Carlos Alberto Torres – Wikipédia, a enciclopédia livre

Carlos Alberto Torres
Carlos Alberto Torres
Em julho de 2011, durante solenidade de campanha promovida
pelo Ministério da Saúde (Foto: José Cruz/ABr)
Informações pessoais
Nome completo Carlos Alberto Torres
Data de nasc. 17 de julho de 1944
Local de nasc. Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Morto em 25 de outubro de 2016 (72 anos)
Local da morte Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Altura 1,80 m
Apelido Capita
Capitão do Tri
Informações profissionais
Posição lateral-direito
Função treinador
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1962–1965
1965–1971
1971
1971–1974
1974–1977
1977
1977–1980
1981
1982
Fluminense
Santos
Botafogo
Santos
Fluminense
Flamengo
New York Cosmos
California Surf
New York Cosmos
jogos (golos)
Seleção nacional
1964–1977 Brasil
Times/clubes que treinou
1983
1984–1985
1985
1986–1988
1988
1988
1989–1990
1991–1992
1992
1993
1994
1997
1998
1998–1999
2000–2001
2000–2001
2001–2002
2002
2004
2004–2005
2005
Flamengo
Fluminense
Corinthians
Náutico
Miami Freedom
Corinthians
Once Caldas
Monterrey
Tijuana
Botafogo
Fluminense
Botafogo
Atlético Mineiro
Querétaro
Unión Magdalena
Omã
Flamengo
Botafogo
Paysandu
Azerbaijão
Paysandu
Medalhas
Jogos Pan-Americanos
Ouro São Paulo 1963 Futebol
Copa do Mundo FIFA
Ouro México 1970 Equipe

Carlos Alberto Torres (Rio de Janeiro, 17 de julho de 1944Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2016) foi um futebolista, treinador e comentarista esportivo brasileiro.[1]

Em sua longa carreira, atuou como lateral-direito, tendo sido um dos símbolos do clássico futebol brasileiro, eternizado pela conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo FIFA de 1970, no México. Por conta disso, ganhou a alcunha de "Capitão do Tri", já que foi o capitão daquele time.

Um defensor tecnicamente talentoso, com boas habilidades de bola e capacidade defensiva, é amplamente considerado como um dos melhores defensores de todos os tempos. Ele também se destacou por sua liderança e foi um excelente cobrador de pênaltis. Na final da Copa de 1970, Carlos Alberto marcou o quarto gol brasileiro que fechou a goleada de 4–1 contra a Itália. Seu tento é considerado um dos maiores gols da história do torneio.[2]

Muitos cronistas dizem que foi um dos maiores laterais-direitos de todos os tempos. Tinha habilidade, respeito dos companheiros e, como uma de suas características principais, uma forte personalidade.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Como jogador[editar | editar código-fonte]

Carioca de Vila da Penha, Carlos Alberto foi revelado pelo Fluminense, sendo medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1963, disputados em São Paulo,[3] e foi campeão do Campeonato Carioca de 1964.[4] Logo depois, se transferiria para o Santos, contratado por CR$ 200 milhões, na transação mais cara do futebol brasileiro até ali.[4]

Quando Carlos Alberto chegou na Vila Belmiro em 1965, o Santos atravessava o seu apogeu, com conquistas como o bicampeonato da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes. Assumiu de imediato a lateral-direita, posição antes ocupada por Ismael.[4] Estreou no Santos em 29 de abril de 1965, marcando um dos gols da goleada de 9 a 4 no amistoso contra o Remo, em Belém.[4]

Pelo Santos foi pentacampeão paulista em 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973, ano em que conquistou seu último título pelo time da Vila Belmiro.

Em 1971, atuou por empréstimo com a camisa do Botafogo em 22 jogos, onde também se destacou nos três meses que por lá passou.

Retornou à Vila Belmiro, onde permaneceria até 1975 e, nessa segunda passagem, trocou a lateral-direita pela zaga.[4] Carlos Alberto fez 443 partidas, marcou 40 gols e conquistou dez títulos oficiais com a camisa do Santos.[4]

Em 1974, retornou ao Fluminense, onde fez parte do time que ficou conhecido como a Máquina Tricolor, sendo bicampeão carioca e semifinalista dos Campeonato Brasileiro de 1975 e 1976, depois passando pelo Flamengo.

Também jogou pelo California Surf e New York Cosmos, quando novamente foi companheiro de Pelé.

Carlos Alberto marcou sua história em todos os times que jogou, pois conseguiu se firmar e ganhar respeito em vários times de craques, mesmo na Seleção Brasileira tricampeã de 1970, onde era um dos líderes e o capitão da equipe.

