Canavial de Paixões – Wikipédia, a enciclopédia livre

Canavial de Paixões
Canavial de Paixões
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero
Duração 45 minutos
Criador(es) Henrique Zambelli
Baseado em Cañaveral de pasiones de Humberto Zurita e Christian Bach
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original (português brasileiro)
Episódios 116
Produção
Diretor(es) Henrique Martins
Tema de abertura "Incêndio no Canavial", Moacyr Franco
Exibição
Emissora original SBT
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 13 de outubro de 2003 – 23 de março de 2004
Cronologia
Programas relacionados Cañaveral de pasiones (1996)
Abismo de pasión (2012)

Canavial de Paixões é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT entre 13 de outubro de 2003 e 22 de março de 2004, em 116 capítulos, substituindo Jamais Te Esquecerei e sendo substituída pela exibição da mexicana A Outra. É uma versão da telenovela mexicana Cañaveral de pasiones, de Humberto Zurita e Christian Bach, sendo adaptada por Henrique Zambelli, com supervisão de texto de Ecila Pedroso e colaboração de Simone Boer, sob direção de Jacques Lagôa e Claudio Callao, direção geral de Henrique Martins e direção geral de teledramaturgia de David Grimberg.

Conta com Bianca Castanho, Gustavo Haddad, Débora Duarte, Oscar Magrini, Thierry Figueira, Ana Cecília Costa, Helena Fernandes e Jandir Ferrari nos papéis principais.[1][2]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 1996, Humberto Zurita e Christian Bach escreveram Cañaveral de pasiones, adaptando dois textos radiofônicos da escritora Caridad Bravo Adams: Una sombra entre los dos e Al pie del altar.[3] O romance produzido pela Televisa e protagonizado por Daniela Castro e Juan Soler foi exibido pelo Canal de las Estrellas entre 6 de maio e 6 de setembro de 1996, totalizando 92 capítulos.[4] O enredo focava na história do casal Julia e Pablo, que cresceram juntos em um povoado no estado mexicano de Veracruz. Quando a mãe dela, Margarita, e o pai dele, Amador, morrem em um acidente, levanta-se a suspeita de que eles fugiram juntos. O rancor das duas famílias acaba separando o casal ainda na infância e difamando Margarita e depois a própria filha. Arrependida, a mãe dele, Josefina, proíbe-o de ver a amiga e o manda para a capital, Xalapa. Doze anos depois, ele volta à cidade natal como noivo da arrogante Gina, e ao reencontrar Julia se dá conta que a ama.[5] No Brasil, o romance foi exibido pela CNT, com estreia em 28 de julho de 1997.[3][6] Em 2001, o Sistema Brasileiro de Televisão assinou um contrato com a Televisa que dava direitos de adaptar folhetins mexicanos em refilmagens brasileiras.[7] Desde então, foram produzidas Pícara Sonhadora, Amor e Ódio, Marisol, Pequena Travessa e Jamais Te Esquecerei.[8]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Jacques Lagôa, diretor[9]

Canavial de Paixões se passa em um pequeno povoado católico chamado São Bento dos Canaviais. A economia da cidade é completamente baseada no plantio de cana-de-açúcar e na produção de açúcar, principalmente do Grupo Usineiro Giácomo.[10] Este é um cenário onde ocorrem encontros, desencontros, intrigas e amores que o tempo não pode apagar.[11] Casada com o poderoso usineiro Amador Giácomo (Victor Fasano), Teresa (Débora Duarte) sempre suportou os casos extraconjugais do marido.[12] No entanto, nunca permitiu que sua família se aproximasse da família Santos, com medo de que fosse reaceso um amor juvenil que houve entre seu marido e a esposa de Fausto Santos (Jandir Ferrari), Débora Feberman (Cláudia Ohana).[13] Débora, porém, sempre amou seu esposo. Ainda crianças, Clara (Rayanna Vidal), Paulo (Giovanni Delgado), João de Deus (Giovanni Forner) e Mirela nutrem uma grande amizade, mesmo com as diferenças sociais entre eles. Mas a desconfiança e o preconceito dos adultos fará com que eles sofram até a idade adulta.[14]

