Castelo de Santo Estêvão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Castelo de Santo Estevão
Castelo de Santo Estêvão
Vista do Castelo de Santo Estevão
Tipo Castelo
Estilo dominante Românico
Início da construção D. Afonso Henriques

1160
Fim da construção 1211
Inauguração 1211
Proprietário inicial Reino de Portugal
Função inicial Militar
Proprietário atual República Portuguesa
Função atual Cultural
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional
Ano 16 de Maio de 1939
DGPC 71121
SIPA 6006
Geografia
País Portugal Portugal
Cidade Portugal Chaves
Coordenadas 41° 46' 28" N 7° 25' 9" O
Castelo de Santo Estevão está localizado em: Portugal Continental
Castelo de Santo Estevão
Geolocalização no mapa: Portugal Continental

O Castelo de Santo Estêvão localiza-se na freguesia e vila de Santo Estêvão, município de Chaves, distrito de Vila Real, em Portugal.[1][2]

Localiza-se em posição dominante sobre a povoação, a pouca distância do curso do rio Tâmega e da fronteira com a Espanha.

O Castelo de Santo Estêvão está classificado como Monumento Nacional desde 1939.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

A primitiva ocupação humana de seu sítio remonta à pré-história, conforme testemunhos arqueológicos identificados na região.

O castelo medieval[editar | editar código-fonte]

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, os domínios de Chaves (Aquae Flaviae) e de Santo Estevão integraram o dote de Teresa de Leão e Castela quando desposou o conde D. Henrique de Borgonha (1093), vindo a fazer parte do Condado Portucalense.

Em 1129, os domínios de Chaves e de Santo Estevão foram retomados por forças Muçulmanas, sendo recuperados por Rui e Garcia Lopes (1160), dois irmãos cavaleiros que ofereceram os seus serviços a D. Afonso Henriques (1112-1185). A edificação do Castelo de Santo Estevão teria sido iniciada nessa época, para ser concluída no reinado de seu filho e sucessor, D. Sancho I (1185-1211). Aqui se celebraram as núpcias da infanta D. Teresa, filha de D. Sancho I, com Afonso IX de Leão, e neste castelo viveram as outras filhas de D. Sancho I: D. Mafalda, D. Sancha e seu filho, o infante D. Afonso que veio a suceder ao seu pai no trono.

Tendo os domínios de Chaves sido conquistados por Afonso IX de Leão e Castela (1221), o Castelo de Santo Estevão também o foi, permanecendo como penhor do litígio entre os soberanos de Castela e Portugal até à solução do conflito, no Sabugal, em 1231.

Durante o reinado de D. Afonso III (1248-1279), neste castelo se celebraram as segundas núpcias do soberano, com D. Beatriz, filha ilegítima de Afonso X de Castela (1253). As habitações da vila foram adaptadas para servir como alcáçova para receber os noivos, que aqui passaram a residir. O soberano concedeu Carta de Foral à povoação (15 de Maio de 1258), criando o Concelho de Santo Estevão de Chaves, época em que se iniciou a reconstrução do castelo.

O seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), veio ao castelo esperar a noiva, D. Isabel, filha de D. Pedro III de Aragão. Nessa altura, esta fortaleza pertencia a seu irmão Martim Afonso, o "Chichorro".

Posteriormente, durante a crise de 1383-1385 as forças de D. João I (1385-1433) acampam na vila de Santo Estêvão preparando-se para o assalto a Chaves, cujo alcaide, Martim Gonçalves de Ataíde, tinha jurado fidelidade a Castela. Reza a tradição que o soberano aqui teria retornado com suas tropas, na noite de Natal de 1423.

Da Guerra da Restauração aos nossos dias[editar | editar código-fonte]

Durante a Guerra da Restauração, em 1666, o castelo foi tomado pelas tropas do general Baltazar Rojas Pantoja, vice-rei e governador das Armas da Galiza, que trucidaram a sua reduzida guarnição, saqueando e incendiando a vila. As suas forças dirigiram-se em seguida para o Castelo de Monforte de Rio Livre, sendo, porém, batidas por tropas cavalarianas portuguesas sob o comando do general Francisco de Távora, com o auxílio de forças sob o comando do conde de Alvor.

Após esses acontecimentos, as dependências do castelo medieval foram abandonadas, tendo sido, posteriormente, adaptadas a residência paroquial.

Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 16 de Maio de 1939. Mais recentemente, passou por intervenção de consolidação e restauro a cargo do poder público português.

Características[editar | editar código-fonte]

Do antigo castelo, resta a sólida torre de menagem ameada, de planta quadrangular, em aparelho de granito, com dois pavimentos.

Junto ao castelo ergue-se a Igreja Matriz, com uma só nave.

Referências

  1. «Monumentos». www.monumentos.gov.pt (em inglês). Consultado em 27 de outubro de 2020 
  2. a b Ficha na base de dados SIPA

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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