em festas e feiras no interior cearense, de forma que já aos oito anos de idade Ermenegildo começou também a tocar violão para ajudar a família. Aos dez integrou um conjunto que se apresentou em Fortaleza onde se indispôs com um dos integrantes do grupo e passou a se apresentar pelo estado e a viver de pequenos trabalhos, até que em 1944 integrou o conjunto "Os Boêmios da Noite" e, mudando-se para o Recife, adotou o nome artístico com o qual ficou conhecido.[1]

Em 1949 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde por muitos anos acompanhou Vicente Celestino, tocando violão; com apoio de Fernando Lobo gravou em 1953 seu primeiro disco, ao qual outros tantos se seguiram com canções geralmente no estilo baião nos anos seguintes e também na década de 1960. Integrou a trilha sonora de vários filmes como “Lampião, o Rei do Cangaço”, além de peças teatrais de autores como Dias Gomes. Foi, ainda, o primeiro intérprete de composições da parceria entre Vinícius de Moraes e Pixinguinha.[1]

Quando morando em São Paulo César Guerra-Peixe teve sua composição de 1951 "Mourão", com versos a ela adaptados e renomeada para "De Viola e Rabeca", gravada por Catulo; anos depois Ariano Suassuna pediu ao compositor autorização para incorporar a peça na versão gravada pelo cantor cearense no repertório da orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco.[2]

Em 1975 integrou o elenco da telenovela censurada Roque Santeiro, como um cego cantador que depois foi interpretado por Arnaud Rodrigues na versão exibida.[1] Em 1978 integrou o elenco da novela Maria, Maria, baseada no romance Maria Dusá, também pela rede Globo, no papel de "Mestre Aurélio".[3]

Em 1995 a Câmara de Vereadores de São Paulo homenageou-o com o nome de uma das artérias da capital paulista.[4]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Dentre os discos do artistas tem-se:[1]

  • ”Geremias do Roque Santeiro”
  • ”Catulo de Paula”
  • ”A simplicidade de Catulo de Paula”
  • ”Cawboy do Ceará/Como tem Zé na Paraíba”
  • ”Nós num "have"/Mambo do Ceará”
  • ”Rosamélia/Foi saudade”
  • "Vida ruim"

Notas e Referências

  1. a b c d e «Verbete Catulo de Paula». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 31 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2022 
  2. «Orquestra Sinfônica de Sergipe estreia em São Paulo no próximo dia 16». Governo de Sergipe. 30 de outubro de 2018. Consultado em 31 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2023 
  3. «Maria, Maria». Memória Globo. Consultado em 30 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2021 
  4. «Lei 1074 de 20 de outubro de 1995». Câmara de São Paulo. 20 de outubro de 1995. Consultado em 31 de dezembro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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