Teresa Giácomo impede que seu filho, Paulo, mantenha laços com Clara, filha de Débora, a qual Teresa acha ser amante do seu marido. Ela também não quer que seu filho se aproxime de João de Deus, por este ser um órfão criado pelo padre da paróquia, e nem com Mirela, menina órfã que vive humildemente com a avó curandeira.[15] Paulo também sofre com a crise conjugal de seus pais. Ele procura a curandeira Remédios (Wanda Stefânia), que lhe dá um amuleto capaz de reaproximá-los. Sua tentativa fracassa quando sua mãe recusa o amuleto.[16] Clara é quem fica com o talismã, selando misticamente o amor entre ela e Paulo. A mãe de Clara, Débora Feberman, morre em um trágico acidente de carro na tentativa de impedir sua irmã maquiavélica Raquel de fugir com Amador Giácomo. Após a morte da irmã, Raquel (Helena Fernandes) se casa com o cunhado, Fausto. Ela faz com que a paternidade da garota Clara seja motivo de desconfiança e faz Fausto rejeitar a filha.[17]

Quinze anos depois, o casamento entre Raquel e Fausto se torna um fiasco. Clara (Bianca Castanho) tenta se reaproximar do pai, mas ainda é rejeitada. Mesmo com o passar dos anos, ele ainda desconfia do passado de Débora Feberman e da paternidade de sua filha.[17] João de Deus (Thierry Figueira) é responsável pela sobrevivência do canavial de Fausto. A produção de cana é vendida para outra usina, já que o Grupo Usineiro Giácomo não aceita a união dos negócios com a família Santos. Clara tenta negociar com Teresa, mas suas tentativas são em vão. Agenor (Oscar Magrini), braço direito de Teresa, é responsável pelo grupo familiar, que prospera cada vez mais.[18] Inescrupuloso, ele manda e desmanda de acordo com seu humor e interesse de realizar seus planos. Ele substitui o patrão na usina e no coração de Teresa, uma mulher angustiada que não consegue esquecer a humilhação que viveu no passado. Paulo (Gustavo Haddad) volta para São Bento já formado e reencontra Clara. O amor entre os dois floresce novamente. Teresa fará de tudo para separar os dois, e poderá contar com a ajuda de Regina (Bruna Thedy), noiva de Paulo. Elas agirão em dupla para afastar o rapaz da moça.[19]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem
Bianca Castanho Clara Feberman Santos
Gustavo Haddad Paulo Giácomo
Débora Duarte Teresa Giácomo
Oscar Magrini Agenor Mello
Thierry Figueira João de Deus
Ana Cecília Costa Mirela Belay
Helena Fernandes Raquel Feberman Santos
Jandir Ferrari Fausto Santos
Wanda Stefânia Maria dos Remédios Belay
Bruna Thedy Regina de Almeida
Sidney Sampaio Guilherme de Almeida
Marcelo Médici Oswaldo Dias
Jonas Mello Padre Antônio
Patrícia Novaes Margareth de Deus (Marga)
Walter Cruz Dr. Alexandre Belay
Analu Graci Hilda Belay
Patrícia Mayo Amália Castro
José Steinberg Miguel Castro
Hélio Cícero Carlos de Almeida
Gustavo Wabner Márcio Belay
Débora Gomez Denise Belay
Déo Garcez Vicente
Paula Cohen Lourdes
Teresa Athayde Maria
Fyama Monteiro Rosinha
Vinícius Vommaro Zé Manuel
Rosana Penna Carlota
Camilo Namour Luciano
Wagner Molina Eugênio
Rogério Garcia Abílio
Dionísio Correia Benjamim
Milton Levy Fábio
Rita Mendonça Soraia

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem
Cláudia Ohana Débora Febermann Santos
Victor Fasano Amador Giácomo
Ewerton de Castro Bispo
Rayanna Vidal Clara (criança)
Giovanni Delgado Paulo (criança)
Giovanni Forner João (criança)
Bruna Guasco Mirela (criança)
Sérgio Reis ele mesmo

Personagens[editar | editar código-fonte]

Bianca Castanho interpreta Clara Feberman Santos,[20] uma garota que reside em São Bento dos Canaviais, um pequeno povoado católico. Quando pequena, ela formou uma grande amizade com Paulo (Gustavo Haddad), João de Deus (Thierry Figueira) e Mirela (Ana Cecília Costa).[21] No entanto, a mãe de Paulo, Teresa (Débora Duarte), sempre impediu que ele se encontrasse com ela, já que ela é filha de Débora (Cláudia Ohana), a qual ela desconfia que seja amante do seu marido, Amador Giácomo (Victor Fasano), dono do Grupo Usineiro Giácomo. Além disso, o garoto também sofre com a crise do casamento dos pais, então procura a curandeira Remédios (Wanda Stephânia), que lhe dá um amuleto que acaba ficando com Clara, selando o amor entre os dois. Débora é casada com Fausto Santos (Jandir Ferrari). Com a morte dela, sua irmã Raquel (Helena Fernandes) se casa com o cunhado e faz com que a paternidade de Clara seja questionada.[22] Quinze anos depois, o casamento entre eles se torna um fiasco. João de Deus fica responsável pelos canaviais enquanto o braço direito de Teresa, Agenor (Oscar Magrini) cuida do grupo familiar.[23]

