Caso República – Wikipédia, a enciclopédia livre
O Caso República foi um episódio da luta pelo controlo da comunicação social na República Portuguesa, ocorrido a 19 de Maio de 1975 durante o Verão Quente de 1975, correspondente à invasão e ocupação do jornal República, e subsequente expulsão de membros da sua direcção.
A invasão e ocupação do jornal por parte da comissão de trabalhadores do jornal, representando os tipógrafos, gráficos e administrativos, foi justificada como sendo um protesto dirigido à linha editorial seguida no jornal, atacando-a por ser próxima do ideal socialista[1].
Este era um dos poucos órgãos de informação que não da Extrema esquerda comunista, caso que veio a ter grande repercussão internacional[2]. Na reunião da Nato em Bruxelas a 27 de maio de 1975 um dos temas mais discutidos foi o caso República, centrado na liberdade de informação. Na visita do presidente Costa Gomes a Paris, os jornalistas apenas queriam saber do caso república.
Foi tão grave que o Partido Socialista (PS) resolveu abandonar o governo como sinal de protesto contra a ocupação do jornal[3].
Referências
- ↑ Pedro Miguel Guinote, Rui Miguel Faias e Mário Rui Nicolau. «O Caso República»
- ↑ Caso República, CITI, Universidade Nova de Lisboa
- ↑ Verão Quente de 1975, CITI, Universidade Nova de Lisboa
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- O Caso República, Pedro Miguel Guinote, Rui Miguel Faias, Mário Rui Nicolau, Lisboa, 1997, portal EUSOU
- O caso República: quando o PS quis condicionar um jornal, ZAP, 19 de Abril de 2024
- O Caso República no contexto político-militar de 1975, Sara Augusta Rufo Ribeiro, Departamento de Sociologia e Políticas Públicas, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Setembro de 2013
- Publicação do “Jornal do Caso República”, RTP Arquivos, 29 de Maio de 1975, © RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2024