Em março de 2004, Carlos Alberto foi nomeado por Pelé um dos 125 melhores jogadores vivos do mundo.[5]

Seleção Nacional[editar | editar código-fonte]

Cromo alusivo à Copa do Mundo FIFA de 1970

Em 1964, um Pacaembu lotado vaiou quando a Argentina goleou o Brasil na final da Taça das Nações. “Meteram duas ou três bolas aqui atrás, não houve cobertura e quase que eu fui crucificado”, contou. O técnico Vicente Feola disse que Carlos Alberto era indisciplinado e o veterano Djalma Santos recuperou o posto de titular.[6]

Cortado da Seleção que fracassou na Copa do Mundo FIFA de 1966, Carlos Alberto voltou em 1968 como capitão.[6]

É o único capitão a marcar gol numa final de Copa e ser campeão. Marcou o quarto gol do Brasil sobre a Itália na final de 1970, que terminou 4–1 para o Brasil.

Pela Seleção Brasileira , jogou 61 partidas e marcou nove gols.[4]

Seleção da América do Sul de todos os tempos[editar | editar código-fonte]

Foi escolhido ainda para integrar a seleção da América do Sul de todos os tempos na posição de zagueiro. A enquete foi realizada com cronistas esportivos de todo o mundo. A FIFA o considera um dos maiores laterais direitos de todos os tempos.[carece de fontes?]

Estilo[editar | editar código-fonte]

"Não temos ninguém que se aproxime, que possa chegar perto de exercer essa liderança com naturalidade que ele exercia, em uma geração que nunca tivemos igual no futebol brasileiro. Buscar outro Carlos Alberto Torres é impossível, mas tem que se espelhar nele."

Carlos Alberto Torres era dono de uma personalidade marcante e de muita elegância em campo.

Tinha um estilo de liderança que não poupava ninguém de suas críticas - nem mesmo Pelé, quatro anos mais velho.[7] Carlos Alberto Torres não era capitão apenas na hora do cara ou coroa. O "Capita" foi um dos que pediram a Zagallo a escalação de Everaldo no lugar de Marco Antônio, então com 19 anos e inexperiente demais, na avaliação do grupo.[6]

Conforme palavras do portal UOL: "boquirroto, impulsivo e enérgico, Carlos Alberto Torres não entrava em discussões pela metade".[8] Um episódio que demonstra bem seu estilo de liderança, aconteceu na partida que o Brasil venceu a Inglaterra por 1–0 na Copa de 1970. Carlos Alberto abandonou a posição só para dar uma entrada mais forte no atacante inglês Francis Lee, que tinha chutado o rosto de Félix. Depois do lance, Lee sumiu do jogo.[9]

Como treinador[editar | editar código-fonte]

Em seu primeiro ano como treinador, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1983 pelo Flamengo.

Foi treinador do Fluminense no Bicampeonato Carioca, em 1984.

Em 1985, foi Bicampeão do Campeonato Pernambucano pelo Náutico.[10]

Em 1993 conquistou a Copa CONMEBOL pelo Botafogo.

Ao todo, dirigindo 16 equipes, do Brasil e do Exterior, algumas delas mais de uma vez.[4]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Na política, Carlos Alberto era filiado ao Partido Democrático Trabalhista. Foi vereador de 1989 a 1993, ocupando a vice-presidência e a primeira secretaria da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Em 2008 tentou uma vaga para vice-prefeito da capital fluminense, na chapa de Paulo Ramos, mas acabou não se elegendo.[11]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Carlos Alberto foi casado três vezes: com Sueli (mãe dos seus filhos Andréa e Alexandre Torres, também jogador), com a atriz Teresinha Sodré e com Graça, sua última esposa.[4]

Morte[editar | editar código-fonte]

Morreu no dia 25 de outubro de 2016, aos 72 anos, vítima de um infarto fulminante em sua casa, no Rio de Janeiro.[12]

Carlos Alberto Torres fez sua última aparição no SporTV, onde era comentarista, apenas dois dias antes de sua morte, quando participou do programa Troca de Passes.[13] Ricardo Rocha, ex-zagueiro e amigo próximo do Capita, e o comentarista Luiz Ademar, também do SporTV, relataram que Carlos Alberto tinha boa saúde, a despeito da idade.[14] Seu corpo foi velado na sede da CBF, na Barra da Tijuca, e sepultado no Cemitério de Irajá.[15]