Na usina, Agenor é rigoroso e severo com o trabalhador Vicente (Déo Garcês), apaixonado por Lourdes (Paula Cohen), namorada de Oswaldo (Marcelo Médici). Padre Antônio (Jonas Mello) é irmão de Teresa e padre da paróquia da cidade.[24] É o orientador espiritual dos personagens, exceto dos vilões. A madrinha de Clara é Amália (Patrícia Mayo), que é casada com Miguel (José Steinberg) e era muito amiga de Débora. Guilherme de Almeida (Sidney Sampaio) é um jovem descolado e envolvente. Irmão de Gina (Bruna Thedy) e filho de Carlos (Hélio Cícero), ele seduz diversas garotas com promessas de casamento. Uma delas é Denise (Débora Gomez).[25] Dr. Belay (Walter Cruz) e Hilda (Analú Graci) são pais de Márcio (Gustavo Wabner), que se forma engenheiro e volta para sua casa. Ele aceita que sua mãe lhe arranje um emprego na usina, mesmo contra a vontade do pai. Por fim, (Patrícia Naves) desempenha Margareth, mãe de João de Deus e uma mulher interesseira, inescrupulosa e dissimulada.[26]

Produção[editar | editar código-fonte]

Ainda em 2002, com Marisol no ar, o SBT anunciou que produziria uma adaptação de Cañaveral de pasiones. Ela substituiria a outra que estava no ar a partir de outubro daquele ano; no entanto, com Esperança da Rede Globo estreando em 17 de junho[27] e ambas tendo uma temática rural, "a novela do SBT iria parecer uma produção muito pobre em comparação com a da Globo, por isso foi adiada", de acordo com Daniel Castro.[28] Portanto, a emissora lançou em seu lugar Pequena Travessa[29] e depois exibiu Jamais Te Esquecerei.[30] Em 2003, Keila Jimenez noticiou em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo que a rede e a empresa mexicana Televisa estavam próximas de renegociar o acordo formado em 2001, já que este estava próximo de ser cancelado; "como a dívida foi assumida em 2001, em dólar, a alta do câmbio fez a conta do SBT subir além do esperado, levando Silvio Santos a ameaçar encerrar a parceria, caso não houvesse renegociação".[31] Cada capítulo da trama teve um investimento de R$ 90 mil.[32][33] As gravações começaram em agosto de 2003[34] e terminaram em novembro do mesmo ano.[35]

Seleção de elenco e cenário[editar | editar código-fonte]

Os testes para o elenco começaram a ser feitos mesmo sem o contrato renovado, no dia 7 de julho de 2003.[36] Na semana seguinte, o periódico O Globo ventilou possíveis nomes no elenco. Helena Fernandes, segundo o jornal, estaria negociando com a emissora para participar da trama,[37] enquanto Suzana Alves,[37][38] Priscila Borgonovi,[37][39] Patrícia Coelho,[32][37] Bruno de Luca,[32][37] Edward Boggis,[32][37] Igor Cotrim,[37] Quitéria Chagas,[40] Ricardo Macchi,[32][37] e Ellen Roche[32] fizeram testes nos estúdios do canal.[41] Daniela Duarte foi convidada para fazer parte do elenco,[42] e sua mãe acabou por entrar na seleção.[43] No dia 28 de julho, saíram os resultados dos testes.[44] Bianca Castanho foi confirmada como protagonista em agosto.[45][46] O SBT também fechou com Victor Fasano, Oscar Magrini e Cláudia Ohana.[47][48] Depois, Gustavo Haddad foi anunciado como protagonista ao lado de Castanho.[49] Assim, concluiu-se que Canavial de Paixões teria 28 atores.[50]

