Capitalismo industrial – Wikipédia, a enciclopédia livre

O surgimento do capitalismo industrial se deve em grande parte do desenvolvimento tecnológico. As empresas evoluíram de manufatureiras para mecanizadas. O Capitalismo Industrial é uma fase da história do capitalismo que ocorreu de 1780 a 1870, na qual as classes sociais dividem-se em: trabalhadores assalariados, proprietários de terra arrendada e a burguesia industrial.Os escritores da época Adam Smith, John Locke, Karl Marx e outros conceituaram a "máquina" da sociedade (cada um dentro de suas ideologias), fazendo com que se entendessem e se colocassem em prática no capitalismo industrial esses conhecimentos.

História: do capitalismo comercial ao capitalismo industrial[editar | editar código-fonte]

O capitalismo comercial precedeu o capitalismo industrial. Marx, em O Capital, afirma que o capitalismo comercial se caracterizava por ser exterior à produção - o lucro advinha do transporte e comercialização das mercadorias produzidas de forma pré-capitalista (os trabalhadores ainda não eram separados da propriedade dos meios de produção e eles vendiam ao capitalista comercial apenas o excedente de sua produção). Em contraposição, o capitalismo industrial adentrou na produção de mercadorias, formatou a produção de modo que o lucro é o objetivo direto das coisas produzidas, e, para tal, separou a população de seus meios de produção e formou uma classe que, sem ter meios de vida, vê-se necessitada de vender sua capacidade de trabalhar (força de trabalho) como uma mercadoria a fim de conseguir um salário que lhe permita sobreviver. Essa classe é o proletariado. Comprando a capacidade de agir e atuar da população, os capitalistas agora possuem o poder de tornar toda a produção em produção para o capital. O trabalho assalariado é, pois, a relação social fundamental do capitalismo industrial. A economia contemporânea surgiu com a necessidade das elites industriais daquela época tentarem justificar seus lucros frente as cobranças da sociedade.[1]

Tempos presentes[editar | editar código-fonte]

A sociedade dos tempos atuais se caracteriza pela generalização do trabalho assalariado na produção de praticamente tudo (de ventiladores a obras cinematográficas), e, neste sentido, ela é uma continuidade do capitalismo industrial, que se difundiu no mundo inteiro. Tanto nos países chamados capitalistas quanto nos chamados socialistas, a mercadoria força de trabalho, comprada seja por empresas seja por instituições estatais, é a fonte da riqueza material, isto é, a relação social fundamental do capitalismo industrial se aplica a ambos.

Capitalismo comercial - Um pouco mais sobre o capitalismo[editar | editar código-fonte]

  • O processo de expansão marítimo-comercial europeu ocorrido no fim do século XV marcou a primeira fase do sistema capitalista . Com a intensificação do comércio manufatureiro e a necessidades de novos mercados consumidores que fornecessem matéria prima barata, as principais potencias marítimas europeias decidiram ir em busca de novas rotas comerciais , com a finalidade de acabar a hegemonia italiana , que controlava o comércio oriental via rota do mediterrâneo .
  • Esse período marcou o acumulo de capitais realizados a partir das trocas de mercadorias , oriundas das descobertas e conquistas territoriais , bem como a escravização dos negros , em sua maioria africanos , causando um verdadeiro genocídio contra os povos nativos das regiões conquistadas ( America e Africa )
  • A fim de promover a estabilidade e o crescimento econômico das nações , o sistema tinha como perfil a intervenção estatal na economia , que colocava o poder centralizado nas mãos dos monarcas . A economia que colocava o poder centralizado nas mãos dos monarcas . A economia tinha seu funcionamento baseado na doutrina mercantilista , que afirmava que a riqueza de um pais era medida pela sua quantidade de metais preciosos . Esse princípio foi denominado de metalismo .

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. E. K. Hunt, History of Economic Thought: A Critical Perspective, Nova York e Londres, M.E. Sharpe 2002, p. 282.