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Seleção Brasileira[16]
Ano Jogos Gols
1964 3 0
1965 1 0
1966 3 0
1968 17 5
1969 9 0
1970 14 2
1972 1 1
1976 1 0
1977 3 0
TOTAL 52 8
Jogos pela Seleção Brasileira
# Data Partida Competição Gol
1 24 de abril de 1963 Brasil 3–1 Uruguai Jogos Pan-Americanos
2 28 de abril de 1963 Brasil 10–0 Estados Unidos
3 30 de abril de 1963 Brasil 3–0 Chile
4 4 de maio de 1963 Brasil 2–2 Argentina
5 30 de maio de 1964 Brasil 5–1 Inglaterra Copa das Nações
6 3 de junho de 1964 Brasil 0–3 Argentina
7 7 de junho de 1964 Brasil 4–1 Portugal
8 21 de novembro de 1965 Brasil 5–3 Hungria
9 14 de maio de 1966 Brasil 3–1 País de Gales Amistoso
10 19 de maio de 1966 Brasil 1–0 Chile Copa Bernardo O'Higgins
11 4 de junho de 1966 Brasil 4–0 Peru Amistoso
12 9 de junho de 1968 Brasil 2–0 Uruguai Copa Rio Branco
13 12 de junho de 1968 Brasil 4–0 Uruguai
14 16 de junho de 1968 Alemanha 2–1 Brasil Amistoso
15 20 de junho de 1968 Polônia 3–6 Brasil Amistoso
16 23 de junho de 1968 Tchéquia 3–2 Brasil Amistoso
17 25 de junho de 1968 Iogoslávia 0–2 Brasil Amistoso
18 30 de junho de 1968 Portugal 0–2 Brasil Amistoso
19 7 de julho de 1968 México 0–2 Brasil Amistoso
20 10 de julho de 1968 México 2–1 Brasil Amistoso
21 14 de julho de 1968 Peru 3–4 Brasil Amistoso
22 17 de julho de 1968 Peru 0–4 Brasil Amistoso
23 25 de julho de 1968 Paraguai 0–4 Brasil Copa Oswaldo Cruz
24 28 de julho de 1968 Paraguai 1–0 Brasil
25 31 de outubro de 1968 Brasil 1–2 México Amistoso
25 3 de novembro de 1968 Brasil 2–1 México Amistoso
26 6 de novembro de 1968 Brasil 2–1 Resto do Mundo
27 14 de dezembro de 1968 Brasil 2–2 Alemanha Oriental Amistoso
28 17 de dezembro de 1968 Brasil 3–3 Iogoslávia Amistoso
29 7 de abril de 1969 Brasil 2–1 Peru Amistoso
30 9 de abril de 1969 Brasil 3–2 Peru Amistoso
31 12 de junho de 1969 Brasil 2–1 Inglaterra Amistoso
32 6 de agosto de 1969 Colômbia 0–2 Brasil Eliminatórias da Copa do Mundo
33 10 de agosto de 1969 Venezuela 0–5 Brasil
34 17 de agosto de 1969 Paraguai 0–3 Brasil
35 21 de agosto de 1969 Brasil 6–2 Colômbia
36 24 de agosto de 1969 Brasil 6–0 Venezuela
37 31 de agosto de 1969 Brasil 1–0 Paraguai
38 4 de março de 1970 Brasil 0–2 Argentina Amistoso
39 8 de março de 1970 Brasil 2–1 Argentina Amistoso
40 22 de março de 1970 Brasil 5–0 Chile Amistoso
41 26 de março de 1970 Brasil 2–1 Chile Amistoso
42 12 de abril de 1970 Brasil 0–0 Paraguai Amistoso
43 26 de abril de 1970 Brasil 0–0 Bulgária
44 29 de abril de 1970 Brasil 1–0 Áustria Amistoso
45 3 de junho de 1970 Tchéquia 1–4 Brasil Copa do Mundo – Fase de grupos
46 7 de junho de 1970 Inglaterra 0–1 Brasil
47 10 de junho de 1970 Brasil 3–2 Romênia
48 14 de junho de 1970 Brasil 4–2 Peru Copa do Mundo – 4as-finais
49 17 de junho de 1970 Uruguai 1–3 Brasil Copa do Mundo – Semi-finais
50 21 de junho de 1970 Brasil 4–1 Itália Copa do Mundo – Final Gol marcado
51 30 de setembro de 1970 Brasil 2–1 México Amistoso
52 4 de outubro de 1970 Chile 1–5 Brasil Amistoso
53 26 de abril de 1972 Brasil 3–2 Paraguai Amistoso
24 19 de dezembro de 1973 Brasil 2–1 Resto do mundo Despedida de Garrincha
55 10 de junho de 1976 Brasil 3–1 Resto do mundo Amistoso
56 1 de dezembro de 1976 Brasil 2–0 União Soviética Amistoso
57 9 de março de 1977 Brasil 6–0 Colômbia Eliminatórias da Copa do Mundo
58 13 de março de 1977 Paraguai 0–1 Brasil
59 20 de março de 1977 Brasil 1–1 Paraguai