O canavial, a usina de açúcar e uma igreja os quais serviram de cenário localizavam-se em Iracemápolis, no interior de São Paulo.[51] Victor Fasano, que gravou uma participação especial na trama, também usou sua imagem como embaixador e divulgador da novela.[52] Para as gravações, foram reaproveitados cenários de Éramos Seis, Pequena Travessa, Pícara Sonhadora, Marisol, Amor e Ódio e Jamais Te Esquecerei. Os prédios que aparecem nas cenas eram apenas fachadas, e as cenas internas eram filmadas em dois estúdios de reproduziam o interior das casas, cada um com 850 . De acordo com Elena Corrêa, do jornal O Globo, "num começo de tarde em que o dia parece já estar chegando ao fim porque nuvens pretas anunciam que uma chuva torrencial cairá em breve, a sensação é quase a de se estar caminhando por um cenário de filme de suspense. Um coreto abandonado, pincelado por folhas secas e galhos de árvores, ainda espera o momento de ganhar apenas alguns retoques para abrigar novos personagens em uma novela futura".[53]

Exibição[editar | editar código-fonte]

Embora a estreia da telenovela estivesse prevista para 15 de setembro de 2003,[6][54] o primeiro capítulo de Canavial de Paixões foi exibido somente em 13 de outubro de 2003, na faixa das 20h30 pelo Sistema Brasileiro de Televisão, substituindo Jamais Te Esquecerei.[55][56] O romance foi exibido de segunda a sábado.[17] Inicialmente, a novela recebeu a classificação indicativa de imprópria para menores de 12 anos,[57] o que impediria que fosse exibida antes das 20h,[58] mas a emissora recorreu e o Ministério da Justiça reclassificou a obra como livre para todos os públicos.[59] Seu desfecho foi exibido em 22 de março de 2004, totalizando 116 capítulos,[60] sendo substituída pela exibição inédita da mexicana A Outra.[61][62]

Moacyr Franco e a dupla Sérgio e Júnior interpretaram o tema de abertura, "Incêndio no Canavial".[63] Produzida pela emissora, a vinheta de abertura apresenta imagens de um canavial e trabalhadores, e também exibe imagens do elenco principal. No fim, ela retrata cenas de um incêndio, fazendo jus à letra do tema.[64]

Reprises[editar | editar código-fonte]

Foi reprisada pela primeira vez entre 24 de outubro de 2005 e 17 de março de 2006 na faixa das 15 horas sob 105 capítulos,[65] substituindo a exibição inédita da mexicana A Madrasta e sendo substituída pela primeira reprise da mexicana Rubi.[66]

Foi reprisada pela segunda vez entre 17 de agosto a 26 de novembro de 2010 em 87 episódios, substituindo Uma Rosa com Amor[67][68][69] às 20h,[70] sendo substituída pela reprise de A História de Ana Raio e Zé Trovão.[71]

Foi reprisada pela terceira vez entre 20 de agosto de 2012 e 8 de janeiro de 2013, em 96 capítulos, sucedendo a reprise de Marisol e antecedendo a de sua antecessora Jamais Te Esquecerei.[72][73]

Outras mídias[editar | editar código-fonte]

Em 22 de abril de 2022, a novela passou a ser disponibilizada na versão integral pela emissora na plataforma SBT Vídeos, dando continuidade a um processo de resgate das novelas produzidas pelo SBT, que já havia trazido novelas como Amor e Ódio, Marisol e Amigas & Rivais.[74]

Música[editar | editar código-fonte]

Canavial de Paixões
Canavial de Paixões
Trilha sonora de vários artistas
Lançamento 2003
Gênero(s) Romântico, pop, MPB
Idioma(s) Português
Formato(s) CD
Gravadora(s) SBT, Universal

O tema de abertura da telenovela, "Incêndio no Canavial", é interpretado por Moacyr Franco e a dupla Sérgio e Júnior. A trilha sonora ainda conta com artistas como Rouge, por "Um anjo veio me falar", Elis Regina por "Atrás da porta" e Sérgio Reis por "Escolta de Vagalumes". Tais canções foram incluídas em um CD lançado paralelamente à trama pela Universal Music.[75]

N.º TítuloMúsica Duração
1. "Incêndio no Canavial" (part. Sérgio e Júnior)Moacyr Franco 4:23
2. "Um anjo veio me falar"  Rouge 3:45
3. "Escolta de Vagalumes"  Sérgio Reis 3:29
4. "Atrás da porta"  Elis Regina 2:49
5. "Cai a noite"  Capital Inicial 3:31
6. "João Valentão"  Vega 3:58
7. "Sancristobal"  João Parahyba 4:34
8. "Hanabera da esperança"  As Irmãs Galvão 3:21
9. "Morro Velho"  Fagner e Milton Nascimento 5:03
10. "Toada (Na direção do dia)"  Boca Livre 3:21
11. "Pra ser feliz"  Gustavo Lins 4:01
12. "O Cio da Terra" (part. Milton Nascimento)Pena Branca e Xavantinho 3:46

Lançamento e repercussão[editar | editar código-fonte]

Audiência[editar | editar código-fonte]

Exibição original

A meta estipulada para a novela foi de 15 pontos.[50][76] A estreia alcançou 11 pontos com picos de 16, ante 50 de Celebridade na Rede Globo.[77][nota 1][79][80] Com a mudança para a segunda fase, a novela estabilizou-se em médias entre 11 e 15 pontos.[81][82] O seu recorde foi de 21 pontos, contra 30 da novela concorrente.[83] Teve média geral de 12 pontos.[83]

Reprises

Em sua reprise em 2010, a trama manteve uma média de 4 pontos.[84] A reexibição em 2012 garantiu índices de até 3 pontos, perdendo para o Programa da Tarde e derrubando os índices da emissora.[85][86][nota 2]

Avaliação em retrospecto[editar | editar código-fonte]

Amélia Gonzalez do periódico O Globo considerou que o elenco é bom, mas o texto e o cenário não: "Débora Duarte (Tereza) tem agregado valor, assim como Victor Fasano (Amador), Claudia Ohana (Débora), Helena Fernandes (Raquel). Só que o texto não ajuda nada Canavial de Paixões. [...] Os personagens repetem a mesma coisa várias vezes, a câmera fica horas focando um olhar, um gesto. E nada acontece de verdade. Mas é preciso que se diga: não é só o texto que dá à trama [...] um jeito de novela démodé. O figurino também contribui, e muito. Certamente nem lá no México mulheres usariam salto agulha e vestidos finos (de gosto duvidoso) para irem a uma festa ao ar livre comemorar a boa safra de cana-de-açúcar do canavial".[87]

O colunista Xico Sá da Folha de S.Paulo comparou-a com a trama concorrente, Celebridade: "Enquanto Gilberto Braga fazia um espalhafato no primeiro capítulo da novela Celebridade, [...] com direito ao pior sequestro da superprodução da TV brasileira, o SBT entrava com o seu bailinho na roça. Era Canavial de Paixões. Uma trama rural mexicana transposta para o mundo caipira de São Paulo". Segundo ele, "o teledrama de Silvio Santos completa o da Globo. Não por tratar do mesmo tema, a inveja, como quase todas as novelas do mundo. Mas por mostrar como funciona na vida real a indústria da fama. O SBT reaproveita atores que o Projac já explorou e depois escanteou, como Victor Fasano, Claudia Ohana, Débora Duarte e Oscar Magrini, nem melhores nem piores do que muitos globais com estabilidade no emprego". Por fim, ele comentou os aspectos da história: "o enredo de Canavial não tem nada de mexicano. É Shakespeare mesmo. Um Romeu e Julieta agro-industrial, com os filhos de usineiros e canavieiros herdando uma pendenga familiar que trava o amor".[88] Uma analista do mesmo jornal, Bia Abramo, notou que a novela não tenta fazer referências ao "mundo de fora", "[não apresenta uma tentativa de] representar o Brasil que marca boa parte das novelas da Globo". "Pelo contrário: em Canavial de Paixões, por exemplo, a história se desenvolve sem muita referência ao mundo fora da novela. Não que devesse, na verdade. A teledramaturgia, para funcionar, prescinde da pretensão de ser um retrato do que quer que seja. Vejam aí o exemplo das sitcoms norte-americanas que têm, sim, um compromisso com verossimilhança, mas não com a tarefa de construir uma imagem da sociedade norte-americana".[89]

Marina Monzillo da IstoÉ Gente disse que "[o folhetim] mostra que [a] emissora está se aperfeiçoando na arte da teledramaturgia". Consoante ela, "o nome da novela é brega, o tema de abertura, mais ainda, sem falar nos diálogos, que nunca se livram do tom mexicano, mas a teledramaturgia do SBT melhora a cada tentativa". Monzillo concluiu que "Silvio Santos tem investido no filão, e suas tramas estão com um ar mais profissional, interpretações bem razoáveis e cuidado com a fotografia. Com um elenco recheado de ex-globais, o folhetim pode não possuir a riqueza de cenários e figurinos da concorrente, porém em alguns momentos consegue deixar o espectador com a impressão de estar vendo uma cena de uma novela das seis da Globo. Pode ser um começo, mas não a solução. O SBT tem tudo para criar sua própria linguagem em teledramaturgia, como fez a finada Manchete, com Pantanal, nos anos 90. Pode dar um bom caldo".[90]