Títulos[editar | editar código-fonte]

Como jogador[editar | editar código-fonte]

Fluminense
Santos
New York Cosmos
  • NASL Exterior Championships: 1977, 1978, 1980 e 1982
  • Eastern Division (National Conference): 1978, 1979, 1980 e 1982
  • Trans-Atlantic Cup Championships: 1980
Seleção Brasileira

Como treinador[editar | editar código-fonte]

Flamengo
Fluminense
Botafogo

Prêmios individuais[editar | editar código-fonte]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 2017, a FERJ homenageou capitão do tri, nomeando o troféu do Campeonato Carioca de 2017 de troféu Carlos Alberto Torres.[18]

Referências

  1. «Que fim levou? CARLOS ALBERTO TORRES... O capitão do tri». Terceiro Tempo. Consultado em 4 de fevereiro de 2024 
  2. «Carlos Alberto Torres e um chute para a história». VEJA. 25 de outubro de 2016. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  3. «COB lamenta "perda lastimável" de Carlos Alberto e lembra ouro em Pan». GloboEsporte.com. 25 de outubro de 2016. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  4. a b c d e f g h i sfcadmin (17 de julho de 2019). «Carlos Alberto Torres, o lateral que revolucionou o futebol». Santos Futebol Clube. Consultado em 20 de abril de 2023 
  5. «Lista de craques de Pelé para Fifa tem maioria brasileira». BBC Brasil. 4 de março de 2004. Consultado em 6 de agosto de 2021 
  6. a b c Thomas Traumann (28 de outubro de 2016). «Carlos Alberto Torres (1944 – 2016): O chute que reinventou o futebol». Revista Época. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  7. «Morre Carlos Alberto Torres, o capitão do tri na Copa de 1970». Estadão. 25 de outubro de 2016. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  8. «Capita falava alto e grosso». UOL. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  9. «Galvão exalta liderança de C. Alberto: "Não temos ninguém que se aproxime"». O Estado CE. 25 de outubro de 2016. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  10. Alexandre Barbosa (25 de outubro de 2016). «Américo Pereira relembra Carlos Alberto Torres no Náutico e lamenta morte de grande amigo». Superesportes. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  11. «Ex-jogador Carlos Alberto Torres será o vice de Paulo Ramos». O Globo. 4 de julho de 2008. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  12. Márcio Mará (25 de outubro de 2016). «Aos 72, morre Carlos Alberto Torres, o maior dos capitães do futebol brasileiro». GloboEsporte.com. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  13. Pedro Ivo Almeida (25 de outubro de 2016). «Capitão do tri, Carlos Alberto Torres morre aos 72 anos». UOL. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  14. Vanderlei Lima (25 de outubro de 2016). «Ricardo Rocha diz que Capita jogava palavras cruzadas no momento de infarto». UOL. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  15. Pedro Ivo Almeida (25 de outubro de 2016). «Velório de Carlos Alberto Torres será na sede da CBF». UOL. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  16. «Carlos Alberto Torres» (em inglês). National Football Teams. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  17. «IFFHS ALL TIME WORLD MEN'S DREAM TEAM». Consultado em 22 de maio de 2021 
  18. Silvio Barsetti (2 de maio de 2017). «Campeão do Rio vai receber troféu Carlos Alberto Torres». Terra. Consultado em 30 de agosto de 2021 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Carlos Alberto Torres

Precedido por
Cléber Camerino
Zagallo
Treinador do Flamengo
1983
2001–2002
Sucedido por
José Roberto Francalacci (interino)
João Carlos Costa
Precedido por
Carlos Alberto Parreira
Pinheiro
Treinador do Fluminense
1984–1985
1994
Sucedido por
José Omar Pastoriza
Deley
Precedido por
Jair Picerni
Jair Pereira
Treinador do Corinthians
1985
1988
Sucedido por
Basílio
José Carlos Fescina
Precedido por
Treinador do Miami Freedom
1988
Sucedido por
Wim Suurbier
Precedido por
Pedro García Barros
Treinador do Monterrey
1991–1992
Sucedido por
Miguel Mejía Barón
Precedido por
Othon Valentim
Sebastião Rocha
Ivo Wortmann
Treinador do Botafogo
1993
1997
2002
Sucedido por
Dé Aranha
Gílson Nunes
Levir Culpi
Precedido por
Carlos de los Cobos
Treinador do Querétaro
1999
Sucedido por
Mario Zanabria
Precedido por
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Treinador da Seleção de Omã
2000–2001
Sucedido por
Milan Máčala
Precedido por
Asgar Abdullayev
Treinador da Seleção do Azerbaijão
2004–2005
Sucedido por
Vagif Sadygov