Prêmios e Indicações[editar | editar código-fonte]

A obra foi indicada em duas categorias no 6º Prêmio Contigo! de TV. O texto foi indicado na categoria de "Melhor novela ou minissérie", mas perdeu para Mulheres Apaixonadas. Por fim, Bianca Castanho e Gustavo Haddad foram indicados em "Melhor par romântico".[91][92] O troféu Imprensa é uma premiação anual que avalia a televisão e a música conforme a escolha de dez formadores de opinião. Na entrega de 2004, Canavial de Paixões foi indicada à categoria de melhor novela, mas saiu de mãos vazias.[93]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Em 2003, cada ponto de audiência equivalia a 43 mil domicílios na Grande São Paulo.[78]
  2. Em 2010, cada ponto de audiência equivalia a 60 mil domicílios na Grande São Paulo, e em e 2012, 62 mil.[78]

Referências

  1. «Canavial de Paixões está disponível no SBT Vídeos». Portal SCC10. 22 de abril de 2022. Consultado em 22 de abril de 2022 
  2. «Canavial de Paixões». Teledramaturgia. Consultado em 2 de novembro de 2020 
  3. a b c «CNT/Gazeta estréia mais um dramalhão "made in Mexico"». Folha de S.Paulo. 27 de julho de 1997. Consultado em 9 de maio de 2014 
  4. Cañaveral de pasiones. no IMDb.
  5. a b «Cañaveral de pasiones». Univisión. Consultado em 10 de maio de 2014 
  6. a b Roberta Brasil (3 de agosto de 2003). «Testes para nova trama do SBT estão a todo vapor». Terra Networks. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  7. Castro, Daniel (5 de maio de 2001). «SBT volta a produzir telenovelas em julho». Folha de S.Paulo. Consultado em 20 de dezembro de 2013. Cópia arquivada em 21 de Dezembro de 2013 
  8. Ricardo Feltrin (21 de janeiro de 2008). «Mulher de Silvio Santos vira funcionária do SBT». Universo Online. Ooops. Consultado em 22 de novembro de 2011 
  9. Stachuk, Mayra (9 de outubro de 2003). «Ex-globais dão peso ao folhetim do SBT». IstoÉ Gente. Consultado em 10 de maio de 2014 
  10. «Próximos capítulos». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de maio de 2014 
  11. «Enredo de Canavial de Paixões». Teledramaturgia. Consultado em 11 de maio de 2014. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2015 
  12. «Canavial de Paixões». Sistema Brasileiro de Televisão. Consultado em 11 de maio de 2014 
  13. «Próximos capítulos». O Estado de S. Paulo. 12 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  14. «Próximos capítulos». O Estado de S. Paulo. 26 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  15. «Próximos capítulos». O Globo. 2 de novembro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  16. «Próximos capítulos». Folha de S.Paulo. 12 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  17. a b c «Próximos capítulos». O Globo. 19 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  18. «Próximos capítulos». O Estado de S. Paulo. 19 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  19. «Próximos capítulos». 19 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  20. «SBT apresenta elenco de nova novela». Terra. 19 de agosto de 2003. Consultado em 14 de maio de 2014 
  21. «SBT reapresenta a novela 'Canavial de Paixões'». Caras. 18 de agosto de 2012. Consultado em 14 de maio de 2014 
  22. «Elenco de Canavial de Paixões». Teledramaturgia. Consultado em 14 de maio de 2014. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2015 
  23. «Canavial de Paixões - Elenco». Sistema Brasileiro de Televisão. Consultado em 14 de maio de 2014 
  24. «SBT 'rouba' globais para o elenco de "Canavial de Paixões"». UOL. 22 de agosto de 2003. Consultado em 14 de maio de 2014 
  25. «Uma mineirinha em festa». O Globo. 26 de outubro de 2003. Consultado em 14 de maio de 2014 
  26. «Conheça os personagens de "Canavial de Paixões"». UOL. 13 de agosto de 2010. Consultado em 14 de maio de 2014 
  27. «Parece continuação, mas não é». Paraná Online. 15 de junho de 2002. Consultado em 10 de maio de 2014 
  28. Castro, Daniel. «'Esperança', da Globo, faz SBT adiar novela». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  29. Monzillo, Marina. «Pequena Travessa». IstoÉ Gente. Consultado em 10 de maio de 2014 
  30. «Jamais Te Esquecerei». Teledramaturgia. Consultado em 10 de maio de 2014. Arquivado do original em 3 de junho de 2012 
  31. Jimenez, Keila (25 de junho de 2003). «SBT e Televisa estão próximos de um acordo». O Estado de S. Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  32. a b c d e f «'Canavial de Paixões' quer competir com Globo». Terra Networks. 12 de outubro de 2003. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  33. «Mexicana, sim, mas sem exageros». O Globo. 12 de outubro de 2003. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  34. Souza, Niza (20 de agosto de 2003). «Mais uma mexicana em versão nacional». O Estado de S. Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  35. «Fim do trabalho dobrado». O Estado de S. Paulo. 27 de dezembro de 2003. Consultado em 12 de maio de 2014 
  36. Castro, Daniel. «Risco». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  37. a b c d e f g h «Artistas encaram teste para novela do SBT». Terra Networks. 18 de julho de 2003. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  38. «Suzana Alves "estreia" como jornalista e deve fazer novela no SBT». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de junho de 2017 
  39. «Mulher de Fábio Assunção deve estrear no SBT». O Estado de São Paulo. 8 de outubro de 2003. Consultado em 28 de setembro de 2018 
  40. «Drama movido a muito açúcar». O Globo. 20 de julho de 2003. Consultado em 10 de maio de 2014 
  41. Moreira, Paulo Ricardo (3 de agosto de 2003). «...Ou seria 'Canavial dos Artistas'?». Jornal do Brasil. Consultado em 10 de maio de 2014 
  42. «Débora Duarte no SBT». O Estado de S. Paulo. 29 de julho de 2003. Consultado em 10 de maio de 2014 
  43. «Débora Duarte volta à cena de casa e visual novos». O Estado de S. Paulo. 21 de setembro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  44. «SBT faz testes para nova novela». Folha de S.Paulo. 21 de julho de 2003. Consultado em 10 de maio de 2014 
  45. Castro, Daniel (6 de agosto de 2003). «Fama». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  46. Castro, Daniel (7 de agosto de 2003). «Confirmado». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  47. Castro, Daniel (15 de agosto de 2003). «Constelação». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  48. «O homem certo no papel certo». O Globo. 7 de dezembro de 2003. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  49. Moreira, Paulo Ricardo (17 de agosto de 2003). «Os furões da fila por um papel no folhetim mexicano». O Globo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  50. a b Mattos, Laura; Assis, Diego; Croitor, Cláudia (12 de outubro de 2003). «Briga de foice». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de maio de 2014 
  51. Pinto, Aina (24 de agosto de 2003). «Novo talento entre globais». O Globo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  52. Moreira, Paulo Ricardo (7 de setembro de 2003). «Gala será embaixador da trama mexicana». O Globo. Consultado em 10 de maio de 2014 
  53. «A mesma praça, o mesmo banco». O Globo. 2 de novembro de 2003. Consultado em 13 de maio de 2014 
  54. Fabíola Reipert (31 de agosto de 2003). «Zapping: Scheila Carvalho é proibida de circular com novo amor». Folha de S.Paulo. Consultado em 20 de junho de 2015 
  55. Jacintho, Etienne (12 de agosto de 2003). «O México vai para o interior de SP». O Estado de S. Paulo. Consultado em 11 de maio de 2014 
  56. Stachuk, Mayra (9 de outubro de 2003). «"Trocar de emissora é normal"». IstoÉ Gente. Consultado em 11 de maio de 2014 
  57. «"Canavial de Paixões" é vetada para às 20h». Terra Networks. 14 de agosto de 2003. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  58. Castro, Daniel (14 de agosto de 2003). «Cerco». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de maio de 2014 
  59. «Canavial de Paixões - Classificação indicativa». Ministério da Justiça. 12 de agosto de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  60. «Próximos capítulos». Folha de S.Paulo. 21 de novembro de 2010. Consultado em 11 de maio de 2014 
  61. Castro, Daniel (21 de novembro de 2010). «Fragilizado, SBT ataca com "A Outra", dublada». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de junho de 2014 
  62. «História de sósias estréia dublada em horário nobre». O Globo. 14 de março de 2004. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  63. «Fogaréu no canavial». O Estado de S. Paulo. 14 de outubro de 2003. Consultado em 11 de maio de 2014 
  64. «Abertura de Canavial de Paixões». UOL. Consultado em 11 de maio de 2014 
  65. «Entrelinhas». O Estado de S. Paulo. 18 de outubro de 2005. Consultado em 11 de maio de 2014 
  66. «SBT volta a exibir novela mexicana "Rubi" no dia 13». Folha de S.Paulo. UOL. 3 de março de 2003. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  67. «Próximos capítulos». Folha de S.Paulo. 15 de agosto de 2010. Consultado em 11 de maio de 2014 
  68. «Próximos capítulos». Folha de S.Paulo. 21 de novembro de 2010. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  69. «SBT vai reprisar Canavial de Paixões, Pérola Negra e Esmeralda». MdeMulher (Editora Abril). Julho de 2010. Consultado em 30 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 2010 
  70. «Vale a pena rever "Canavial de Paixões"?». UOL. Consultado em 14 de maio de 2014 
  71. André Santana (16 de janeiro de 2018). «Corações Feridos, mais uma novela engavetada do SBT, estreava há seis anos». Observatório da Televisão. UOL. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  72. Oliveira, Fernando. «SBT vai reprisar 'Canavial de Paixões' no lugar de 'Marisol'». iG. Consultado em 12 de maio de 2014 
  73. «SBT anuncia reprise da novela "Jamais te Esquecerei"». NaTelinha. UOL. 27 de dezembro de 2012. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  74. {{Citar web|url=https://scc10.com.br/colunistas/laercio-botega/canavial-de-paixoes-esta-disponivel-no-sbt-videos/
  75. «Trilha sonora de Canavial de Paixões». Teledramaturgia. Consultado em 14 de maio de 2014. Arquivado do original em 27 de abril de 2014 
  76. Corrêa, Elane (12 de outubro de 2003). «Estratégia foi colar em "Celebridade"». O Globo. Consultado em 15 de maio de 2014 
  77. Castro, Daniel (15 de outubro de 2003). «Enquanto isso». Folha de S.Paulo. Consultado em 12 de maio de 2014 
  78. a b Jimenez, Keila (26 de dezembro de 2010). «Quanto vale a audiência?». Folha de S.Paulo. Folha da Manhã. Consultado em 12 de maio de 2014 
  79. «Destaque». Jornal do Brasil. 13 de outubro de 2003. Consultado em 12 de maio de 2014 
  80. «Veja o ibope de estréia de 10 novelas». Folha de S.Paulo. Folha da Manhã. 7 de novembro de 2005. Consultado em 12 de maio de 2014 
  81. «"Canavial de Paixões" consegue manter boa audiência». Terra. 16 de novembro de 2003. Consultado em 12 de maio de 2014 
  82. «Fogo em 'Canavial'». O Globo. 30 de novembro de 2003. Consultado em 12 de maio de 2014 
  83. a b «Bastidores de Canavial de Paixões». Teledramaturgia. Consultado em 12 de maio de 2014. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2015 
  84. «Último capítulo de "Canavial de Paixões" tem baixa audiência no SBT». NaTelinha (UOL). 27 de novembro de 2010. Consultado em 12 de maio de 2014. Arquivado do original em 2 de dezembro de 2010 
  85. Garcia, Fábio (17 de setembro de 2012). «"Canavial de Paixões" e "Maria Mercedes" disputam posto de reprise com menor audiência no SBT». POP. Consultado em 12 de maio de 2014. Arquivado do original em 14 de maio de 2014 
  86. «"Canavial de Paixões" e "Maria Mercedes" têm baixa audiência no SBT». NaTelinha (UOL). 15 de setembro de 2012. Consultado em 12 de maio de 2014 
  87. «Um jeito de novela que passou do tempo». O Globo. 17 de outubro de 2003. Consultado em 13 de maio de 2014 
  88. «"Canavial" completa discussão sobre fama». Folha de S.Paulo. 16 de outubro de 2003. Consultado em 13 de maio de 2014 
  89. «A "outra" novela das oito». Folha de S.Paulo. 16 de novembro de 2003. Consultado em 13 de maio de 2014 
  90. «Canavial de Paixões». IstoÉ Gente. 16 de outubro de 2003. Consultado em 13 de maio de 2014 
  91. «Revista premia os melhores da dramaturgia em 2003». Terra. 5 de maio de 2004. Consultado em 13 de maio de 2014 
  92. «Prêmio Contigo! consagra vilões de Celebridade». Terra. 10 de maio de 2004. Consultado em 13 de maio de 2014 
  93. «Globo lidera ganhadores de Troféu Imprensa 2004». Terra. 17 de maio de 2004. Consultado em 13 de maio de 2014 
  94. «Abismo de Pasión, será el nuevo Cañaveral de Pasiones». Imparoax. 31 de outubro de 2011. Consultado em 13 de maio de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]